quinta-feira, 13 de abril de 2017

Metroviários aprovam adesão à greve geral

Metroviários votam a participação na Greve Geral no dia 28/4 contra
as reformas do governo Temer. Foto: Paulo Iannone
Da Rede Brasil Atual:

Em assembleia organizada na noite de ontem (11) pelo Sindicato dos Metroviários de São Paulo, os trabalhadores aprovaram adesão à greve geral do dia 28, contra a reforma da Previdência, a reforma trabalhista e a lei que libera a terceirização de todas as funções. A paralisação será de 24 horas, como a realizada na paralisação nacional do dia 15 de março. Além deles, o Sindicato dos Motoristas da capital paulista e os aeroviários dos aeroportos de Guarulhos (SP) e Brasília também já indicaram que vão parar os serviços no mesmo dia, mas as categorias ainda farão assembleias para definir a posição e detalhes da mobilização.

Na última segunda-feira (10), representantes de sindicatos e federações de aeroviários e aeroportuários, rodoviários, portuários, metroviários e agentes de trânsito de várias regiões do país, filiados à Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transporte e Logística (CNTTL/CUT), participaram de uma plenária para debater e organizar a paralisação do dia 28. As categorias vão reunir suas bases e devem definir suas posições até o final da próxima semana.

Paulo João Eustasia, o Paulinho da CUT, presidente da CNTTL, demonstrou otimismo com a mobilização. “Essa greve geral vai marcar a história do nosso país por conta da unificação de todas as centrais. Temos que estancar essa devastação feita pelo governo golpista contra os trabalhadores. Eu nunca vi antes na história do transporte essa unidade e a determinação para fazer essa mobilização”, afirmou.

Para o presidente da CUT, Vagner Freitas, é fundamental unir todas as categorias contra as propostas do governo de Michel Temer, que vão alterar em profundidade as aposentadorias e a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). “Nós precisamos barrar os retrocessos golpistas, pois o que eles estão nos propondo nos coloca antes do século 19. Eles vão desempregar milhões de trabalhadores, vão jogar fora a democracia e fechar todos os sindicatos. Temos que resistir de vermelho, amarelo, azul, de branco, de preto, todas as cores, resistir unificados para proteger a classe trabalhadora”, afirmou Vagner.

Os trabalhadores também estão se preparando para enfrentar o grande número de liminares judiciais esperadas para impedir as greves antes que elas ocorram. No dia 15 de março, tanto metroviários quanto rodoviários da capital paulista enfrentaram medidas semelhantes. “Isso fere o nosso direito de greve, que é constitucional", destacou o dirigente da CNTTL. A entidade pretende denunciar essa prática à Organização Internacional do Trabalho (OIT).

Hoje, o deputado Rogério Marinho (PSDB-RN) divulgou seu relatório na comissão especial que discute o Projeto de Lei 6.787, de reforma trabalhista.

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