Por Altamiro Borges
Na semana passada, o deputado federal Luiz Carlos Hauly (PSDB-PR), apoiado pelo covil golpista para ser o relator da reforma tributária, causou surpresa entre seus pares. De inimigo raivoso da Contribuição Provisória sobre Movimentações Financeiras, ele passou a defender, na maior caradura, a volta do imposto. “A CPMF vai substituir o IOF. A contribuição será mínima, como antigamente. E tudo é para o bem e para fazermos com transparência”, afirmou logo após sair de uma reunião com o Judas Michel Temer. Os ‘coxinhas’ que foram às ruas com seus “patinhos amarelos” da Fiesp para exigir o “Fora Dilma” devem ter ficado abestalhados. Afinal, os tucanos não eram contra a CPMF? O Paulo Skaf foi traído ou usou os “midiotas” como patos?
Como enfatiza o jornalista Bernardo Mello Franco, uma das poucas vozes críticas que ainda restam na Folha, a conversão do tucano é de um oportunismo infame. No artigo “Imposto nos outros é refresco”, publicado nesta quarta-feira (1), ele lembra que “em fevereiro de 2016, parlamentares do PSDB encheram o Congresso de placas com a inscrição ‘Xô, CPMF’. Eles combatiam a ideia de recriar a Contribuição Provisória sobre Movimentações Financeiras. Era a última cartada do governo Dilma Rousseff para tentar tapar o rombo nas contas federais. O deputado Luiz Carlos Hauly despontava entre os críticos mais ácidos da proposta”.
“Em entrevista à rádio Câmara, o tucano anunciou uma oposição radical ao imposto de quatro letras, que classificou como ‘inaceitável’ e ‘inadmissível’. ‘As pesquisas estão aí: rejeição total à recriação da CPMF. Com a oposição também não há diálogo’, avisou o paranaense. ‘Nós somos radicalmente contra’, reforçou. O deputado lançou mão de um discurso em voga na época: o contribuinte não aguentaria mais pagar impostos ao governo. ‘A sociedade rejeita o aumento de impostos, e nós da oposição estamos em linha com a sociedade brasileira’, disse”.
“As barricadas funcionaram, e Dilma não conseguiu recriar a CPMF. O resto é história: o país foi rebaixado pelas agências de classificação de risco, a crise fiscal se agravou, as manifestações de rua engrossaram e o Congresso derrubou o governo. Um ano depois, Hauly e a CPMF estão de volta ao noticiário. A novidade é que o tucano mudou de discurso. Escolhido para relatar a reforma tributária, ele abandonou as críticas e se converteu num entusiasmado defensor do imposto. ‘A CPMF vai substituir o IOF’, disse o deputado na semana passada, ao sair de uma reunião no Palácio do Planalto. ‘A contribuição será mínima, como antigamente. E tudo é para o bem e para fazermos com transparência’, acrescentou.
“Em nome da transparência, Hauly poderia explicar como uma contribuição ‘inaceitável’ no governo Dilma poderá ser recriada ‘para o bem’ na gestão de Michel Temer. O pato da Fiesp não foi encontrado para comentar o assunto”. Nem o pato da Fiesp e nem os “midiotas” que foram usados como massa de manobra pelas forças golpistas!
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Na semana passada, o deputado federal Luiz Carlos Hauly (PSDB-PR), apoiado pelo covil golpista para ser o relator da reforma tributária, causou surpresa entre seus pares. De inimigo raivoso da Contribuição Provisória sobre Movimentações Financeiras, ele passou a defender, na maior caradura, a volta do imposto. “A CPMF vai substituir o IOF. A contribuição será mínima, como antigamente. E tudo é para o bem e para fazermos com transparência”, afirmou logo após sair de uma reunião com o Judas Michel Temer. Os ‘coxinhas’ que foram às ruas com seus “patinhos amarelos” da Fiesp para exigir o “Fora Dilma” devem ter ficado abestalhados. Afinal, os tucanos não eram contra a CPMF? O Paulo Skaf foi traído ou usou os “midiotas” como patos?
Como enfatiza o jornalista Bernardo Mello Franco, uma das poucas vozes críticas que ainda restam na Folha, a conversão do tucano é de um oportunismo infame. No artigo “Imposto nos outros é refresco”, publicado nesta quarta-feira (1), ele lembra que “em fevereiro de 2016, parlamentares do PSDB encheram o Congresso de placas com a inscrição ‘Xô, CPMF’. Eles combatiam a ideia de recriar a Contribuição Provisória sobre Movimentações Financeiras. Era a última cartada do governo Dilma Rousseff para tentar tapar o rombo nas contas federais. O deputado Luiz Carlos Hauly despontava entre os críticos mais ácidos da proposta”.
“Em entrevista à rádio Câmara, o tucano anunciou uma oposição radical ao imposto de quatro letras, que classificou como ‘inaceitável’ e ‘inadmissível’. ‘As pesquisas estão aí: rejeição total à recriação da CPMF. Com a oposição também não há diálogo’, avisou o paranaense. ‘Nós somos radicalmente contra’, reforçou. O deputado lançou mão de um discurso em voga na época: o contribuinte não aguentaria mais pagar impostos ao governo. ‘A sociedade rejeita o aumento de impostos, e nós da oposição estamos em linha com a sociedade brasileira’, disse”.
“As barricadas funcionaram, e Dilma não conseguiu recriar a CPMF. O resto é história: o país foi rebaixado pelas agências de classificação de risco, a crise fiscal se agravou, as manifestações de rua engrossaram e o Congresso derrubou o governo. Um ano depois, Hauly e a CPMF estão de volta ao noticiário. A novidade é que o tucano mudou de discurso. Escolhido para relatar a reforma tributária, ele abandonou as críticas e se converteu num entusiasmado defensor do imposto. ‘A CPMF vai substituir o IOF’, disse o deputado na semana passada, ao sair de uma reunião no Palácio do Planalto. ‘A contribuição será mínima, como antigamente. E tudo é para o bem e para fazermos com transparência’, acrescentou.
“Em nome da transparência, Hauly poderia explicar como uma contribuição ‘inaceitável’ no governo Dilma poderá ser recriada ‘para o bem’ na gestão de Michel Temer. O pato da Fiesp não foi encontrado para comentar o assunto”. Nem o pato da Fiesp e nem os “midiotas” que foram usados como massa de manobra pelas forças golpistas!
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