Por Tereza Cruvinel, em seu blog:
Uma das medidas mais duras da reforma previdenciária é o aumento do tempo mínimo de contribuição de 15 para 25 anos. Este aumento de mais 10 anos significa, para milhões de brasileiros, um adeus à esperança de um dia se aposentar. Por isso uma das próximas ofensivas da base governista contra a reforma de Michel Temer-Meirelles será sobre este dispositivo.
Com o tempo mínimo atual, uma trabalhadora pode pensar em aposentar-se aos 60 anos, por idade, mesmo tendo começado a contribuir apenas aos 45 anos de idade. Um homem poderia se aposentar aos 65 anos, mesmo tendo começado a contribuir aos 50. Com o novo tempo mínimo de 25 anos para TODOS, os milhões de trabalhadores que só na meia idade conseguiram um emprego formal ou passaram a contribuir como autônomos estarão fritos. Tome-se o caso de um homem que já esteja chegando aos 65 anos e só tenha 15 anos de contribuição. Vai ter que trabalhar mais 10, só podendo se aposentar ao 75, idade que pode não alcançar.
A base quer uma regra mais flexível. O relator estuda o caso. A mudança será justa mas ampliará a perda fiscal que o governo estimou em R$ 115 bilhões só com os cinco recuos que já foram anunciados. Quanto mais amaciada for a reforma, menor será a cotação do mandato de Michel Temer junto a um de seus pilares de sustentação, as forças do mercado-capital.
Com o tempo mínimo atual, uma trabalhadora pode pensar em aposentar-se aos 60 anos, por idade, mesmo tendo começado a contribuir apenas aos 45 anos de idade. Um homem poderia se aposentar aos 65 anos, mesmo tendo começado a contribuir aos 50. Com o novo tempo mínimo de 25 anos para TODOS, os milhões de trabalhadores que só na meia idade conseguiram um emprego formal ou passaram a contribuir como autônomos estarão fritos. Tome-se o caso de um homem que já esteja chegando aos 65 anos e só tenha 15 anos de contribuição. Vai ter que trabalhar mais 10, só podendo se aposentar ao 75, idade que pode não alcançar.
A base quer uma regra mais flexível. O relator estuda o caso. A mudança será justa mas ampliará a perda fiscal que o governo estimou em R$ 115 bilhões só com os cinco recuos que já foram anunciados. Quanto mais amaciada for a reforma, menor será a cotação do mandato de Michel Temer junto a um de seus pilares de sustentação, as forças do mercado-capital.
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