Em vídeo postado nesta semana na internet, o deputado federal Jair Bolsonaro aparece todo risonho festejando o fato de não ter sido citado na corrosiva "Lista de Fachin", o ministro relator da Lava-Jato no Supremo Tribunal Federal (STF). No seu estilo fascista, o provocador finge disparar tiros contra os adversários políticos que foram delatados pelos lobistas da Odebrecht. A aparente alegria, porém, pode esconder um baita medo. Afinal, o Partido Social Cristão (PSC), que ajudou a bancar a sua eleição, também está envolvido no milionário esquema de propina da empreiteira. Jair Bolsonaro, um velho oportunista, agora detona a legenda, mas esconde que em maio do ano passado foi "batizado" pelo Pastor Everaldo em pleno Rio Jordão, em Israel. Qual foi o custo do ritual "religioso"?
As denúncias contra o PSC, chefiado pelo falso pastor, são graves. Segundo matéria do Estadão desta quarta-feira (12), "o ex-presidente da Odebrecht Ambiental, Fernando Luiz Ayres da Cunha, e o diretor Renato Amaury de Medeiros afirmaram em depoimento à Lava Jato que houve doação não contabilizada no valor de R$ 6 milhões da empreiteira à campanha de Everaldo Dias Pereira, o Pastor Everaldo (PSC-RJ), para a eleição presidencial em 2014. Conforme aponta a petição enviada pelo relator da Lava-Jato no STF, ministro Edson Fachin, há 'menção à pessoa de Rogério Ognibeni Vargas como operador dos repasses, com o envolvimento do ex-deputado federal Eduardo Cunha'".
Já o site G1, do Grupo Globo, postou nesta quinta-feira (13) mais detalhes sobre as motivações para o pagamento da propina. "O executivo Fernando Reis afirmou em depoimento de delação premiada que a Odebrecht orientou em 2014 o então candidato a presidente Pastor Everaldo a ajudar o candidato do PSDB, Aécio Neves, em um debate entre os presidenciáveis realizado durante a campanha. Reis não informa qual foi o debate nem se Aécio tinha conhecimento do pedido. Segundo ele, o objetivo da empresa com a manobra foi 'dar mais visibilidade' para o candidato tucano durante o debate e ajudá-lo a garantir vaga no segundo turno para disputar com a então presidente Dilma Rousseff".
Tanto o Estadão como o G1 evitaram mencionar o nome de Jair Bolsonaro, que foi eleito com ajuda do PSC. Só para refrescar a memória, vale citar uma matéria do jornal Extra, que também pertence à famiglia Marinho, publicada em 12 de maio de 2016:
As denúncias contra o PSC, chefiado pelo falso pastor, são graves. Segundo matéria do Estadão desta quarta-feira (12), "o ex-presidente da Odebrecht Ambiental, Fernando Luiz Ayres da Cunha, e o diretor Renato Amaury de Medeiros afirmaram em depoimento à Lava Jato que houve doação não contabilizada no valor de R$ 6 milhões da empreiteira à campanha de Everaldo Dias Pereira, o Pastor Everaldo (PSC-RJ), para a eleição presidencial em 2014. Conforme aponta a petição enviada pelo relator da Lava-Jato no STF, ministro Edson Fachin, há 'menção à pessoa de Rogério Ognibeni Vargas como operador dos repasses, com o envolvimento do ex-deputado federal Eduardo Cunha'".
Já o site G1, do Grupo Globo, postou nesta quinta-feira (13) mais detalhes sobre as motivações para o pagamento da propina. "O executivo Fernando Reis afirmou em depoimento de delação premiada que a Odebrecht orientou em 2014 o então candidato a presidente Pastor Everaldo a ajudar o candidato do PSDB, Aécio Neves, em um debate entre os presidenciáveis realizado durante a campanha. Reis não informa qual foi o debate nem se Aécio tinha conhecimento do pedido. Segundo ele, o objetivo da empresa com a manobra foi 'dar mais visibilidade' para o candidato tucano durante o debate e ajudá-lo a garantir vaga no segundo turno para disputar com a então presidente Dilma Rousseff".
Tanto o Estadão como o G1 evitaram mencionar o nome de Jair Bolsonaro, que foi eleito com ajuda do PSC. Só para refrescar a memória, vale citar uma matéria do jornal Extra, que também pertence à famiglia Marinho, publicada em 12 de maio de 2016:
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Enquanto votação do impeachment acontecia, Bolsonaro era batizado em Israel
Enquanto o Senado pegava fogo com a votação do impeachment da presidente Dilma Rousseff, o deputado federal Jair Bolsonaro (PSC) mergulhava nas águas do Rio Jordão, no nordeste de Israel. Ferrenho opositor da petista, ele foi batizado no local nesta quarta-feira. A assessoria de imprensa do parlamentar confirmou a celebração da cerimônia religiosa. As imagens do batismo de Bolsonaro foram compartilhadas em redes sociais.
No vídeo, que tem pouco mais de 40 segundos de duração, é possível ver Bolsonaro - que é católico, segundo sua assessoria - vestindo uma túnica branca. Ele é chamado pelo pastor Everaldo, presidente do PSC e responsável pela cerimônia e logo tem início o batismo:
- E aí, Bolsonaro, você acredita que Jesus é o filho de Deus?
- Acredito.
- Você crê que Ele morreu na cruz?
- Sim.
- Que Ele ressuscitou?
- Sim.
- Está vivo para todo o sempre?
- Sim
- É o salvador da humanidade?
- Sim.
- Mediante a sua confissão pública, eu te batizo em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.
Depois de mergulhar Bolsonaro nas águas, o pastor faz uma brincadeira.
- Peso pesado (risadas) - diz.
O deputado, então, se afasta agradecendo os aplausos:
- Obrigado, obrigado.
O Rio Jordão foi onde, segundo a Bíblia, Jesus Cristo foi batizado.
Comemoração
Bolsonaro continua em Israel e, de lá, publicou um post comemorando o afastamento de Dilma:
"Afastamento de Dilma:
Do Mar da Galiléia/Israel, Bolsonaro parabeniza a todos os brasileiros que lutaram por esse momento".
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Que cena ridicula.
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