sexta-feira, 14 de abril de 2017

Globo, Odebrecht e a "sociedade privada"

Por Miguel do Rosário, no blog Cafezinho:

No minuto 12:45, Emílio Odebrecht menciona a organização, pela Odebrecht, de uma “sociedade privada”, com participação da Globo, com objetivo de fazer lobby pela privatização da telefonia pública e pela quebra do monopólio do Estado no setor de petróleo.

É um lobby diretamente ligado ao financiamento político do PSDB e do governo FHC.

A delação de Emílio Odebrecht está muito interessante. O empresário é um contraste chocante com os burocratas do Ministério Público, que não tem a mínima ideia de como funciona a vida real no mundo da política e dos negócios.

Pelo depoimento de Emilio, fica evidente que a Lava Jato começa com Odebrecht e Globo organizando, para o governo, o arcabouço jurídico dos setores de telecomunicação e petróleo, no Brasil, durante os anos seguintes. É o início do “petrolão”.

O famigerado “cartel das empreiteiras” foi idealizado inicialmente por uma sociedade privada formada por Odebrecht e Globo.

Se eu fosse um blogueiro sensacionalista, poderia dizer que se a Odebrecht é o pai, a Globo é a mãe do petrolão.

Lula era um elemento estranho nas grandes negociatas. Um “Amigo” politicamente simpático, porque interessado em ampliar a infra-estrutura do Brasil e financiar a exportação nacional de serviços de engenharia, uma liderança política a quem a Odebrecht tentava agradar com ajudas financeiras às campanhas eleitorais do PT.

No mesmo vídeo, Emilio admite que sua empresa financiou, via caixa 1 e 2, as duas campanhas de Fernando Henrique Cardoso, de quem era muito próximo.

No vídeo, o procurador parece um personagem de Porta dos Fundos, ultranervoso com as citações a FHC, tentando fugir, em vão, de assuntos que possam envolver o PSDB.

Escute com atenção e dê sua opinião [aqui].

Um comentário:

  1. Por que não esclarecem isto:
    O “AMIGO” NÃO É LULA, O “AMIGO” É O ENGENHEIRO ANTÔNIO REBOUÇAS SAMPAIO: É o que mostra documento vazado. Como a internet não perdoa, documentos vazados ainda em 2016 foram resgatados pelos internautas e neles o apelido “AMIGO” era atribuído ao engenheiro Antônio Rebouças Sampaio, amigo de Marcelo Odebrecht, ligado a ACM Neto e a obras na Usina de Hidroelétrica de Pedra do Cavalo. Mesmo que prossigam com as investigações e assumam a delação como verdadeira, o único documento que veio a público, diz o contrário. Eis uma prova física, contra uma delação premiada, que juridicamente não é uma prova. http://www.apostagem.com.br/2017/04/12/documento-mostra-que-o-amigo-nao-e-lula-documento-vazado-liga-o-codinome-a-antonio-reboucas/

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