Por Altamiro Borges
Nas prévias para a eleição presidencial de 2014, o eterno candidato José Serra afirmou com todas as letras: “FHC está gagá”. O motivo da bicada eram as disputas sangrentas no PSDB. Passados alguns anos, a frase volta à cabeça quando o príncipe da Sorbonne defende o lançamento das candidaturas de João Doria e de Luciano Huck para as eleições de 2018. Segundo afirmou, eles representam o “novo na política”. Quanto ao “prefake” de São Paulo, ele não tem nada de novidade. Está na política desde o berço – seu pai foi deputado – e ocupou vários cargos públicos desde o período da ditadura militar. Ele se traveste de “apolítico” e gestor apenas para enganar os otários.
Já no que se refere ao rico serviçal da famiglia Marinho, ele nunca se candidatou ou ocupou cargos públicos. Mas mantém ligações carnais com vários políticos conservadores, em especial com o cambaleante Aécio Neves. Na apuração dos votos em outubro de 2014 ficou famosa a foto dele, bastante abalado, ao lado do tucano derrotado. Ele também mantinha intimas relações com o ex-governador Sergio Cabral, que hoje está na cadeia e nem recebeu uma visita do amigo ingrato. Em várias oportunidades, o astro global ensaiou ingressar na política. Chegou a ser capa da “Veja”, que o elegeu como símbolo do “bom-mocismo” - pouco tempo depois de ter eleito Demóstenes Torres, o senador cassado do DEM, como o "mosqueteiro da ética".
Leia também:
- Luciano Huck largou Aécio, amigo das baladas?
- Luciano Huck, paga a multinha!
- Luciano Huck e a negação da política
- O “cafetão” Luciano Huck
- Luciano Huck é vaiado nas Olimpíadas
- Desculpa da “Use Huck” não convence
- Huck pedirá recontagem do Ibope?
- Luciano Huck foge do bafômetro
- As “merdas” de Luciano Huck
- Angélica é vaiada: "Abaixo a Globo"
- Veja e o "bom-mocismo" de Luciano Huck
- Luciano Huck vai processar Rafinha
- Luciano Huck e o “peixe urbano”
- A cara-de-pau de Luciano Huck
- Huck, Angélica e a vida depois do SUS
- Luciano Huck é multado em R$ 50 mil
Nas prévias para a eleição presidencial de 2014, o eterno candidato José Serra afirmou com todas as letras: “FHC está gagá”. O motivo da bicada eram as disputas sangrentas no PSDB. Passados alguns anos, a frase volta à cabeça quando o príncipe da Sorbonne defende o lançamento das candidaturas de João Doria e de Luciano Huck para as eleições de 2018. Segundo afirmou, eles representam o “novo na política”. Quanto ao “prefake” de São Paulo, ele não tem nada de novidade. Está na política desde o berço – seu pai foi deputado – e ocupou vários cargos públicos desde o período da ditadura militar. Ele se traveste de “apolítico” e gestor apenas para enganar os otários.
Já no que se refere ao rico serviçal da famiglia Marinho, ele nunca se candidatou ou ocupou cargos públicos. Mas mantém ligações carnais com vários políticos conservadores, em especial com o cambaleante Aécio Neves. Na apuração dos votos em outubro de 2014 ficou famosa a foto dele, bastante abalado, ao lado do tucano derrotado. Ele também mantinha intimas relações com o ex-governador Sergio Cabral, que hoje está na cadeia e nem recebeu uma visita do amigo ingrato. Em várias oportunidades, o astro global ensaiou ingressar na política. Chegou a ser capa da “Veja”, que o elegeu como símbolo do “bom-mocismo” - pouco tempo depois de ter eleito Demóstenes Torres, o senador cassado do DEM, como o "mosqueteiro da ética".
Agora, com os ventos conservadores que sopram no Brasil e no mundo, Luciano Huck parece que decidiu se lançar na política. Em entrevista recente, ele afirmou que chegou a hora da “nova geração” disputar a presidência da República. Haja vaidade e arrogância! Bem distante do que diz o “gagá” FHC, desesperado com a decadência do seu PSDB, o astro global não é bem uma novidade para a sociedade brasileira. Como apontou o jornalista Mauricio Stycer, em matéria publicada na Folha neste domingo (14), ele é um velhaco inclusive na televisão brasileira. Vale conferir o artigo:
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Cogitado como novidade na política, Huck é o que há de mais antigo na TV
A semana, das mais agitadas, começou com o ex-presidente Fernando Henrique incluindo num mesmo raciocínio os nomes de João Doria e Luciano Huck e a palavra "novo". Em entrevista a Igor Gielow, na Folha, FHC disse que o prefeito de São Paulo e o apresentador da Globo são figuras que não devem ser excluídas de consideração quando se pensa nas eleições de 2018. "Eles são o novo porque não estão sendo propelidos pelas forças de sempre. Temos de ver como isso se desenrola. Eu hoje acho cedo perguntar quem vai ser candidato. Temos de ver como o processo anda, como a sociedade está absorvendo todo o impacto da Lava Jato."
Um dia depois, na terça-feira (9), na "Veja", o repórter Mauricio Lima afirmou que Luciano Huck procurou duas escolas de samba, Mangueira e Salgueiro, com o objetivo de ser tema de enredo no Carnaval de 2018 – a uma delas teria oferecido R$ 6 milhões. Huck negou a oferta de dinheiro e afirmou que alguém usou seu nome, sem autorização, para procurar as escolas. No mesmo dia, à noite, na "Piauí", a repórter Julia Duailibi informou que Huck teve um encontro, em abril, com João Amoedo, presidente do Partido Novo. A conversa, realizada no iate do engenheiro, foi sobre a conjuntura do país e o partido criado por ele.
Dias antes, no sábado (6), Huck estreou em seu programa na Globo o quadro "Quem Quer Ser um Milionário?", uma competição de perguntas e respostas baseado em um formato britânico já exibido em mais de uma centena de países. "Uma jornada pelo conhecimento e pelo saber", prometeu. Como tudo no "Caldeirão do Huck", o quadro lançado na última semana mostra a habilidade do apresentador e sua equipe de remodelar, com pompa, o que há de mais velho na televisão.
O eixo principal do programa, exibido pela Globo há 17 anos, é o assistencialismo, uma tradição da TV de cunho popular no Brasil desde a década de 1960. Fazendo drama com a miséria alheia, Huck reforma carros, casas e até pequenos negócios, ajuda parentes a se reencontrarem, organiza casamentos – t do sempre sob o patrocínio de marcas que anunciam no ar. Outro filão, também sem maior originalidade, são os "testes de caráter". O programa simula situações na rua para ver a reação do público. Por exemplo: um rapaz oferece gatos para adoção em uma praça; a primeira pessoa que topa ficar com um animal é premiada (esta prova foi patrocinada por uma marca de comida para gatos).
Em 2014, Huck ensaiou uma virada, decidindo focar "ações inspiradoras" de gente que "pensa fora da caixa". Definiu um novo quadro como a chance de "potencializar, empoderar, gente que vem transformando a realidade à sua volta há muito tempo e com muito pouco". Neste ano deu um prêmio "Inspiração" para valorizar iniciativas de cunho social, mas já deixou esta preocupação de lado e voltou com tudo às ações assistencialistas.
Já "Estrelas", o programa de sua mulher, Angélica, passou por uma mudança neste ano – em vez de promover encontros vazios com atores da Globo, como fazia há dez anos, ele agora se dedica a mostrar estas figuras em ações de solidariedade. Questionada pela revista "Quem", há um mês, sobre como via a possibilidade de o marido entrar para a política, Angélica disse: "Ele já ajuda muita gente e pode ajudar muito mais do que se ele se enfiar na política. A gente não sabe o que vai acontecer lá na frente. Mas não estou a fim de ser primeira-dama, não [risos]".
Ufa...
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Cogitado como novidade na política, Huck é o que há de mais antigo na TV
A semana, das mais agitadas, começou com o ex-presidente Fernando Henrique incluindo num mesmo raciocínio os nomes de João Doria e Luciano Huck e a palavra "novo". Em entrevista a Igor Gielow, na Folha, FHC disse que o prefeito de São Paulo e o apresentador da Globo são figuras que não devem ser excluídas de consideração quando se pensa nas eleições de 2018. "Eles são o novo porque não estão sendo propelidos pelas forças de sempre. Temos de ver como isso se desenrola. Eu hoje acho cedo perguntar quem vai ser candidato. Temos de ver como o processo anda, como a sociedade está absorvendo todo o impacto da Lava Jato."
Um dia depois, na terça-feira (9), na "Veja", o repórter Mauricio Lima afirmou que Luciano Huck procurou duas escolas de samba, Mangueira e Salgueiro, com o objetivo de ser tema de enredo no Carnaval de 2018 – a uma delas teria oferecido R$ 6 milhões. Huck negou a oferta de dinheiro e afirmou que alguém usou seu nome, sem autorização, para procurar as escolas. No mesmo dia, à noite, na "Piauí", a repórter Julia Duailibi informou que Huck teve um encontro, em abril, com João Amoedo, presidente do Partido Novo. A conversa, realizada no iate do engenheiro, foi sobre a conjuntura do país e o partido criado por ele.
Dias antes, no sábado (6), Huck estreou em seu programa na Globo o quadro "Quem Quer Ser um Milionário?", uma competição de perguntas e respostas baseado em um formato britânico já exibido em mais de uma centena de países. "Uma jornada pelo conhecimento e pelo saber", prometeu. Como tudo no "Caldeirão do Huck", o quadro lançado na última semana mostra a habilidade do apresentador e sua equipe de remodelar, com pompa, o que há de mais velho na televisão.
O eixo principal do programa, exibido pela Globo há 17 anos, é o assistencialismo, uma tradição da TV de cunho popular no Brasil desde a década de 1960. Fazendo drama com a miséria alheia, Huck reforma carros, casas e até pequenos negócios, ajuda parentes a se reencontrarem, organiza casamentos – t do sempre sob o patrocínio de marcas que anunciam no ar. Outro filão, também sem maior originalidade, são os "testes de caráter". O programa simula situações na rua para ver a reação do público. Por exemplo: um rapaz oferece gatos para adoção em uma praça; a primeira pessoa que topa ficar com um animal é premiada (esta prova foi patrocinada por uma marca de comida para gatos).
Em 2014, Huck ensaiou uma virada, decidindo focar "ações inspiradoras" de gente que "pensa fora da caixa". Definiu um novo quadro como a chance de "potencializar, empoderar, gente que vem transformando a realidade à sua volta há muito tempo e com muito pouco". Neste ano deu um prêmio "Inspiração" para valorizar iniciativas de cunho social, mas já deixou esta preocupação de lado e voltou com tudo às ações assistencialistas.
Já "Estrelas", o programa de sua mulher, Angélica, passou por uma mudança neste ano – em vez de promover encontros vazios com atores da Globo, como fazia há dez anos, ele agora se dedica a mostrar estas figuras em ações de solidariedade. Questionada pela revista "Quem", há um mês, sobre como via a possibilidade de o marido entrar para a política, Angélica disse: "Ele já ajuda muita gente e pode ajudar muito mais do que se ele se enfiar na política. A gente não sabe o que vai acontecer lá na frente. Mas não estou a fim de ser primeira-dama, não [risos]".
Ufa...
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Leia também:
- Luciano Huck largou Aécio, amigo das baladas?
- Luciano Huck, paga a multinha!
- Luciano Huck e a negação da política
- O “cafetão” Luciano Huck
- Luciano Huck é vaiado nas Olimpíadas
- Desculpa da “Use Huck” não convence
- Huck pedirá recontagem do Ibope?
- Luciano Huck foge do bafômetro
- As “merdas” de Luciano Huck
- Angélica é vaiada: "Abaixo a Globo"
- Veja e o "bom-mocismo" de Luciano Huck
- Luciano Huck vai processar Rafinha
- Luciano Huck e o “peixe urbano”
- A cara-de-pau de Luciano Huck
- Huck, Angélica e a vida depois do SUS
- Luciano Huck é multado em R$ 50 mil
5 comentários:
Miro, matamos a denúncia de Mônica Moura. O E-mail foi criado este ano.
O Gmail, quando tem mensagens do ano da postagem, omite o ano, já que se trata do ano corrente. Ex: 22/04
Os ano anteriores, sempre tem ao ano no final Ex 22/04/2016
E-mail falso!!!!
A presença dessas duas figuras nas eleições de 2018 (se elas forem realmente realizadas) não está descartada. Isso equivaleria a adaptar ao Brasil a tática eleitoral da direita implantada na França com a candidatura vitoriosa de Macron. Devemos denunciá-la amplamente, sem dúvida, mostrando clarividência, capacidade de desvelar as más intenções da direita, vinculando claramente as duas candidaturas à mesma lógica pautada pela falta de ética, na arte de enganar os trabalhadores e o povo, dos golpistas. Luciano Hulk, por exemplo, é um dos mais altos salários (salário?) da Globo e garoto propaganda de várias empresas que financiaram o golpe, como o Itaú. Não será difícil revela-lo como um embusteiro aos olhos dos trabalhadores e do povo. Mas essas denúncias não deveriam ser tratadas como antecipação do processo eleitoral. Temos vivido na jaula criada pela democracia liberal burguesa em tentativa de confinar a luta de classes ao calendário eleitoral. A história é objetiva, se orientando pela consciência que cada classe tem em determinado momento de si mesma, de seus interesses particulares. As eleições são convenções, instituídas - no caso da democracia liberal burguesa - para produzir uma falsa sensação de igualdade, fundada na máxima "um homem um voto". Confundir o calendário eleitoral com a história promovida pela luta de classes é um vício reformista de partidos reformistas como o PT, por exemplo. Essas denúncias relacionadas à Luciano Huck e João Dória, portanto, só fazem sentido se chegarem aos olhos e aos ouvidos dos trabalhadores e do povo como parte de um processo mais amplo e profundo de educação política do proletariado e do povo que deveria também desmistificar o fetichismo da democracia burguesa, fetichismo que, infelizmente, tem sido cultivado pela esquerda que governou o Brasil nos últimos 13 anos através de mecanismos de conciliação de classe implementados à margem do povo (embora supostamente efetivados em nome do povo, em função de um processo que consiste, na prática, em exercício de tutela que considera o povo incapaz de raciocinar por si mesmo, necessitando, portanto, ser representado diante da burguesia) . CONTINUA
CONTINUAÇÃO Não sei se apoiarei ou não uma eventual candidatura de Lula ou do PT como fiz até 2014. Nunca emprestei a esse apoio um caráter de avanço para além dos limites que a democracia liberal permite. Não me decepcionei com tais governos porque não acredito que se poderia e se possa fazer mais em uma democracia de fachada. O propósito de meu voto e de minha campanha a favor de tais candidatos era dificultar a vida da plutocracia em seu intento de implementar sem resistência o programa neoliberal que ora aplica. O meu objetivo nada tem a ver com a imagem glamorosa emprestada aos governos petistas que lemos e vemos por aí. Para mim, o Brasil só será transformado por uma revolução protagonizada pelo proletariado, pelos trabalhadores e pelo povo. Por isso, o que urge importa é a educação política do proletariado. Essa é a prioridade número 1. Lula é apenas um homem e, temos que reconhecer, com vários defeitos. A minha sincera convicção até aqui é a de que Lula não merece ser condenado por crime de corrupção. A direita, de fato, busca inviabilizá-lo politicamente, juntamente com o PT e parece disposta a fazê-lo mesmo sem provas. Nenhum democrata deve aceitar um processo como esse. Mas Lula e o PT merecem ser contestados do ponto de vista das suas concepções políticas, que são aquelas das correntes que hegemonizam o PT desde o berço desse partido em sua pretensão arrogante de ter descoberto a pólvora, se apresentando como novidade à suposta "burocracia" dos partidos comunistas. As práticas partidárias do PT são aquelas dos partidos liberais burgueses, com algumas variações apenas de forma. CONTINUA.
CONCLUSÃO O certo é que os trabalhadores não precisam mais de salvadores da pátria, de crenças em super heróis que não existem. Também não necessitam mais da "papinha da política", como o disse Lênin, que lhes têm sido servidas por reformistas de vários matizes. O proletariado jamais deixou ou deixará de ser o coveiro do capitalismo, a classe que se opõe à burguesia. Isso não é uma premissa para "um socialismo distante". Essa é uma das mais brilhantes descobertas de Marx, que precisa sempre ser lembrada, como quem consulta uma bússola para se orientar. Precisamos sair desse blá blá blá eleitoral, restrito a essa "papinha política" que consiste em opor Lula a um outro Collor ou FHC de plantão. Necessitamos trabalhar para colocar o proletariado frente a frente com a burguesia que o espolia e oprime. Quem não acreditar nisso, não conte comigo para trocar a condição de militante pela revolução em cabo eleitoral de operário socialdemocrata . A esquerda que acredita na capacidade de luta do povo, que acredita que o homem comum pode ser arrancado de sua alienação, precisa se unir finalmente, mesmo que divirja relativamente a táticas eleitorais. Para que isso ocorra, essas duas frentes de luta devem ser demarcadas. A luta não eleitoral deveria ser priorizada em relação às disputas institucionais. Face à incapacidade de se chegar a um consenso quanto à tática eleitoral,as alianças deveriam se fazer, então,em duas frentes comportando, portanto, composições sociais, políticas e partidárias provavelmente bem diferentes. Entretanto, o compromisso com a frente que tem como propósito, em última análise, educar politicamente o homem comum, se sobreporia a qualquer compromisso que tem como objetivo eleger quem tenha sido escolhido para ser candidato em uma eleição no âmbito da democracia burguesa. Essa é a única maneira, fundada nos princípios, de um revolucionário valer-se das lutas institucionais e da luta por conquistas de reformas, sem prejudicar a sua obrigação moral de educar politicamente o homem do povo.
Parabéns Darcy, se me permite citá-lo por tão clara e lúcida exposição daquilo que deveria ser uma visão de esquerda sobre o momento político nacional. Você é um dos poucos que falou sobre o Sr. Lula com clareza e não passou a mão na cabeça como, infelizmente, muitos que se dizem de esquerda faz o tempo todo, acreditando que esse senhor é o grande salvador da pátria. A realidade é bem outra. Quando o princípio ético sobrepor a todos os seguimentos ideológicos e população pensante reconheça a falácia de seus líderes, talvez possa dar início a verdadeira mudança que nosso país merece.
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