Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:
Por que Diogo Mainardi ficou tão furioso com Rovai, da Fórum?
Não foi porque a Fórum citou um trecho de uma delação de um executivo da Odebrecht em que ele, Mainardi, apareceu. (Em situação nada incriminadora, aliás.)
O que transtornou Mainardi foi a forma como ele foi apareceu no vídeo destacado pela Fórum.
Para uma vaidade sem limites como a dele, foi humilhante.
O executivo da Odebrecht lembrava de ter visto Aécio e um homem de seu círculo íntimo num dos restaurantes favoritos da plutocracia, o Gero.
Não eram apenas Aécio e o auxiliar. Havia um terceiro elemento, que o delator teve dificuldade em identificar.
Disse, vago, alguma coisa como “aquele cara”. Puxou pela memória e falou em Manhattan Connection.
Aí sim. “O Diogo Mainardi do Manhattan Connection”, concluiu o executivo da Odebrecht.
É uma apresentação rala, quase que obscena para quem se pretende um gênio do universo.
O site Antagonista sequer foi citado. Mainardi surgiu na conversa como um figurante.
Sei do que estou falando.
Dez anos atrás, incorri na ira de Mainardi. Eu editava as revistas da Globo. Fizemos na Época uma edição com as 100 pessoas mais influentes do Brasil.
Mainardi estava na lista. (Um décimo dela era da mídia.)
Mas, em vez de se sentir lisonjeado, ficou enfurecido porque no perfil que fiz sobre ele, na edição, notei que ele não era propriamente um estilista.
Não bastava a ele estar numa lista ao lado de nomes como Roberto Civita e Roberto Irineu Marinho. Mainardi queria ser reconhecido como um novo Machado de Assis.
Dias depois, veio a vendetta: ele dedicou sua coluna na Veja a mim. Eu tinha um pseudônimo fazia anos, Fabio Hernandez, um colunista de assuntos sentimentais.
Mainardi fez questão de revelar ao mundo que FH era eu. FH surgira na VIP, e quando fui para a Globo seu textos migraram para a revista Atrevida.
Mainardi completou, triunfante: “Ele é colunista da Atrevida e eu sou colunista da Veja.” (Me veio à cabeça um personagem de Chico Anísio que se gabava de ser da Globo.)
Imagino como foi duro para Mainardi deixar de ser colunista da Veja.
A Veja parece que jamais saiu dele, ainda que ele comande um dos sites de direita mais bem sucedidos da internet brasileira, o Antagonista.
Rovai foi vítima não de nada que tenha escrito - mas, como eu há dez anos, de uma bala perdida derivada da extraordinária vaidade do ex-colunista da Veja Diogo Mainardi, aquele cara do Manhattan Connection.
Não foi porque a Fórum citou um trecho de uma delação de um executivo da Odebrecht em que ele, Mainardi, apareceu. (Em situação nada incriminadora, aliás.)
O que transtornou Mainardi foi a forma como ele foi apareceu no vídeo destacado pela Fórum.
Para uma vaidade sem limites como a dele, foi humilhante.
O executivo da Odebrecht lembrava de ter visto Aécio e um homem de seu círculo íntimo num dos restaurantes favoritos da plutocracia, o Gero.
Não eram apenas Aécio e o auxiliar. Havia um terceiro elemento, que o delator teve dificuldade em identificar.
Disse, vago, alguma coisa como “aquele cara”. Puxou pela memória e falou em Manhattan Connection.
Aí sim. “O Diogo Mainardi do Manhattan Connection”, concluiu o executivo da Odebrecht.
É uma apresentação rala, quase que obscena para quem se pretende um gênio do universo.
O site Antagonista sequer foi citado. Mainardi surgiu na conversa como um figurante.
Sei do que estou falando.
Dez anos atrás, incorri na ira de Mainardi. Eu editava as revistas da Globo. Fizemos na Época uma edição com as 100 pessoas mais influentes do Brasil.
Mainardi estava na lista. (Um décimo dela era da mídia.)
Mas, em vez de se sentir lisonjeado, ficou enfurecido porque no perfil que fiz sobre ele, na edição, notei que ele não era propriamente um estilista.
Não bastava a ele estar numa lista ao lado de nomes como Roberto Civita e Roberto Irineu Marinho. Mainardi queria ser reconhecido como um novo Machado de Assis.
Dias depois, veio a vendetta: ele dedicou sua coluna na Veja a mim. Eu tinha um pseudônimo fazia anos, Fabio Hernandez, um colunista de assuntos sentimentais.
Mainardi fez questão de revelar ao mundo que FH era eu. FH surgira na VIP, e quando fui para a Globo seu textos migraram para a revista Atrevida.
Mainardi completou, triunfante: “Ele é colunista da Atrevida e eu sou colunista da Veja.” (Me veio à cabeça um personagem de Chico Anísio que se gabava de ser da Globo.)
Imagino como foi duro para Mainardi deixar de ser colunista da Veja.
A Veja parece que jamais saiu dele, ainda que ele comande um dos sites de direita mais bem sucedidos da internet brasileira, o Antagonista.
Rovai foi vítima não de nada que tenha escrito - mas, como eu há dez anos, de uma bala perdida derivada da extraordinária vaidade do ex-colunista da Veja Diogo Mainardi, aquele cara do Manhattan Connection.
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