Por Ricardo Kotscho, em seu blog:
Esticaram a corda até onde deu na semana passada e, no momento em que poderia romper a frágil estabilidade institucional, resolveram todos fazer um pit-stop na crise política, como previ aqui na segunda-feira.
Claro que o feriadão sempre ajuda a dar uma trégua na corrida maluca disputada entre os três poderes depois que a Lava Jato fugiu ao controle com as delações da Odebrecht e da JBS que botaram todo mundo na roda.
Enquanto não sai a denúncia da Procuradoria Geral da República contra o presidente Michel Temer, tem cada vez mais gente acreditando que ele se segura no cargo, até por absoluta falta de opções no mercado.
Ao longo da semana, as estratégias das escuderias PGR-STF, de um lado, e Executivo-Congresso, de outro, agora se inverteram.
Certo de que a denúncia será rejeitada na Câmara, o governo quer uma decisão rápida antes do recesso parlamentar previsto para o dia 18 de julho. Pretende tirar logo este fantasma da frente e voltar a pensar nas reformas.
No meio da pista, porém, tem um obstáculo jurídico. Antes de enviar a denúncia da PGR à Câmara, o ministro relator Edson Fachin deve pedir a manifestação das partes para fundamentar a acusação, o que pode levar mais 20 dias.
A ação penal no STF só pode ser instalada depois que o plenário da Câmara aprovar a abertura do processo, o que demoraria pelo menos outros 30 dias, e hoje parece pouco provável, mas nunca se sabe o dia de amanhã.
"Tenho a mais absoluta convicção de que a denúncia será derrotada. Salvo surgimento de fatos realmente graves e novos, não vejo como se estabelecer uma denúncia forte contra o presidente da República", garante Carlos Marun, vice-líder do PMDB na Câmara, último comandante da antiga tropa de choque de Eduardo Cunha.
Com meio ministério sub-judice e o apoio do PSDB aprovado esta semana com prazo de validade, o governo quer acelerar o processo, mas como vivemos num país sem prazos definidos para nada é impossível fazer qualquer previsão sobre o que pode acontecer depois do pit-stop do feriadão.
O certo é que o destino do senador Aécio Neves, afastado do mandato pelo relator Fachin e com pedido de prisão reiterado pela PGR, por enquanto licenciado da presidência do PSDB, será decidido na próxima terça -feira, dia 20, na 1ª Turma do Supremo Tribunal Federal.
Bom descanso a todos. À noite nos vemos no Jornal da Record News, com Heródoto Barbeiro.
Vida que segue.
Esticaram a corda até onde deu na semana passada e, no momento em que poderia romper a frágil estabilidade institucional, resolveram todos fazer um pit-stop na crise política, como previ aqui na segunda-feira.
Claro que o feriadão sempre ajuda a dar uma trégua na corrida maluca disputada entre os três poderes depois que a Lava Jato fugiu ao controle com as delações da Odebrecht e da JBS que botaram todo mundo na roda.
Enquanto não sai a denúncia da Procuradoria Geral da República contra o presidente Michel Temer, tem cada vez mais gente acreditando que ele se segura no cargo, até por absoluta falta de opções no mercado.
Ao longo da semana, as estratégias das escuderias PGR-STF, de um lado, e Executivo-Congresso, de outro, agora se inverteram.
Certo de que a denúncia será rejeitada na Câmara, o governo quer uma decisão rápida antes do recesso parlamentar previsto para o dia 18 de julho. Pretende tirar logo este fantasma da frente e voltar a pensar nas reformas.
No meio da pista, porém, tem um obstáculo jurídico. Antes de enviar a denúncia da PGR à Câmara, o ministro relator Edson Fachin deve pedir a manifestação das partes para fundamentar a acusação, o que pode levar mais 20 dias.
A ação penal no STF só pode ser instalada depois que o plenário da Câmara aprovar a abertura do processo, o que demoraria pelo menos outros 30 dias, e hoje parece pouco provável, mas nunca se sabe o dia de amanhã.
"Tenho a mais absoluta convicção de que a denúncia será derrotada. Salvo surgimento de fatos realmente graves e novos, não vejo como se estabelecer uma denúncia forte contra o presidente da República", garante Carlos Marun, vice-líder do PMDB na Câmara, último comandante da antiga tropa de choque de Eduardo Cunha.
Com meio ministério sub-judice e o apoio do PSDB aprovado esta semana com prazo de validade, o governo quer acelerar o processo, mas como vivemos num país sem prazos definidos para nada é impossível fazer qualquer previsão sobre o que pode acontecer depois do pit-stop do feriadão.
O certo é que o destino do senador Aécio Neves, afastado do mandato pelo relator Fachin e com pedido de prisão reiterado pela PGR, por enquanto licenciado da presidência do PSDB, será decidido na próxima terça -feira, dia 20, na 1ª Turma do Supremo Tribunal Federal.
Bom descanso a todos. À noite nos vemos no Jornal da Record News, com Heródoto Barbeiro.
Vida que segue.
Olá vc que saiu as ruas vestido(a) de camisa da CBF com um pato na mão, uma panela na outra e e um pixuleco na cabeça gritando contra a "corrupição", vc mesmo que ainda nao caiu a ficha e continua pedindo a prisão injusta de Lula. Vc mesmo sem noção, será que sabes que o mesmo MP e Justiça que perseguem Lula acabou de arquivar o processo contra o "impoluto" ex-senador Demóstenes Torres, saiba que será este o mesmo destino do processo contra o também "impoluto" ex-senador Aécio Neves. Será que vc era contra a corrupção ou era apenas um abestado que, por internalizar o discurso da classe dominante, bufava de raiva contra o PT. Volte para a escola e estude sobre luta de classes, pois só assim para não apoiares novamente um próximo golpe de Estado quando este pais se tornar de novo soberano.
ResponderExcluirMP pede e Judiciário arquiva processo contra Demóstenes Torres no caso Cachoeira
http://g1.globo.com/goias/noticia/justica-de-goias-arquiva-processo-contra-demostenes-torres-no-caso-cachoeira.ghtml