Do site Outras Palavras:
Conhecida por calcular regularmente o déficit habitacional do Brasil, com números aceitos pelo ministério das Cidades, a Fundação João Pinheiro (FJP), de Minas Gerais, está fechando os cálculos para um novo relatório. Mas Luiza Souza, cordenadora do órgão, já adiantou, em entrevista ao “Valor”: os números só vão piorar, em função da crise e, em especial, das dificuldades para pagar aluguel. Em 2014, o fenômeno já atingiu 3 milhões de domicílios - quase o dobro de há três anos.
Poucos sabem, mas o conceito de “déficit habitacional” não se refere a gente morando nas ruas - e sim ao número de domicílios em que estão presentes uma de quatro condições: a) ônus excessivo com aluguel; b) coabitação familiar; c) habitação precária ou d) adensamento excessivo.
O gráfico acima (produzido pelo “Valor”, com dados da FJP) revela: aluguel oneroso - ou seja, que consome mais de 30% da renda familiar - já se destacava, em 2014, como condição explosiva. O déficit habitacional brasileiro, que caiu um pouco até 2011, voltou a elevar-se a partir daquele ano. Desde entao, desemprego acelerado e paralisia do “Minha Casa, Minha Vida” só podem ter agravado o quadro, diz Luiza Sousa.
Nos anos 1980 e 90, surgiram, em diversas cidades brasileiras, movimentos com o dos “Inquilinos Intranquilos”, que exigiam tabelamento dos alugueis, condições mais favoráveis para os locadores e outras políticas semelhantes. Mais recentemente, a luta pela moradia tornou-se central nas metrópoles, mas por algum motivo não toca a classe média. O novo cenário pode alterar esta situação.
Conhecida por calcular regularmente o déficit habitacional do Brasil, com números aceitos pelo ministério das Cidades, a Fundação João Pinheiro (FJP), de Minas Gerais, está fechando os cálculos para um novo relatório. Mas Luiza Souza, cordenadora do órgão, já adiantou, em entrevista ao “Valor”: os números só vão piorar, em função da crise e, em especial, das dificuldades para pagar aluguel. Em 2014, o fenômeno já atingiu 3 milhões de domicílios - quase o dobro de há três anos.
Poucos sabem, mas o conceito de “déficit habitacional” não se refere a gente morando nas ruas - e sim ao número de domicílios em que estão presentes uma de quatro condições: a) ônus excessivo com aluguel; b) coabitação familiar; c) habitação precária ou d) adensamento excessivo.
O gráfico acima (produzido pelo “Valor”, com dados da FJP) revela: aluguel oneroso - ou seja, que consome mais de 30% da renda familiar - já se destacava, em 2014, como condição explosiva. O déficit habitacional brasileiro, que caiu um pouco até 2011, voltou a elevar-se a partir daquele ano. Desde entao, desemprego acelerado e paralisia do “Minha Casa, Minha Vida” só podem ter agravado o quadro, diz Luiza Sousa.
Nos anos 1980 e 90, surgiram, em diversas cidades brasileiras, movimentos com o dos “Inquilinos Intranquilos”, que exigiam tabelamento dos alugueis, condições mais favoráveis para os locadores e outras políticas semelhantes. Mais recentemente, a luta pela moradia tornou-se central nas metrópoles, mas por algum motivo não toca a classe média. O novo cenário pode alterar esta situação.
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