segunda-feira, 24 de abril de 2017

Os chefes do banditismo político no Brasil

Por Miguel do Rosário, no blog Cafezinho:

O Jornal O Globo publicou no sábado, dia 22 de abril, o editorial mais bandido já escrito na história do Brasil, e olha que a disputa é acirrada!

O Brasil terá de escolher: ou Estado de Direito e democracia, ou a Globo.

Vamos responder ponto por ponto! Nosso texto vem entre colchetes e em negrito.

*****

No Globo

Cerco de depoimentos confirma Lula como o chefe

O tamanho do petrolão mostrou que era impossível o então presidente não saber do esquema

[O título do editorial é criminoso. E o próprio subtítulo o prova. O “tamanho” de um suposto crime jamais foi prova de culpabilidade de alguém, ainda mais se tratando de corrupção. Não tem sentido, aliás. Lula era o chefe das roubalheiras de Aécio? Lula comandava Eduardo Cunha? Lula esteve à frente da corrupção nas obras de metrô em São Paulo? Lula era o chefe oculto da “sociedade privada” de Odebrecht e Globo para fazer lobby no setor de petróleo e telecomunicações? A asserção não tem lógica, mas isso não parece importar para os chefes do banditismo político no Brasil: a família Marinho.]

POR O GLOBO 22/04/2017 3:00 / atualizado 22/04/2017 8:06

No escândalo do mensalão, denunciado em 2005, faltou uma peça, o chefe do esquema. No encaminhamento das denúncias pelo MP contra aquela “organização criminosa”, o ex-ministro José Dirceu parecia caminhar para este patíbulo, em silêncio como disciplinado militante, mas, em julgamento de recurso, a responsabilidade de ser o capo do esquema lhe foi tirada, e o espaço ficou vago. Mas apenas nos autos processuais, porque nunca fez sentido tudo aquilo acontecer sem a aprovação e o acompanhamento de alguém centralizador e vertical como Luiz Inácio Lula da Silva.

[O Globo inicia o editorial mencionando o “escândalo do mensalão”, que era, antes da Lava Jato, a maior farsa judicial da nossa história. O fato de nunca ter sido provado nada nem contra Dirceu nem contra Lula é ignorado pelo Globo. Entretanto, para não sermos injustos, cumpre alinhar, ao lado da família Marinho, o banditismo político de vários ministros do STF, que se venderam sem pudor para a Globo, como é o caso do ex-ministro Ayres Brito. Brito, antes mesmo de abandonar – covardemente – o cargo de ministro do STF, assinou prefácio do livro de Merval Pereira. Fora do STF, aninhou-se no colo do grupo Globo, assumindo uma sinecura no instituto Innovare, que é uma das maneiras pelas quais a família mais rica do país, representante dos setores mais desonestos, reacionários e antinacionais do capitalismo brasileiro, corrompe o judiciário. O outro meio de corromper o judiciário, tão eficiente quanto, é a intimidação.]

O surgimento do petrolão - construído paralelamente ao mensalão, com muitos zeros a mais - foi a estridente evidência de que Lula não podia desconhecer aquilo tudo. A leitura benevolente do mensalão era que desfalques no Banco do Brasil, dados pelo militante Henrique Pizzolato, mancomunado com Marcos Valério, se justificavam pela “causa”. O partido tinha um projeto de poder longevo, para “acabar com a pobreza e a miséria”. Não serve de atenuante na Justiça criminal, mas aliviava a culpa moral de petistas, com injeções de ideologia.

[É impressionante como não há preocupação sequer em construir uma sintaxe correta e coerente. Confiram a primeira sentença do trecho acima: “o surgimento do petrolão (…) foi a estridente evidência de que Lula não podia desconhecer aquilo tudo”. Qual o sentido disso? O sujeito não tem relação lógica com o predicado. Qual o sujeito de “estridente evidência”? O “surgimento do petrolão”. Todos os delatores afirmaram, reiteradamente, que a corrupção das empreiteiras teve início há muitas décadas. Emilio Odebrecht especificou que a influência de suas empresas junto ao governo atingiu o auge no governo FHC, quando ele montou, juntamente com a Globo, uma “sociedade privada” para fazer lobby federal nos setores de telecomunicações e petróleo. Ora, este lobby incluiu o financiamento político de parlamentares submissos a esses interesses. Se houve um “petrolão” – e esse termo é apenas uma tentativa ridícula de politizar e partidarizar o combate à corrupção – ele começou aí, e não com Lula. A menção a Pizzolato, por sua vez, comprova o erro do PT de “deixar passar” a farsa da Ação Penal 470. Até hoje nem Banco do Brasil nem o Visanet pediram restituição de nenhum desfalque dado por Pizzolato, pelo simples fato de que não houve nenhum. E se tivesse havido, não seria responsabilidade de Pizzolato, que não tinha autoridade nenhuma, dentro do BB, para fazer qualquer tipo de movimentação financeira. Essa é uma das mentiras centrais do “mensalão”.]

O enredo, porém, não fechava. Dirceu voava em jatinhos particulares, morava em condomínio de alto padrão. E este lado “burguês” do lulopetismo - já detectado por Golbery do Couto e Silva, na década de 70, segundo Emílio Odebrecht - precisava ser custeado.

[O ridículo não tem limites. Dirceu voava em jatinhos fretados ou emprestados. Ele não era dono de nenhum jatinho. A Globo omite, com objetivo puramente semiótico, que alugar um táxi aéreo não é privilégio de milionários. Executivos, empresários, políticos e até juízes, andam de “jatinho” para lá e para cá, sem que ninguém os incrimine por isso. Os donos da Globo sempre viveram de dinheiro público, e de esquemas políticos sujos, e acumularam bilhões de reais com estes esquemas – que permanecem mais ativos hoje do que nunca – com os quais podem comprar aviões e viajar para onde quiserem. Quanto ao lado “burguês” do lulopetismo – termo carregado de preconceito político – vindo da década de 70, aí estamos de um caso de ficção científica. Se o PT foi criado nos anos 80, é difícil compreender como o seu “lado burguês” possa ter sido “detectado na década de 70”. De qualquer forma, é interessante notar a quem os Marinho atribuem autoridade moral para falar do “lulopetismo”: a Golbery do Couto e Silva, um dos ideólogos do regime militar, e nas palavras do plutocrata Emílio Odebrecht… De resto, é impressionante a magnitude do baixo e vulgar preconceito, vindo dos 0,01% mais ricos do país, contra os representantes políticos da classe trabalhadora, a quem se exige não apenas o voto de pobreza, mas que, aparentemente, não andem jamais de avião.]

Ficou, então, tudo misturado: dinheiro surrupiado de estatais aparelhadas por companheiros, e drenado por meio de conhecidas empreiteiras e seus contratos superfaturados, parte para campanhas petistas e de aliados, parte desviada para bolsos privados de comissários. A “causa” continuava presente - era preciso manter uma grande bancada no Congresso, como já conseguira a Arena/PDS na década de 70, para sustentar a ditadura com fachada de democracia representativa. Mas, desta vez, havia Lula de ego nas alturas, chamado de “o cara” por Obama, com o desejo de ter sítio em Atibaia, tríplex no Guarujá, um instituto para ajudar países subdesenvolvidos a superar a pobreza, também uma adega bem abastecida etc.

[Mentira: as estatais não foram “aparelhadas” por “companheiros”. Isso está acontecendo agora, sob o governo Temer. Os governos Lula/Dilma nomearam quadros técnicos e competentes – mas sobretudo nacionalistas – para gerir a Petrobrás, a Caixa, o Banco do Brasil, o BNDES. Sob o governo Temer, que é um governo marionete da Globo, as estatais estão sendo todas destruídas, a toque de caixa. O BNDES “devolveu” R$ 100 bilhões ao Tesouro, ou seja, pegou dinheiro que poderia ser usado em infra-estrutura e servir à recuperação econômica, para enterrá-lo no buraco sem fundo dos juros. As acusações da Globo são todas irresponsáveis, baseadas em exageros retóricos e preconceitos ideológicos. À mentira se junta o cinismo. A menção à Arena/PSD, os partidos apoiados pela Globo na década de 70, é inacreditável. O que isso tem a ver com o “lulopetismo”? Daí o editorial mergulha no preconceito puro e simples, fazendo um julgamento moral e subjetivo do ex-presidente Lula, com base numa falácia: “desejo de ter sítio em Atibaia, triplex no Guarujá, um instituto para ajudar países subdesenvolvidos e… uma adega bem abastecido”. Nenhum desses desejos são crimes. Ao contrário, me parecem bastante saudáveis. É muito melhor do que o desejo de monopolizar o setor de comunicação social e transformar o Brasil numa grande república de banana, sem preocupação com sua própria população, quanto mais com os pobres do mundo.]

O efeito da videoteca das delações da Odebrecht e da decisão de Léo Pinheiro, da OAS, construtora do prédio do tríplex, de fazer delação premiada na Lava-Jato, foi desmontar o jogo de espelhos que Lula, advogados e militância manipulada ainda tentam jogar, e continuarão insistindo. Só fé de religioso sectário para continuar a acreditar. Virou, há tempos, questão de dogma.

[A Globo, assim como os delinquentes responsáveis por conduzir a Lava Jato, descrita há pouco por Luigi Ferrajoli como um instrumento de Inquisição, pendura toda a sua fúria acusatória nas delações dos executivos torturados da Odebrecht. É preciso insistir nesse ponto: a Lava Jato praticou tortura, e deve ser responsabilizada por isso. Todo o modus operandi da Lava Jato se caracterizou por um partidarismo, que não é precisamente “tucano”, mas sobretudo “antipetista” e, fica cada vez mais claro, um partidarismo golpista. Quanto à expressão “só fé de religioso sectário para acreditar” representa um profundo desrespeito aos maiores intelectuais do país, que continuam acreditando, sim, em Lula, porque sabem que ele é vítima de uma odiosa perseguição midiático-judicial. A Globo, cria da ditadura, não aprendeu a respeitar a diversidade de opiniões, o que é característica de mafiosos, não de uma imprensa democrática! A postura da Globo, ela sim, é sectária. Mais que sectária: fascista. Ao negar qualquer tipo de dignidade política aos que acreditam em Lula, vencedor nas urnas por quatro vezes consecutivas, e ainda líder nas pesquisas para 2018, a Globo incita o ódio político e chancela essa repugnante e crescente onda fascista que anda varrendo a sociedade brasileira.]

Lula tem quase nada em seu nome. Usufrui do patrimônio de amigos e compadres, o advogado Roberto Teixeira o principal deles. A quem Lula indicou para a Odebrecht, a fim de idealizar uma fraude contratual com a finalidade de esconder que a empreiteira gastara bem mais que R$ 500 mil, o orçamento inicial, na reforma do sítio de Atibaia, a pedido da ainda primeira-dama Marisa Letícia, segundo delação da empreiteira.

O GLOBO revelou o tríplex do Guarujá em 2010. Veio uma contínua avalanche de desmentidos, alguns arrogantes e agressivos. Mesmo com o vídeo em que Léo Pinheiro mostrava o imóvel ao ainda presidente da República. O casal Luiz Inácio e Marisa pediu obras, devidamente executadas. Depois, foi dito que a OAS era a real proprietária do imóvel.

Na verdade, era mesmo de Lula e família, acaba de confirmar Léo Pinheiro, perante o juiz Sérgio Moro. E também coube à OAS parte da reforma do sítio em Atibaia, executada, em maior proporção, pela Odebrecht. As cozinhas modeladas do sítio e do tríplex do Guarujá foram compradas no mesmo lugar.

[O trecho acima começa dizendo que “Lula nada tem em seu nome”, como se isso fosse a prova de sua culpa. É a inversão total dos valores. Marisa Letícia faleceu sem ter dormido uma única vez no maldito triplex do Guarujá. Que espécie de propina é essa? O fantasma de Marisa Letícia herdará o triplex de Guarujá? Lula tem mais de 70 anos. Digamos que, daqui a uns dez ou vinte anos, ele morrerá também, igualmente sem ter dormido uma mísera noite em sua vida no “triplex” de Guarujá. Que raios de propina é essa paga ao “chefe” do “maior esquema de corrupção do mundo”. Ora, a Globo vende uma ridícula falácia, baseada numa operação liderada por um juiz profundamente desonesto, golpista e partidário. A delação de Leo Pinheiro é um caso exemplar de manipulação judicial com objetivo político. Se um dia o Brasil voltar a ser uma democracia, uma operação como essa motivaria a cadeia de todos os procuradores, juízes e delegados envolvidos nessa farsa odiosa!]

Tanto a empreiteira multinacional Odebrecht quanto a OAS, ambas fundadas na Bahia, utilizaram o mesmo sistema contábil: o custo de reformas em imóveis para Lula e outras despesas pessoais dele foram debitadas de propinas arrecadadas em estatais, por meio de contratos superfaturados. Ou seja, dinheiro público também elevando o padrão de vida de Lula, família e outros lulopetistas, por certo.

[Que coisa ridícula! Até um vereador de cidade pequena, se corrupto, receberia “propinas” maiores do que isso. A Globo diz que o objetivo era elevar “o padrão de vida de Lula, família e outros lulopetistas, por certo”. A própria linguagem é preconceituosa “por certo”, ao fazer acusações genéricas à família e a correligionários. Como uma empresa de comunicação pode ser tão canalha?]

Os depoimentos que foram divulgados nos últimos dias da Odebrecht e agora de Léo Pinheiro não surpreendem pelos fatos em si, muitos deles já ventilados, mas pela dimensão do esquema, pela riqueza de detalhes sórdidos na forma como os governos Lula e Dilma foram corrompidos e também corromperam. Não há inocentes na história. Seja em nome da “causa” ou da boa vida.

[Sim, é impressionante a “dimensão do esquema”, mas não da Lava Jato e seus exageros, tanto em números quanto retóricos. A dimensão desse golpe é que é assustadora. Enquanto o Congresso tenta aprovar, a toque de caixa, com o apoio histérico da Globo, a destruição de uma série de direitos sociais, enquanto todo o patrimônio público vai sendo desmontado pelos “companheiros” do golpe alocados na presidência das estatais, a Globo e a Lava Jato desviam a opinião pública para intermináveis delações, vazadas criminosamente, em alguns casos vazadas à Globo antes mesmo de acontecer!]

O desnudamento de Lula em carne e osso, em praça pública, com os pecados da baixa política brasileira, parece apenas começar. Afinal, não se pode admitir que tudo o que foi falado até agora por Marcelo, Emílio Odebrecht e seus executivos, sobre o toma lá dá de cá com o presidente e ex-presidente, não tenha sustentação em provas documentais. O mesmo vale para Léo Pinheiro. Empreiteiros não só sabem fazer contas, como são precavidos. Mas os simples testemunhos já são arrasadores.

[Como assim, sustentação em provas documentais? Emilio Odebrecht apresentará provas de sua “sociedade privada” com a Globo, criada para fazer lobby político nos setores de telecomunicações e petróleo, incluindo o financiamento de campanhas políticas? Como uma concessão pública de TV pode formar “lobby” com uma empreiteira? Isso não é crime? ]

Outra grave ameaça a Lula é o depoimento de Léo Pinheiro de que o ainda presidente mandou-o eliminar provas de remessas de dinheiro ilegal para João Vaccari, tesoureiro do PT, há algum tempo na carceragem de Curitiba. Será a segunda denúncia de tentativa de obstrução da Justiça, depois da sua participação, segundo Delcídio Amaral, na manobra para calar Nestor Cerveró, ex-diretor da Petrobras, um dos dutos do desvio de dinheiro da estatal para o lulopetismo e aliados.

[Essa do Leo Pinheiro, de que Lula o mandou “eliminar provas” é o cúmulo da sordidez, e seria até engraçado não fossem tão trágicas as suas consequências. Ora, primeiro a Globo fala que as delações serão acompanhadas de provas Em seguida, diz que os delatores, sob ordens de Lula, destruíram as provas. Nada faz sentido. A troco de que um empreiteiro destruiria provas a mando de Lula? Quanto à acusação de Delcídio Amaral, ela nunca foi provada. Nem será jamais. Delcídio foi preso dentro da conspiração golpista, que precisava assustar o Senado. A prisão de Delcídio foi ilegal, em primeiro lugar. Mas a sua prisão tinha uma função essencial no golpe: que era justamente forçar Delcídio a externar algum tipo de acusação contra Lula. O fato de Delcídio não apresentar nenhuma prova de sua acusação não tem importância: ele foi solto. E será preso de novo se negar a história. Ou seja, a ladainha da Globo sobre “provas documentais” é totalmente negada pelo histórico da Lava Jato, pelo menos se tratando de Lula.]

Completando o cerco a Lula, há o ex-ministro Antonio Palocci, também preso em Curitiba, e que estaria negociando um acordo de delação premiada. Seria uma espécie de mãe de todas as delações. Ou uma dessas mães. Foi ministro da Fazenda de Lula, homem de confiança do ex-presidente, escalado por ele para tentar gerenciar a imprevisível Dilma Rousseff. Mas as “consultorias” de Palloci o derrubaram.

[Sim, Sergio Moro mantém Palocci sob tortura, com objetivo de fazê-lo delatar Lula e ajudar o golpe. A “delação premiada” é a arma máxima desse monstro de três cabeças que assumiu o poder político de fato no país. É tudo relativamente fácil. Prenda-se a pessoa até que ela concorde em dizer exatamente o que você quer ouvir. Luigi Ferrajoli chamou a Lava Jato, justamente por esse tipo de comportamento, de “Inquisição”.]

Importante é que Palocci surge nas delações da Odebrecht como homem-chave no relacionamento financeiro entre a empreiteira e o ex-presidente. Gratos, os Odebrecht abriram um crédito de R$ 40 milhões para Lula, a serem movimentados por meio de Palocci. Assim, seu cacife aumentou bastante como arquivo de preciosas informações. Mas nada garante que as fornecerá, mesmo que esteja sendo insinuado pelo lulopetismo, como forma de salvar o chefe, que o ex-ministro embolsou dinheiro pedido em nome de Lula.

[O crédito para “Lula”, se é que existiu, era uma determinação da Odebrecht, não de Lula ou do PT. O próprio Palocci já deixou isso bem claro em seu mais recente depoimento a Sergio Moro. Mas nada disso vem ao caso. O que a Globo/Lava Jato querem é que Palocci incrimine Lula de alguma maneira, de maneira a ajudar os golpistas a eliminarem Lula da disputa presidencial de 2018.]

Emerge desta história a constatação de que os projetos de poder e pessoais do PT e de outros partidos esbarraram em instituições que continuam a funcionar por sobre a maior crise econômica do Brasil República, com sérios desdobramentos políticos. Incluindo um impeachment, justificado pelo atropelamento voluntarioso da Lei de Responsabilidade Fiscal, de mesma inspiração ideológica do aparelhamento de estatais e assaltos realizados em associação com empresários privados. A ordem jurídica se fortalece.

[A Globo termina seu furibundo editorial com uma previsível defesa do impeachment da presidenta Dilma, além de um elogio contraditório às instituições. Ora, se vivemos “a maior crise econômica do Brasil República”, isso se dá justamente pelo mal funcionamento das instituições, que se rebelaram contra o jogo democrático e decidiram intervir na soberania popular, produzindo o mais doloroso e terrível caos político e econômico da nossa história. Como sairemos dessa bagunça, ninguém sabe. E se a moda agora é usar hipérboles, então podemos finalizar essa resposta afirmando que a democracia brasileira foi envenenada pelo maior esquema de banditismo político da nossa história. O chefe disso não é Lula, e a prova é que Lula não tem mais poder político e nunca teve poder financeiro. As únicas acusações que se fazem a Lula é de possuir um apartamento vagabundo numa área popular de Guarujá e um sítio, minúsculo, fulero, no interior de São Paulo. De outro lado, temos uma família que construiu a sua fortuna sobre os escombros da democracia brasileira, e que se tornou a mais rica do país? Quem tem mais cara de “chefe”? ]

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Comente: