O governo ilegítimo de Michel Temer quer aprovar a toque de caixa sua medonha reforma da Previdência, a PEC 287, ainda neste primeiro semestre.
A proposta é uma das iniciativas mais reveladoras do caráter antipopular deste governo ilegítimo - ela praticamente elimina os direitos dos trabalhadores ao atendimento previdenciário e torna quase impossível a aposentadoria.
Michel Temer que fixar a idade mínima da aposentadoria em 65 anos; quer que o tempo de contribuição para aposentadoria integral seja de 49 anos; quer que homens e mulheres e os trabalhadores rurais e urbanos tenham tratamento igual apesar das enormes diferenças que há entre eles. O próprio relator da PEC 287 na Câmara dos Deputados, Arthur Maia (PPS-BA), diz serem necessárias alterações na proposta.
O governo tem pressa em aprovar a reforma da Previdência. Pela razão simples de que o tempo corre contra ela e poderá aumentar a dificuldade para sua aprovação.
Alguns partidos que apoiaram o golpe e seu governo, como o Solidariedade (SD), o Partido Socialista Brasileiro (PSB) e o PROS dão sinais dessas dificuldades. O SD já decidiu votar contra, e o PSB deverá ir no mesmo rumo pois a maioria de seus 35 deputados são contra. Seu próprio presidente, Carlos Siqueira, deu uma declaração significativa neste sentido. “Se o partido socialista não defender os interesses das pessoas mais vulneráveis, o que ele está fazendo no cenário político nacional? ”, disse ele. No caso do PROS, o deputado federal Toninho Wandscheer (PR) anunciou em nota oficial que a bancada do partido na Câmara também votará contra.
No outro cenário da luta política a oposição à reforma da Previdência é decidida e esmagadora – o cenário da luta social. Nele se multiplicam as manifestações de repúdio à proposta do governo e defesa da aposentadoria e dos direitos do povo e dos trabalhadores. As centrais sindicais são unânimes na luta unitária em defesa dos direitos dos trabalhadores, e sob a consigna “nenhum direito a menos”, rejeitam todos os ataques movidos pelo governo golpista contra conquistas históricas dos trabalhadores. Para além dos trabalhadores, as frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo também anunciaram que reforçarão a mobilização para o dia 15 de março.
Neste dia 15 de março, as centrais sindicais, o povo e os trabalhadores vão elevar mais alto a bandeira da oposição a Temer, em defesa da democracia, dos direitos sociais e previdenciários, e da soberania nacional. E irão, outra vez, ocupar as ruas das cidades brasileiras.
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