Por Rodrigo Vianna, em seu blog:
Não existem coincidências na Lava-Jato. Ainda mais quando a Globo está envolvida. Foi um jornalista do jornal da família Marinho o escolhido para vazar a delação bombástica da JBS – que deveria fazer Temer sair algemado do Palácio, levando também à cadeia o homem que iniciou o processo golpista: Aécio Neves.
Temer e Aécio aparecem nas gravações usando linguagem de gângster para obstruir investigação. Se a Globo queria prender a Dilma por causa de um e-mail falso, o Aécio merece o quê? Cadeira elétrica?
O vazamento veio do STF; ao ser noticiado pela pena amiga da Globo, emitiu-se um claro sinal ao Palácio: o principal sustentáculo do governo Temer decidiu retirar seu apoio. A família Marinho e seus colunistas/capatazes já movem as peças em outra direção.
Semana passada, eu escrevi aqui que havia sinais claros de que o governo golpista se esgotava, e que a presidenta do STF, Carmen Lúcia, realizava reuniões reservadas com banqueiros, grandes empresários e o diretor-geral da Globo.
Retomo agora o que escrevi naquele dia:
- em 1964, deu-se o golpe em nome da moralidade; e o poder ficou com um general “limpo” – Castelo Branco;
- em 2016, deu-se o golpe também em nome da moralidade; e o poder ficou com Michel Temer e seu garotos podres.
A figura nefasta de Temer cria dissonância; o golpe precisa urgentemente limpar sua imagem.
Por isso, a Globo abandonou o campo da direita política (Aécio, Temer, Serra et caterva). E apostou todas suas fichas na anti-política capitaneada por Moro e Janot.
Chama muita atenção que o diretor-geral da Globo e outros 12 empresários peso-pesados (do Itaú às Lojas Marisa) tenham se reunido em caráter “reservado” com a presidenta do STF, Carmen Lúcia (clique aqui para saber mais).
Quando a reunião com Carmen Lúcia ocorreu, a delação da JBS já havia sido concluída (mas ainda não revelada). Já se sabia que Temer e Aécio estavam mortos. A Globo já costurava uma alternativa.
A saída Carmen Lúcia depende de alguns fatores… Temer caindo, segundo a Constituição, deveriam assumir (pela ordem): Rodrigo Maia (presidente da Câmara), Eunicio de Oliveira (presidente do Senado) ou Carmen Lúcia (presidente do STF).
Os dois primeiros são investigados pela Lava-Jato. O Supremo já construiu entendimento de que réus em processos criminais não podem assumir o poder. Ou seja: se o STF transformar Eunicio e Maia em réus, estaria aberto o caminho para um governo sob o comando de Carmen Lúcia.
De toda forma, qualquer dos 3 que assuma deveria convocar eleições (indiretas, diz a Constituição). Nesse caso, Carmen Lúcia passaria a ser um nome que, já na presidência interina e com apoio da burguesia e da Globo, poderia ser escolhido pelo Congresso para governar até 2018.
Seria o nome dos sonhos da Globo para comandar um governo “técnico”, sob a chancela de Meirelles, sem “políticos”. Um governo “limpo”, que desse apoio pra Lava-Jato concluir sua tarefa: impedir Lula de concorrer na eleição de 2018.
Percebam a força disso: se os tempos são de “limpeza” e de excomungar a política, cairia perfeitamente o nome de uma juíza discreta para comandar o país e terminar de aprovar as reformas ultra-liberais que pretendem destruir direitos trabalhistas e aposentadorias.
Só que falta combinar com os russos.
A bomba da JBS (e cá entre nós: Lula deve estar rindo à toa ao ver os dois “malandros” – Temer e Aécio – gravados e delatados) abre uma avenida pro campo popular virar o jogo.
Nas ruas, os setores organizados têm tudo agora para encurralar a direita, exigir que as “reformas” sejam paralisadas, e que o país vá às urnas ainda em 2017 escolher o novo mandatário.
Contra o projeto Carmen Lúcia, puxado pela Globo, vamos exigir Diretas-Já, obrigando a Globo a tirar o véu e se mostrar inteirinha como golpista e anti-popular.
O argumento dos comentaristas globais é de que as Diretas “não estão na Constituição”. Isso não engana nem uma criança, Merval. Os seus amigos da embaixada americana vão lhe dizer que esse caminho não vai dar certo, Merval…
Afinal, se o Congresso pode votar PEC pra mudar aposentadoria, também pode (e deve) aprovar em regime de urgência uma PEC para Diretas-já.
É hora, portanto, de enfrentar a Globo (operadora do golpismo) nas ruas, nas redes e na tribuna do Congresso.
Diretas-Já!
Fora Temer!
Fora Globo!
Não existem coincidências na Lava-Jato. Ainda mais quando a Globo está envolvida. Foi um jornalista do jornal da família Marinho o escolhido para vazar a delação bombástica da JBS – que deveria fazer Temer sair algemado do Palácio, levando também à cadeia o homem que iniciou o processo golpista: Aécio Neves.
Temer e Aécio aparecem nas gravações usando linguagem de gângster para obstruir investigação. Se a Globo queria prender a Dilma por causa de um e-mail falso, o Aécio merece o quê? Cadeira elétrica?
O vazamento veio do STF; ao ser noticiado pela pena amiga da Globo, emitiu-se um claro sinal ao Palácio: o principal sustentáculo do governo Temer decidiu retirar seu apoio. A família Marinho e seus colunistas/capatazes já movem as peças em outra direção.
Semana passada, eu escrevi aqui que havia sinais claros de que o governo golpista se esgotava, e que a presidenta do STF, Carmen Lúcia, realizava reuniões reservadas com banqueiros, grandes empresários e o diretor-geral da Globo.
Retomo agora o que escrevi naquele dia:
- em 1964, deu-se o golpe em nome da moralidade; e o poder ficou com um general “limpo” – Castelo Branco;
- em 2016, deu-se o golpe também em nome da moralidade; e o poder ficou com Michel Temer e seu garotos podres.
A figura nefasta de Temer cria dissonância; o golpe precisa urgentemente limpar sua imagem.
Por isso, a Globo abandonou o campo da direita política (Aécio, Temer, Serra et caterva). E apostou todas suas fichas na anti-política capitaneada por Moro e Janot.
Chama muita atenção que o diretor-geral da Globo e outros 12 empresários peso-pesados (do Itaú às Lojas Marisa) tenham se reunido em caráter “reservado” com a presidenta do STF, Carmen Lúcia (clique aqui para saber mais).
Quando a reunião com Carmen Lúcia ocorreu, a delação da JBS já havia sido concluída (mas ainda não revelada). Já se sabia que Temer e Aécio estavam mortos. A Globo já costurava uma alternativa.
A saída Carmen Lúcia depende de alguns fatores… Temer caindo, segundo a Constituição, deveriam assumir (pela ordem): Rodrigo Maia (presidente da Câmara), Eunicio de Oliveira (presidente do Senado) ou Carmen Lúcia (presidente do STF).
Os dois primeiros são investigados pela Lava-Jato. O Supremo já construiu entendimento de que réus em processos criminais não podem assumir o poder. Ou seja: se o STF transformar Eunicio e Maia em réus, estaria aberto o caminho para um governo sob o comando de Carmen Lúcia.
De toda forma, qualquer dos 3 que assuma deveria convocar eleições (indiretas, diz a Constituição). Nesse caso, Carmen Lúcia passaria a ser um nome que, já na presidência interina e com apoio da burguesia e da Globo, poderia ser escolhido pelo Congresso para governar até 2018.
Seria o nome dos sonhos da Globo para comandar um governo “técnico”, sob a chancela de Meirelles, sem “políticos”. Um governo “limpo”, que desse apoio pra Lava-Jato concluir sua tarefa: impedir Lula de concorrer na eleição de 2018.
Percebam a força disso: se os tempos são de “limpeza” e de excomungar a política, cairia perfeitamente o nome de uma juíza discreta para comandar o país e terminar de aprovar as reformas ultra-liberais que pretendem destruir direitos trabalhistas e aposentadorias.
Só que falta combinar com os russos.
A bomba da JBS (e cá entre nós: Lula deve estar rindo à toa ao ver os dois “malandros” – Temer e Aécio – gravados e delatados) abre uma avenida pro campo popular virar o jogo.
Nas ruas, os setores organizados têm tudo agora para encurralar a direita, exigir que as “reformas” sejam paralisadas, e que o país vá às urnas ainda em 2017 escolher o novo mandatário.
Contra o projeto Carmen Lúcia, puxado pela Globo, vamos exigir Diretas-Já, obrigando a Globo a tirar o véu e se mostrar inteirinha como golpista e anti-popular.
O argumento dos comentaristas globais é de que as Diretas “não estão na Constituição”. Isso não engana nem uma criança, Merval. Os seus amigos da embaixada americana vão lhe dizer que esse caminho não vai dar certo, Merval…
Afinal, se o Congresso pode votar PEC pra mudar aposentadoria, também pode (e deve) aprovar em regime de urgência uma PEC para Diretas-já.
É hora, portanto, de enfrentar a Globo (operadora do golpismo) nas ruas, nas redes e na tribuna do Congresso.
Diretas-Já!
Fora Temer!
Fora Globo!
4 comentários:
Retorno a normalidade constitucional
Todo o poder emana do povo e em nome dele será exercido.
Para o Brasil voltar ao estado democrático de direito e restabelecer a normalidade constitucional, o STF precisa caçar o mandato do Michel Temer, consequentemente todos os ministros desse governo ilegítimo deverão renunciar e em continuidade anular o impedimento de Dilma por inconstitucionalidade.
A Dilma deverá ser conduzida ao Palácio do Planalto nos braços do povo, de quem verdadeiramente emana todo o poder. Em ato continuo, o Presidente da Câmara dos Deputados e o Presidente do Senado devem ser caçados. Só assim restabelecerá o Estado de Direito Constitucional e o Brasil voltará à normalidade democrática.
Depois da gravacao de Juca' e desta ultima delacao da JBS, acho que eleicoes diretas ja' ou indireta nao sao corretas alternativas para solidificar a democracia que foi cassada. O impeachment tem que ser anulado e Dilma voltar ao cargo que ela foi eleita para ocupar. Qualquer outra alternativa vai deixar o Brasil nas maos da Globo-FHC-STF. O povo esta confuso, deveria estar unido em trazer de volta a DEMOCRACIA. DEMOCRACIA entende?
SÓ LULA EM 2018 PARA O FECHAMENTO DA GLOBO.
Excelente análise. Estive vendo o noticiário da Glolpista e fiquei pensando no que estavam tramando. Acho que os articuladores já previam que o governo não se sustentaria e deram uma ajudazinha para armar o laço para o temeroso. Vai dar pano prá manga.
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