domingo, 23 de abril de 2017

Aloprado da TV Cultura leva bronca

Por Altamiro Borges

O "historiador" Marco Antonio Villa é um típico aloprado. Ele utiliza concessões públicas de rádio e televisão - como a TV Cultura e a rádio Jovem Pan, dois notórios palanques tucanos - para destilar a sua agressividade e as suas loucuras. Com sua obsessão doentia ao chamado "lulopetismo", ele virou um ativo militante contra os governos Lula e Dilma e contra o ex-prefeito Fernando Haddad. Por suas calúnias e difamações, ela já foi alvo de vários processos na Justiça. 

A partir da concretização do "golpe dos corruptos", ele deixou de lado seus discursos raivosos contra os "bandidos" e se tornou um bajulador rastaquera da máfia de Michel Temer. Dizem, até, que virou conselheiro informal do Judas. Seu ativismo fascistoide, porém, causa problemas às emissoras que o contratam, resultando em perda de audiência e de credibilidade. Isto talvez explique a bronca que levou do conselho curador da TV Cultura - segundo relato do jornalista Maurício Stycer publicado na Folha deste domingo (23). Vale conferir:

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TV Cultura pede menos 'discursos de ódio' e mais pluralidade aos jornalistas

O "Jornal da Cultura" registrou no último dia 3 de abril média de 1,1 ponto em São Paulo (cada ponto no Ibope equivale a 199,3 mil indivíduos). Apesar da baixa audiência, a edição se tornou item de colecionador entre advogados.

O comentarista Marco Antonio Villa estava especialmente "bravo" naquele dia, como notou o apresentador William Ferreira. Ao comentar o convite do governador de Minas, Fernando Pimentel, para que o ex-presidente Lula participasse das celebrações do 21 de abril, em Ouro Preto, Villa disse: "Dá nojo! Nojo da gente ver, como brasileiro que tem sangue nas veias, que um bandido, um ladrão como Lula vai homenagear Tiradentes. É a segunda morte de Tiradentes!"

Falando sobre a situação calamitosa das finanças do Estado do Rio, Villa observou: "O Tribunal de Justiça está comprado pelo governador". Disse ainda que há vários "desembargadores ladrões" no Estado.

E acrescentou: "E olha que vai ter repercussão em Brasília com a delação do Sérgio Cabral. Eu sei até o nome do ministro que ele comprava quando era do Tribunal de Justiça e que hoje tá lá em Brasília. É bom lembrar: um carioca que tem um cabelo com topete. Vocês vão pensando quem é."

Em outro trecho, suprimido pela TV Cultura da versão hoje disponível em seu site, Villa falou do senador Roberto Requião (PMDB-PR), a quem chamou de "a Maria Louca do Paraná": "É aquele cara que você não compra um carro usado, que pode dar uma nota de três reais pra você ou bater a sua carteira".

Uma semana depois, no dia 10, o Conselho Curador da Fundação Padre Anchieta, ao qual a TV Cultura está vinculada, se reuniu. Do encontro, saiu uma reflexão sobre os comentários de Villa, encaminhado à direção da emissora, no qual se lamenta que o comentarista esteja se manifestando por meio de "verdadeiros discursos de ódio e de incitamento à violência".

Mais importante, o conselho aprovou novas diretrizes para o jornalismo da TV Cultura. O documento, ao qual este colunista teve acesso, faz recomendações óbvias, mas que não vêm sendo cumpridas pela emissora. O texto diz, por exemplo, que a pluralidade político-ideológica "deve efetivar-se nas escolhas das pautas e das reportagens, na seleção e na orientação dos entrevistados e dos entrevistadores".

O Conselho Curador observa, ainda, que âncoras, apresentadores e editores precisam "garantir a sua credibilidade pelo exercício da isenção crítica". O documento pede também "mais debate, mais diferença, mais contraposição de ideias".

E, por fim, observa que "o jornalismo público de qualidade" não pode servir de "tribunas para a divulgação de ofensas, denuncismos e discursos de ódio".

Em artigo publicado na Folha nesta quinta-feira (20), três membros do Conselho Curador, o jornalista Jorge da Cunha Lima e os advogados Belisário dos Santos Jr. e Rubens Naves, cobram algo semelhante da TV Cultura: "Deve manter compromisso igualmente firme com a diferenciação entre comentários e análises acolhidos e protegidos sob o princípio da liberdade de opinião e os denuncismos inconsequentes".

As recomendações do Conselho Curador à direção da TV Cultura ocorrem no mesmo momento em que, após revelação da Folha, a emissora reconhece publicamente ter censurado um programa musical, o "Cultura Livre", apresentado por Roberta Martinelli, para "não difundir ideias ou fatos que incentivem a polarização".

Os excessos cometidos pelo comentarista político são apenas a ponta visível de um problema maior. A TV Cultura está diante de um grande desafio, que é reverter a sua perda de relevância.

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2 comentários:

  1. 90 DIAS: familiares e amigos de Diogo pedem prisão do acusado 90 DIAS: familiares e amigos de Diogo pedem prisão do acusado
    Familiares e amigos do agente de trânsito Diogo Nascimento, que morreu após ser atropelado na madrugada do dia 21 de janeiro durante uma blitz da Lei Seca em João Pessoa, realizaram mais um protesto na Capital pedindo a prisão do acusado Rodolfo Carlos. A manifestação foi realizada no bairro de Mangabeira, na Zona Sul da Capital, após 90 dias do crime.

    O grupo de manifestantes realizou adesivagem de veículos que passaram pelo local e também pediram a prisão do acusado do crime. Agentes do Detran-PB que atuam nas operações da Leia Seca também protestaram por melhores condições de segurança.

    O CRIME

    Diogo foi atropelado na madrugada do dia 21 de janeiro quando trabalhava em uma operação da Lei Seca. Ele chegou a ser socorrido para o Hospital de Emergência e Trauma Senador Humberto Lucena, mas morreu. O suspeito de atropelá-lo, Rodolpho Gonçalves Carlos da Silva, teria desobedecido ordem de parada e avançado um Porsche que conduzia sobre o agente.

    A Justiça chegou a pedir a prisão de Rodolpho, mas o desembargador Joás de Brito concedeu habeas corpus na madrugada do dia 22 de janeiro, antes mesmo de o suspeito ser detido. A Polícia Civil e o Ministério Público da Paraíba formularam novo pedido de prisão de Rodolpho. No entanto, a Câmara Criminal do Tribunal de Justiça da Paraíba decidiu, em sessão no dia 7 de março, não reavaliar o habeas corpus concedido a Rodolpho. A decisão argumentou que o processo “perdeu o objeto, uma vez que Rodolpho já se tornou réu”.


    PB Agora

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  2. Perseguição e criação de clima contra Lula, conforme foi avisado pelo delegado da carne fraca 60 dias atras

    http://jornalggn.com.br/blog/jose-carlos-lima/no-final-de-janeiro-o-delegado-da-carne-fraca-avisou-em-60-dias-o-clima-para-prender-lula-sera-criado-0

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