Por Altamiro Borges
A poderosa famiglia Marinho – dona da TV Globo, da GloboNews, do jornal O Globo, da revista Época, da rádio CBN e de vários outros veículos de comunicação – segue com seu bombardeio diário contra o ex-governador Sérgio Cabral. No passado, ela foi muito amiga do atual presidiário, o que lhe garantiu milionários negócios no Rio de Janeiro com publicidade oficial, “projetos culturais” e outras benesses. Agora, a ingrata famiglia trata o ex-governador como um corrupto ambicioso – o que ele é, de fato. O interessante, porém, é que a Rede Globo evita destacar que Sérgio Cabral é do PMDB, o partido controlado por Michel Temer, e que ele teve participação ativa no “golpe dos corruptos” que depôs a presidenta Dilma.
Serviçais da TV Globo e da GloboNews – como William Bonner, William Waack, Merval Pereira, Gerson Camarotti, Eliane Cantanhêde, Cristiana Lôbo, entre outros – parecem desconhecer a filiação partidária do presidiário e suas ligações estreitas com o usurpador. Eles não citam o PMDB e nem o nome de Michel Temer. Se Sérgio Cabral fosse do PT, o tratamento seria bem diferente. O escândalo seletivo seria avassalador. No jornal e na revista da famiglia Marinho parece que também imperam a mesma ordem editorial. Nesta quarta-feira (15), por exemplo, a Época revelou que Sérgio Cabral gastou R$ 1 milhão em viagens em menos de um ano. Vale conferir a reportagem e observar que a sigla PMDB não aparece nem entre parênteses. Quanto a Michel Temer, nem decorativo ele é!
*****
A Justiça Federal do Rio de Janeiro aceitou nesta terça-feira (14) nova denúncia contra o ex-governador Sérgio Cabral, a ex-primeira-dama Adriana Ancelmo, seus auxiliares e operadores por 184 atos de lavagem de dinheiro. Cabral agora é réu em quatro processos derivados de investigações da Operação Lava Jato. Entre os episódios de lavagem listados pelo Ministério Público Federal na peça entregue mais cedo à Justiça constam pagamentos de deslocamentos de helicóptero e passagens aéreas, no total de R$ 1,066 milhão – tudo pago em dinheiro e em um período de apenas dez meses, entre agosto de 2014 e junho de 2015.
Entre os lugares visitados por Cabral e família estão Mangaratiba – Litoral Sul do Rio, onde Cabral tem uma bela casa –, Londres, na Inglaterra, e Dubai, nos Emirados Árabes. A investigação mostra que havia espaço até para generosidade. De acordo com uma planilha anexada à denúncia, uma das viagens, para Dubai, foi realizada por Adriana em companhia dos filhos e da subprocuradora-geral da Assembleia Legislativa do Rio, Juliette Stohler, sua ex-sócia em um escritório de advocacia.
De acordo com a investigação, a viagem para Dubai de Adriana e Juliette ocorreu em outubro de 2014. O grupo passou dez dias na cidade, como é detalhado na tal planilha, apresentada pela testemunha Pierre Areas. Ele foi convocado a depor depois de seu nome ter aparecido em outro arquivo digital, apresentado pelos irmãos Marcelo e Renato Chebar, doleiros operadores do esquema de Cabral e colaboradores na investigação. O arquivo de Areas registra ainda dois pagamentos, no valor total de R$ 162.800, atribuídos ao luxuoso hotel Atlantis The Palm, em Dubai, em datas próximas à viagem.
Os pagamentos de viagens, de R$ 1,066 milhão, foram feitos em nome de Pierre Areas em 19 operações. Ouvido pelo MPF, Areas disse que os desembolsos eram efetuados em dinheiro vivo ou depósito em dinheiro em suas contas por Carlos Bezerra e Carlos Miranda. Apontados como operadores de Cabral, ambos cumprem prisão preventiva no Complexo Penitenciário de Bangu desde o fim do ano passado, assim como o ex-governador e a ex-primeira-dama. Procurada, Juliette Stohler não respondeu aos pedidos de esclarecimentos sobre a viagem. A Assembleia Legislativa do Rio, por sua vez, informou que não comentará por se tratar de “assunto de âmbito pessoal”.
A poderosa famiglia Marinho – dona da TV Globo, da GloboNews, do jornal O Globo, da revista Época, da rádio CBN e de vários outros veículos de comunicação – segue com seu bombardeio diário contra o ex-governador Sérgio Cabral. No passado, ela foi muito amiga do atual presidiário, o que lhe garantiu milionários negócios no Rio de Janeiro com publicidade oficial, “projetos culturais” e outras benesses. Agora, a ingrata famiglia trata o ex-governador como um corrupto ambicioso – o que ele é, de fato. O interessante, porém, é que a Rede Globo evita destacar que Sérgio Cabral é do PMDB, o partido controlado por Michel Temer, e que ele teve participação ativa no “golpe dos corruptos” que depôs a presidenta Dilma.
Serviçais da TV Globo e da GloboNews – como William Bonner, William Waack, Merval Pereira, Gerson Camarotti, Eliane Cantanhêde, Cristiana Lôbo, entre outros – parecem desconhecer a filiação partidária do presidiário e suas ligações estreitas com o usurpador. Eles não citam o PMDB e nem o nome de Michel Temer. Se Sérgio Cabral fosse do PT, o tratamento seria bem diferente. O escândalo seletivo seria avassalador. No jornal e na revista da famiglia Marinho parece que também imperam a mesma ordem editorial. Nesta quarta-feira (15), por exemplo, a Época revelou que Sérgio Cabral gastou R$ 1 milhão em viagens em menos de um ano. Vale conferir a reportagem e observar que a sigla PMDB não aparece nem entre parênteses. Quanto a Michel Temer, nem decorativo ele é!
*****
A Justiça Federal do Rio de Janeiro aceitou nesta terça-feira (14) nova denúncia contra o ex-governador Sérgio Cabral, a ex-primeira-dama Adriana Ancelmo, seus auxiliares e operadores por 184 atos de lavagem de dinheiro. Cabral agora é réu em quatro processos derivados de investigações da Operação Lava Jato. Entre os episódios de lavagem listados pelo Ministério Público Federal na peça entregue mais cedo à Justiça constam pagamentos de deslocamentos de helicóptero e passagens aéreas, no total de R$ 1,066 milhão – tudo pago em dinheiro e em um período de apenas dez meses, entre agosto de 2014 e junho de 2015.
Entre os lugares visitados por Cabral e família estão Mangaratiba – Litoral Sul do Rio, onde Cabral tem uma bela casa –, Londres, na Inglaterra, e Dubai, nos Emirados Árabes. A investigação mostra que havia espaço até para generosidade. De acordo com uma planilha anexada à denúncia, uma das viagens, para Dubai, foi realizada por Adriana em companhia dos filhos e da subprocuradora-geral da Assembleia Legislativa do Rio, Juliette Stohler, sua ex-sócia em um escritório de advocacia.
De acordo com a investigação, a viagem para Dubai de Adriana e Juliette ocorreu em outubro de 2014. O grupo passou dez dias na cidade, como é detalhado na tal planilha, apresentada pela testemunha Pierre Areas. Ele foi convocado a depor depois de seu nome ter aparecido em outro arquivo digital, apresentado pelos irmãos Marcelo e Renato Chebar, doleiros operadores do esquema de Cabral e colaboradores na investigação. O arquivo de Areas registra ainda dois pagamentos, no valor total de R$ 162.800, atribuídos ao luxuoso hotel Atlantis The Palm, em Dubai, em datas próximas à viagem.
Os pagamentos de viagens, de R$ 1,066 milhão, foram feitos em nome de Pierre Areas em 19 operações. Ouvido pelo MPF, Areas disse que os desembolsos eram efetuados em dinheiro vivo ou depósito em dinheiro em suas contas por Carlos Bezerra e Carlos Miranda. Apontados como operadores de Cabral, ambos cumprem prisão preventiva no Complexo Penitenciário de Bangu desde o fim do ano passado, assim como o ex-governador e a ex-primeira-dama. Procurada, Juliette Stohler não respondeu aos pedidos de esclarecimentos sobre a viagem. A Assembleia Legislativa do Rio, por sua vez, informou que não comentará por se tratar de “assunto de âmbito pessoal”.
*****
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Comente: