Por Fátima Bezerra, no blog Viomundo:
Na madrugada do dia 12 de maio de 2016, o Senado Federal aprovou a admissibilidade do impeachment da presidenta eleita Dilma Rousseff, instituindo um Estado de Exceção a serviço de uma elite reacionária, ignorante e covarde.
Sob o olhar omisso do Supremo Tribunal Federal e a proteção do oligopólio da mídia, iniciava-se o processo de desconstrução do Estado Social inscrito na Constituição Cidadã, liderado não apenas por Michel Temer e o seu partido, mas sobretudo pelo PSDB, partido que foi derrotado quatro vezes seguidas nas eleições presidenciais.
Um ano depois, não resta mais nenhuma dúvida.
O que se consumou na madrugada do dia 12 de maio de 2016 foi um golpe de classe, um golpe da burguesia contra a classe trabalhadora, um golpe dos herdeiros da Casa Grande contra aqueles que ousaram quebrar as correntes da opressão e disputar os rumos do país.
A democracia restou achincalhada.
As reformas encaminhadas ao Congresso Nacional pelo governo ilegítimo, sem exceção, buscam retirar direitos dos mais pobres para preservar privilégios dos mais ricos.
O congelamento dos investimentos públicos durante 20 anos, a alteração do marco regulatório do pré-sal, a contrarreforma do ensino médio, a reforma trabalhista e a reforma previdenciária sintetizam o programa do consórcio golpista.
Após um ciclo virtuoso de crescimento econômico, geração de emprego e renda e inclusão social, que transformou o nosso país em referência mundial no combate à pobreza extrema, estamos lutando contra a retirada de direitos que julgávamos consolidados, a exemplo dos direitos inscritos na Consolidação das Leis do Trabalho e do direito à aposentadoria.
Outra faceta da ruptura democrática é a crescente criminalização dos movimentos sociais e da principal liderança popular da esquerda brasileira: Luiz Inácio Lula da Silva.
A caçada jurídico-midiática empreendida contra o ex-presidente Lula pode ser traduzida como a tentativa de consolidação do golpe.
Os golpistas aceitam a realização de eleições presidenciais em 2018, contanto que Lula não possa ser candidato a presidente, contanto que Lula seja interditado politicamente.
No roteiro preestabelecido do golpe somente um fator foi menosprezado: a capacidade de luta e de resistência da classe trabalhadora.
Eles acreditavam que a Rede Globo seria capaz de domesticar o povo brasileiro, de convencê-lo que as reformas são necessárias para a recuperação da economia, mas o povo demonstrou mais uma vez que não é bobo e realizou a maior greve geral da história de nosso país.
Com muita mobilização e luta popular, derrotaremos o consórcio golpista, resgataremos a democracia via eleições diretas e elegeremos um governo comprometido com a classe trabalhadora, que produz no dia a dia do seu trabalho a imensa riqueza do Brasil.
A história do nosso país será reescrita com a tinta da verdade e a caligrafia da justiça.
* Fátima Bezerra é senadora pelo PT do Rio Grande do Norte.
Na madrugada do dia 12 de maio de 2016, o Senado Federal aprovou a admissibilidade do impeachment da presidenta eleita Dilma Rousseff, instituindo um Estado de Exceção a serviço de uma elite reacionária, ignorante e covarde.
Sob o olhar omisso do Supremo Tribunal Federal e a proteção do oligopólio da mídia, iniciava-se o processo de desconstrução do Estado Social inscrito na Constituição Cidadã, liderado não apenas por Michel Temer e o seu partido, mas sobretudo pelo PSDB, partido que foi derrotado quatro vezes seguidas nas eleições presidenciais.
Um ano depois, não resta mais nenhuma dúvida.
O que se consumou na madrugada do dia 12 de maio de 2016 foi um golpe de classe, um golpe da burguesia contra a classe trabalhadora, um golpe dos herdeiros da Casa Grande contra aqueles que ousaram quebrar as correntes da opressão e disputar os rumos do país.
A democracia restou achincalhada.
As reformas encaminhadas ao Congresso Nacional pelo governo ilegítimo, sem exceção, buscam retirar direitos dos mais pobres para preservar privilégios dos mais ricos.
O congelamento dos investimentos públicos durante 20 anos, a alteração do marco regulatório do pré-sal, a contrarreforma do ensino médio, a reforma trabalhista e a reforma previdenciária sintetizam o programa do consórcio golpista.
Após um ciclo virtuoso de crescimento econômico, geração de emprego e renda e inclusão social, que transformou o nosso país em referência mundial no combate à pobreza extrema, estamos lutando contra a retirada de direitos que julgávamos consolidados, a exemplo dos direitos inscritos na Consolidação das Leis do Trabalho e do direito à aposentadoria.
Outra faceta da ruptura democrática é a crescente criminalização dos movimentos sociais e da principal liderança popular da esquerda brasileira: Luiz Inácio Lula da Silva.
A caçada jurídico-midiática empreendida contra o ex-presidente Lula pode ser traduzida como a tentativa de consolidação do golpe.
Os golpistas aceitam a realização de eleições presidenciais em 2018, contanto que Lula não possa ser candidato a presidente, contanto que Lula seja interditado politicamente.
No roteiro preestabelecido do golpe somente um fator foi menosprezado: a capacidade de luta e de resistência da classe trabalhadora.
Eles acreditavam que a Rede Globo seria capaz de domesticar o povo brasileiro, de convencê-lo que as reformas são necessárias para a recuperação da economia, mas o povo demonstrou mais uma vez que não é bobo e realizou a maior greve geral da história de nosso país.
Com muita mobilização e luta popular, derrotaremos o consórcio golpista, resgataremos a democracia via eleições diretas e elegeremos um governo comprometido com a classe trabalhadora, que produz no dia a dia do seu trabalho a imensa riqueza do Brasil.
A história do nosso país será reescrita com a tinta da verdade e a caligrafia da justiça.
* Fátima Bezerra é senadora pelo PT do Rio Grande do Norte.
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