Por Altamiro Borges
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A vida é cruel e irônica. Na cavalgada golpista pelo impeachment de Dilma Rousseff, parlamentares mais sujos do que pau de galinheiro fizeram discursos hipócritas em defesa da ética, da moral e dos bons costumes. Na sequência, vários deles caíram em desgraça e foram desmoralizados. Eduardo Cunha, o chefe da "assembleia de bandidos" que deflagrou o processo na Câmara Federal em abril do ano passado, agora está preso. O cambaleante Aécio Neves, o tucano mimado que não aceitou a derrota nas urnas e jogou o país no desfiladeiro, também está prestes a ir para a cadeia. Já nesta terça-feira (23), outro falso moralista, o deputado Rogério Rosso, que presidiu a comissão do impeachment de Dilma e sempre posou de paladino da ética, também foi pego com a boca na botija. Ele é acusado de receber dinheiro desviado das obras do estádio Mané Garrincha, em Brasília.
Segundo relato do portal G1, "as investigações da Polícia Federal na Operação Panatenaico – que prendeu na manha desta terça-feira os ex-governadores José Roberto Arruda (PR) e Agnelo Queiroz (PT) – apontam que o deputado federal Rogério Rosso (PSD-DF) também recebeu dinheiro desviado das obras da reconstrução do estádio Mané Garrincha. Em 2010, o parlamentar do PSD comandou o governo do Distrito Federal por oito meses em um mandato tampão após a renúncia de Arruda por conta dos desdobramentos da Operação Caixa de Pandora". De acordo com os delatores da empresa Andrade Gutierrez, Rogério Rosso teria participado do esquema criminoso de corrupção para desviar recursos das obras do Mané Garrincha, que foi uma das sedes da Copa do Mundo de 2014.
A Polícia Federal avalia que a reforma do estádio foi superfaturada em cerca de R$ 900 milhões. A obra, que estava orçada inicialmente em R$ 600 milhões, acabou custando cerca de R$ 1,575 bilhão. Ao contrário das outras arenas da Copa – que foram financiadas com recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) – o estádio Mané Garrincha foi reerguido com dinheiro da Terracap, a empresa pública responsável pela gestão do patrimônio imobiliário do Distrito Federal. Diante da grave denúncia, Rogério Rosso reagiu. "Não tenho nenhuma informação sobre isso. Minha vida pública é muito correta e sempre muito diligente em relação à legislação e à conduta ética. Deve ser algum equívoco". Haja cinismo! E muitos "midiotas" acreditaram nesta gente.
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