Por Bepe Damasco, em seu blog:
Há poucos anos o governo do estado do Rio de Janeiro enchia as burras de dinheiro com o recebimento de royalties e participações especiais sobre o petróleo produzido em seu território, especialmente nas profundezas da Bacia de Campos. A cotação internacional do preço do barril do petróleo batia, então, sucessivos recordes de alta.
Governado por Sérgio Cabral, o Rio concentrava o maior volume de investimentos federais, na forma de obras, convênios e parcerias. A capital estava no centro das atenções mundiais, com a vitória na disputa para organizar os Jogos Olímpicos e por ser uma das principais sedes da Copa do Mundo.
Cabral e Eduardo Paes, prefeito da cidade maravilhosa, se reelegeram surfando na onda do slogan "Somando Forças", através do qual celebravam a união das três esferas de governo em prol do Rio. O gigantesco canteiro de obras que tomava conta principalmente da capital era o retrato do progresso, do desenvolvimento e da pujança do Rio.
Vem o golpe de estado contra a presidenta Dilma e o que fazem os maiores beneficiários da dinheirama que o governo federal investiu aqui? Aderem à ruptura da ordem constitucional, traindo Dilma e Lula sordidamente, com requintes de crueldade.
Paes manda seu secretário de governo à época, deputado federal licenciado Pedro Paulo, reassumir o mandato para se somar à horda de desqualificados que protagonizou a noite dos horrores de 17 de abril e cravar o punhal nas costas da presidenta. Cabral faz o mesmo em relação ao seu filho, Marco Antônio Cabral.
Se fosse religioso diria que tamanha ingratidão provocou a ira divina. Como não sou ligados a credos, me limito a lembrar que a partir desse gesto de suprema ingratidão a casa do PMDB no estado começou a ruir. O outrora festejado prefeito Paes nem ao segundo turno conseguiu levar seu pupilo Pedro Paulo, Sérgio Cabral está preso, acusado de envolvimento em incontáveis casos de corrupção, o estado decretou calamidade financeira, não paga seus servidores e compromete a prestação de serviços públicos elementares nas áreas de saúde, educação e segurança.
Noves fora os escabrosos casos de roubalheira que não cessam de vir à tona, fica a pergunta: onde foi parar o dinheiro dos tempos de bonança do estado? Qualquer dona de casa sabe que nos tempos de vacas gordas é preciso pensar nas eventuais tempestades do futuro e poupar alguma coisa .
A única saída vislumbrada pelo governador Pezão, com o apoio do chefe do PMDB no estado, deputado Jorge Picciani, presidente da Alerj, é se submeter à chantagem do golpista-mor Temer, cuja exigência para socorrer o Rio é a venda, na bacia das almas e a preço de banana, da Cedae, empresa de água e esgotos do estado.
Em vão, o governador Pezão, já cassado pelo TRE, vem tentando conter a reação dos servidores na base de tiro, porrada e bomba. A resistência à venda da Cedae, ao atraso dos salários e ao aumento escorchante do desconto previdenciário do funcionalismo não para de crescer.
E não está descartada a possibilidade de o caos na segurança pública migrar do Espírito Santo para o Rio. Mulheres do policiais militares estão acampadas diante de vários batalhões para impedir a saída da tropa. A tragédia acontecida no Estádio Nilton Santos, no último domingo, com uma morte e vários baleados no clássico entre Botafogo e Flamengo, para a qual concorreu fortemente a falta de policiais em número adequado, mostra que a situação está à beira da perda total de controle.
PQP, no que transformaram o meu Rio de Janeiro!
Há poucos anos o governo do estado do Rio de Janeiro enchia as burras de dinheiro com o recebimento de royalties e participações especiais sobre o petróleo produzido em seu território, especialmente nas profundezas da Bacia de Campos. A cotação internacional do preço do barril do petróleo batia, então, sucessivos recordes de alta.
Governado por Sérgio Cabral, o Rio concentrava o maior volume de investimentos federais, na forma de obras, convênios e parcerias. A capital estava no centro das atenções mundiais, com a vitória na disputa para organizar os Jogos Olímpicos e por ser uma das principais sedes da Copa do Mundo.
Cabral e Eduardo Paes, prefeito da cidade maravilhosa, se reelegeram surfando na onda do slogan "Somando Forças", através do qual celebravam a união das três esferas de governo em prol do Rio. O gigantesco canteiro de obras que tomava conta principalmente da capital era o retrato do progresso, do desenvolvimento e da pujança do Rio.
Vem o golpe de estado contra a presidenta Dilma e o que fazem os maiores beneficiários da dinheirama que o governo federal investiu aqui? Aderem à ruptura da ordem constitucional, traindo Dilma e Lula sordidamente, com requintes de crueldade.
Paes manda seu secretário de governo à época, deputado federal licenciado Pedro Paulo, reassumir o mandato para se somar à horda de desqualificados que protagonizou a noite dos horrores de 17 de abril e cravar o punhal nas costas da presidenta. Cabral faz o mesmo em relação ao seu filho, Marco Antônio Cabral.
Se fosse religioso diria que tamanha ingratidão provocou a ira divina. Como não sou ligados a credos, me limito a lembrar que a partir desse gesto de suprema ingratidão a casa do PMDB no estado começou a ruir. O outrora festejado prefeito Paes nem ao segundo turno conseguiu levar seu pupilo Pedro Paulo, Sérgio Cabral está preso, acusado de envolvimento em incontáveis casos de corrupção, o estado decretou calamidade financeira, não paga seus servidores e compromete a prestação de serviços públicos elementares nas áreas de saúde, educação e segurança.
Noves fora os escabrosos casos de roubalheira que não cessam de vir à tona, fica a pergunta: onde foi parar o dinheiro dos tempos de bonança do estado? Qualquer dona de casa sabe que nos tempos de vacas gordas é preciso pensar nas eventuais tempestades do futuro e poupar alguma coisa .
A única saída vislumbrada pelo governador Pezão, com o apoio do chefe do PMDB no estado, deputado Jorge Picciani, presidente da Alerj, é se submeter à chantagem do golpista-mor Temer, cuja exigência para socorrer o Rio é a venda, na bacia das almas e a preço de banana, da Cedae, empresa de água e esgotos do estado.
Em vão, o governador Pezão, já cassado pelo TRE, vem tentando conter a reação dos servidores na base de tiro, porrada e bomba. A resistência à venda da Cedae, ao atraso dos salários e ao aumento escorchante do desconto previdenciário do funcionalismo não para de crescer.
E não está descartada a possibilidade de o caos na segurança pública migrar do Espírito Santo para o Rio. Mulheres do policiais militares estão acampadas diante de vários batalhões para impedir a saída da tropa. A tragédia acontecida no Estádio Nilton Santos, no último domingo, com uma morte e vários baleados no clássico entre Botafogo e Flamengo, para a qual concorreu fortemente a falta de policiais em número adequado, mostra que a situação está à beira da perda total de controle.
PQP, no que transformaram o meu Rio de Janeiro!
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