Ilustração: Mark Allen Miller |
A Folha publicou uma minúscula notinha nesta segunda-feira (1) – talvez para não estimular a reflexão crítica e a revolta entre os seus "queridos" funcionários:
Ser repórter de jornal é a pior profissão de 2017, segundo estudo da consultoria CareerCast, nos Estados Unidos. O levantamento levou em consideração salário, expectativa de crescimento no emprego, competitividade, grau de estresse e riscos à segurança pessoal. A expectativa de crescimento no emprego para repórteres é negativa, de -8%, segundo o estudo. Em segundo lugar, ficaram os profissionais de rádio e TV (‘broadcasters’), com uma expectativa de crescimento de -9%. Os lenhadores estão na terceira posição – nos EUA, eles ganham praticamente o mesmo que os repórteres de jornal, US$ 37,5 mil por ano (US$ 3,1 mil por mês). Em seguida, ficaram os militares, trabalhadores do controle de pragas urbano, DJs, vendedores de anúncios e bombeiros, nessa ordem.
Ainda bem que esta brutal exploração ocorre nos EUA. No Brasil, a situação é bem diferente. Os jornalistas recebem ótimos salários, estão registrados em carteira, têm todos os direitos trabalhistas garantidos, nunca ficam estressados ou correm riscos na profissão (inclusive porque a polícia nativa é muito civilizada) e ascendem profissionalmente devido aos seus méritos – não há puxa-saquismo ou compadrio nas redações da chamada grande imprensa. Além disso, não há crise de desemprego no setor, que segue às mil maravilhas.
Ainda bem que esta brutal exploração ocorre nos EUA. No Brasil, a situação é bem diferente. Os jornalistas recebem ótimos salários, estão registrados em carteira, têm todos os direitos trabalhistas garantidos, nunca ficam estressados ou correm riscos na profissão (inclusive porque a polícia nativa é muito civilizada) e ascendem profissionalmente devido aos seus méritos – não há puxa-saquismo ou compadrio nas redações da chamada grande imprensa. Além disso, não há crise de desemprego no setor, que segue às mil maravilhas.
Por isto, muitos jornalistas adoram chamar os seus patrões de companheiro – um fato inusitado no mundo inteiro. Vários são até mais realistas do que o rei, reproduzindo a visão patronal com o maior empenho! Este paraíso na terra também explica porque a sindicalização na categoria – que se diz tão informada – é das mais baixas do sindicalismo nativo. Se a consultoria CareerCast fizesse a pesquisa no Brasil, com certeza a profissão de repórter seria eleita a melhor do planeta!
*****
*****
Leia também:
- “Companheiro-patrão” esfola jornalistas
- Mais de mil jornalistas demitidos
- Jornais fecham e demitem. Crise é braba!
- Falências e cortes. Crise na mídia é grave
- O Globo demite. Cadê os "calunistas"?
- Nem Temer salva o jornal O Globo
- Demissões na Folha e a agonia da mídia
- Band extingue 4 programas. É a crise!
- Demissões na mídia e o "deboche" de Lula
- A mídia abdicou de fazer jornalismo
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Comente: