Por Bepe Damasco, em seu blog:
Penso que cometem um grave equívoco pessoas ligadas ao campo democrático e de esquerda que insistem em enxergar pontos positivos na Lava Jato. Orgulhosamente me situo entre aqueles que não reconhecem nenhum mérito em uma operação judicial-policial midiática que fomentou um golpe de estado, desempregou milhões de trabalhadores, devastou a economia, fez tábula rasa do Processo Penal e do Código de Processo Penal, submete investigados à tortura psicológica para arrancar delações e não respeita a presunção de inocência. Corrupção não se combate através da violação sistemática da Constituição.
Os que se limitam a apontar excessos e abusos na Lava Jato, mas defendem sua utilidade para o país, se dividem em vários grupos. A saber :
1) A turma do vale tudo para destruir o PT - Formado por militantes e dirigentes de partidos ultra-esquerdistas, esse time vibra a cada prisão de petista e de cada empreiteiro que possa comprometer Lula, Dilma e o PT. São favoráveis a prisões preventivas eternas e às condenações com base em ilações e convicções, e não em provas. Seu sonho dourado é substituir o PT como maior força da esquerda.
2) Petistas ávidos por acertos de conta internos - Neste caso, a Lava Jato é vista como uma oportunidade para se andar algumas casas na disputa interna entre as correntes do partido. No afã de conquistar de espaço na máquina partidária, fazem críticas pontuais à Lava Jato, especialmente ao seu caráter seletivo, mas reconhecem nela rasgos de republicanismo e seriedade no combate à corrupção.
3) Vítimas do massacre da mídia - Água mole em pedra dura, tanto bate até que fura. Muita gente de boa-fé, de tanto ler e ouvir a narrativa da Globo e congêneres, acaba, no mínimo, ficando com uma pulga atrás da orelha, quando não veem alguma coerência e lógica nas ações de Moro e dos procuradores.
4) Bloco dos oportunistas - Aqui se encontram parlamentares e dirigentes da Rede, os quais vivem a bajular a Lava Jato por puro oportunismo político e eleitoral. Como a lavagem cerebral feita pelo monopólio midiático fez com que a Lava Jato tenha apoio na sociedade, eles a aplaudem sem nenhum senso crítico, de olho nos eventuais dividendos eleitorais que essa posição pode trazer. Seus reparos aos excessos da Lava Jato são tão tímidos e envergonhados que não merecem ser levados em conta.
5) Letrados, mas inocentes úteis - É o pessoal de nível alto de instrução formal, mas que ainda não foi capaz de ver o óbvio : a Lava Jato é parte da engrenagem golpista montada no Brasil para levar a plutocracia de volta ao governo à revelia da soberania popular. Fazem parte desse consócio golpista, que conta com inteligência e papéis bem delineados, Polícia Federal, Ministério Público, Judiciário, inclusive o STF, TCU e Congresso Nacional. Esse arranjo mafioso é ancorado pela mídia e encontra lastro internacional na CIA e na NSA.
Por fim, a pergunta que não quer calar: dá para levar a sério gente que se diz de esquerda, mas não se indigna com a caçada que sofre Lula?
Penso que cometem um grave equívoco pessoas ligadas ao campo democrático e de esquerda que insistem em enxergar pontos positivos na Lava Jato. Orgulhosamente me situo entre aqueles que não reconhecem nenhum mérito em uma operação judicial-policial midiática que fomentou um golpe de estado, desempregou milhões de trabalhadores, devastou a economia, fez tábula rasa do Processo Penal e do Código de Processo Penal, submete investigados à tortura psicológica para arrancar delações e não respeita a presunção de inocência. Corrupção não se combate através da violação sistemática da Constituição.
Os que se limitam a apontar excessos e abusos na Lava Jato, mas defendem sua utilidade para o país, se dividem em vários grupos. A saber :
1) A turma do vale tudo para destruir o PT - Formado por militantes e dirigentes de partidos ultra-esquerdistas, esse time vibra a cada prisão de petista e de cada empreiteiro que possa comprometer Lula, Dilma e o PT. São favoráveis a prisões preventivas eternas e às condenações com base em ilações e convicções, e não em provas. Seu sonho dourado é substituir o PT como maior força da esquerda.
2) Petistas ávidos por acertos de conta internos - Neste caso, a Lava Jato é vista como uma oportunidade para se andar algumas casas na disputa interna entre as correntes do partido. No afã de conquistar de espaço na máquina partidária, fazem críticas pontuais à Lava Jato, especialmente ao seu caráter seletivo, mas reconhecem nela rasgos de republicanismo e seriedade no combate à corrupção.
3) Vítimas do massacre da mídia - Água mole em pedra dura, tanto bate até que fura. Muita gente de boa-fé, de tanto ler e ouvir a narrativa da Globo e congêneres, acaba, no mínimo, ficando com uma pulga atrás da orelha, quando não veem alguma coerência e lógica nas ações de Moro e dos procuradores.
4) Bloco dos oportunistas - Aqui se encontram parlamentares e dirigentes da Rede, os quais vivem a bajular a Lava Jato por puro oportunismo político e eleitoral. Como a lavagem cerebral feita pelo monopólio midiático fez com que a Lava Jato tenha apoio na sociedade, eles a aplaudem sem nenhum senso crítico, de olho nos eventuais dividendos eleitorais que essa posição pode trazer. Seus reparos aos excessos da Lava Jato são tão tímidos e envergonhados que não merecem ser levados em conta.
5) Letrados, mas inocentes úteis - É o pessoal de nível alto de instrução formal, mas que ainda não foi capaz de ver o óbvio : a Lava Jato é parte da engrenagem golpista montada no Brasil para levar a plutocracia de volta ao governo à revelia da soberania popular. Fazem parte desse consócio golpista, que conta com inteligência e papéis bem delineados, Polícia Federal, Ministério Público, Judiciário, inclusive o STF, TCU e Congresso Nacional. Esse arranjo mafioso é ancorado pela mídia e encontra lastro internacional na CIA e na NSA.
Por fim, a pergunta que não quer calar: dá para levar a sério gente que se diz de esquerda, mas não se indigna com a caçada que sofre Lula?
Bom dia Miro.
ResponderExcluirEntendo a Lava a Jato ser uma excelente oportunidade perdida por conta do viés político/midiático que se formou ao seu redor desde o início.
Saudações democráticas.