Do site da Fundação Perseu Abramo:
A queda do Produto Interno Bruto de 3,6% em relação a 2015, quando a economia já havia retraído 3,8%, de acordo com dados divulgados hoje pelo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), confirma uma tendência de aprofundamento da recessão.
De acordo com o economista da Unicamp e presidente da Fundação Perseu Abramo, Marcio Pochmann, os dados refutam a hipótese de que uma simples mudança de governo seria suficiente para fazer a credibilidade empresarial voltar ao país e a economia sair da recessão. Instituída a política econômica do atual governo, o que houve, de fato, foi um aprofundamento da recessão.
“A fase mais dura da recessão durante o governo da ex-presidenta Dilma Roussef havia durado até a metade de 2015, depois entramos numa fase de redução das quedas. Contudo, com o golpe, no ano passado, o caminho de saída da recessão que já estava em curso foi interrompido e ela tornou a crescer. Tanto é que no terceiro trimestre de 2016 a economia caiu 0,7%. E agora, o último dado revelado, é uma queda de 0,9%”, afirma.
Pochmann diz ainda que a queda da taxa de juros é um fato novo e segue com um ritmo inferior à queda da inflação, de tal forma que temos uma queda nominal mas não real. “A taxa de juros tem aumentado no Brasil. Do ponto de vista do consumo e do investimento, o determinante não é a evolução nominal da taxa de juro, e sim a evolução real, porque a inflação vem caindo mais rapidamente do que a capacidade do Banco Central de reduzir a taxa Selic”.
Já o economista Igor Rocha avalia que a economia passa por uma retração forte da demanda, e todos os eixos que poderiam possibilitar uma recuperação estão travados, inclusive do ponto de vista externo. “O governo faz uma política pró-cíclica quando deveria fazer política anti-cíclica para atenuar a recessão. Só recentemente houve uma queda da taxa de juros, em uma cadência muito inferior à necessidade para provocar uma recuperação”, conclui.
De acordo com o economista da Unicamp e presidente da Fundação Perseu Abramo, Marcio Pochmann, os dados refutam a hipótese de que uma simples mudança de governo seria suficiente para fazer a credibilidade empresarial voltar ao país e a economia sair da recessão. Instituída a política econômica do atual governo, o que houve, de fato, foi um aprofundamento da recessão.
“A fase mais dura da recessão durante o governo da ex-presidenta Dilma Roussef havia durado até a metade de 2015, depois entramos numa fase de redução das quedas. Contudo, com o golpe, no ano passado, o caminho de saída da recessão que já estava em curso foi interrompido e ela tornou a crescer. Tanto é que no terceiro trimestre de 2016 a economia caiu 0,7%. E agora, o último dado revelado, é uma queda de 0,9%”, afirma.
Pochmann diz ainda que a queda da taxa de juros é um fato novo e segue com um ritmo inferior à queda da inflação, de tal forma que temos uma queda nominal mas não real. “A taxa de juros tem aumentado no Brasil. Do ponto de vista do consumo e do investimento, o determinante não é a evolução nominal da taxa de juro, e sim a evolução real, porque a inflação vem caindo mais rapidamente do que a capacidade do Banco Central de reduzir a taxa Selic”.
Já o economista Igor Rocha avalia que a economia passa por uma retração forte da demanda, e todos os eixos que poderiam possibilitar uma recuperação estão travados, inclusive do ponto de vista externo. “O governo faz uma política pró-cíclica quando deveria fazer política anti-cíclica para atenuar a recessão. Só recentemente houve uma queda da taxa de juros, em uma cadência muito inferior à necessidade para provocar uma recuperação”, conclui.
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