Por Haroldo Lima
Carina Vitral, a presidenta que encerrou com luzes seu mandato vitorioso de presidenta da UNE, é de Santos, a cidade onde fica o famoso “porto vermelho de Santos”, assim descrito nos “Subterrâneos da Liberdade” por Jorge Amado, pelas lutas memoráveis lá travadas pelos portuários.
Essas duas jovens guerreiras seguem o caminho aberto em 1982 pela também baiana Clara Araújo, primeira mulher a presidir a UNE em toda sua história, caminho depois palmilhado por outras jovens, todas aguerridas, Gisela Mendonça (1986-1987), Patrícia de Angelis (1991-1992), Lúcia Stumpf (2007-2009) e Virgínia Barros, a Vic (2013 -2015).
Participei desse 55º Congresso de Belo Horizonte, palestrando sobre petróleo, em um dos painéis montados pela UNE para pensar e discutir o Brasil. Abracei calorosamente a Carina Vitral e a Marianna Dias. Senti o clima efervescente do Congresso, envolvi-me nele. Depois, fiquei a refletir sobre o momento por que passa nosso país e a atitude daqueles jovens.
Vivemos uma grande crise. A pedra de toque dos nossos problemas está na existência de um governo ilegítimo, que chegou ao poder nos braços de um golpe e que ao se aboletar nos postos de comando do país levou para lá uma quadrilha. A cena é tão mais chocante quanto se sabe que o caminho para o assalto foi aberto com gritos hipócritas contra a corrupção. E os quadrilheiros, profissionais da corrupção, botaram para fora uma presidenta honesta, eleita pelo povo, contra a qual não se provou nada de ilícito, apoiando-se numa farsa deslavada, a tal “pedalada fiscal”.
Mas esse golpe, urdido no Parlamento, no Ministério Público e no Judiciário foi propalado há anos pela grande mídia monopolizada, que fez campanha sistemática para desacreditar, em primeiro lugar os políticos de esquerda, e depois, a própria atividade política, colocando todos os homens públicos sob suspeita de corrupção, como se fossem “farinha do mesmo saco”. Com isso, protegia e embelezava seus comparsas, os corruptos, igualando-os a homens de bem, e difamava os homens de bem, nivelando-os aos corruptos.
Essa cantilena mentirosa perseguia o objetivo de desmoralizar a Nação brasileira, de botar a autoestima de nosso povo “pra baixo”, fazendo-lhe acreditar que “esse país não tem jeito”.
Um método faccioso de enfrentar a corrupção – o método da Lava Jato - foi posto em prática e incensado pela grande mídia: uma pirotecnia gigantesca alardeava que se estava combatendo a corrupção; alguns gatunos eram presos; pessoas eram escolhidas para serem liquidadas politicamente; “delações premiadas” eram providenciadas para comprometerem essas pessoas; “provas” eram substituídas por “convicções”; e o país ia descendo a ladeira e levado a um impasse.
Paralelamente, com extrema eficácia, arrebentava-se, não com a corrupção e suas causas, mas com um conjunto de grandes empresas brasileiras, suspendendo contratos, paralisando obras, desempregando dezenas de milhares de postos de trabalho, tudo, supostamente para “combater a corrupção”.
O país foi ficando desgovernado, ou melhor, governado por uma quadrilha de assaltantes e por alguns Procuradores e Juízes que nunca receberam um voto para nada. Céleres, as portas vão se abrindo rápidas para os homens do capital estrangeiro, tidos como “honestos”. A desesperança vai sendo alimentada diuturnamente.
É nesse quadro cinzento que o 55º Congresso da UNE rasga o véu para um outro discurso completamente diferente, enérgico, corajoso, vibrante, o de que o Brasil tem jeito sim, e de que, na base da mobilização de seu povo, com a juventude ao seu lado, dando-lhe força, poremos fim ao governo golpista e, através de eleições diretas, reconquistaremos a legitimidade do Poder soberano e abriremos o caminho para um futuro grandioso de Nação.
A diversidade de posições políticas e de opiniões sobre os caminhos brasileiros para o futuro estiveram presentes no Congresso da UNE e, com muita convicção, foram respeitadas. Mas, é incrível como, no meio daquela moçada entusiasmada aos milhares, não se ouvia ninguém defendendo o governo que está aí. Ao contrário. Havia divergências e pontos de vista diferenciados em muitas coisas, mas unidade em torno do Fora Temer e Diretas Já.
As falas da Marianna Dias foram empolgantes. Foi bonito escutar a verve de suas mensagens contagiando a multidão de seus colegas orgulhosos de tê-la.
Defendeu a união na luta. Expressou a força das ideias que unem. Disse que o caminho para a vitória é o da unidade. Afirmou que naquele Congresso, "a esquerda atingiu um nível de unidade nunca antes visto na história do país". Partidos, grupos, correntes, facções todos estavam lá democraticamente participando e prestigiando a UNE. Este é o exemplo dos nossos jovens estudantes para o avanço da luta libertária.
A jovem ex-presidente da União dos Estudantes da Bahia, aluna de Pedagogia da Universidade Estadual da Bahia, a Uneb,, galvanizou seus pares ao chama-los para que seguissem esse exemplo da UNE, que é o da própria história de 80 anos da entidade, no qual sempre deu “prova de amor ao Brasil”.
O chamamento de Marianna Dias, calou fundo no coração dos estudantes. Deve sensibilizar os brasileiros amantes da sua Pátria e da democracia, prontos a acolher o seu chamado e dar “uma prova de amor ao Brasil”, lutando por ideais grandiosos, que, como o Congresso da UNE definiu, passa pelo Fora Temer e Diretas Já.
Marianna Dias, a recém-eleita presidenta da União Nacional dos Estudantes, no seu 55º Congresso, é de Feira de Santana, a cidade baiana por onde começa o sertão nordestino, chamada de “Princesa do Sertão”, base política da esquerda em passado próximo, terra do deputado “autêntico” Francisco Pinto, baluarte na luta contra a ditadura no Brasil.
Carina Vitral, a presidenta que encerrou com luzes seu mandato vitorioso de presidenta da UNE, é de Santos, a cidade onde fica o famoso “porto vermelho de Santos”, assim descrito nos “Subterrâneos da Liberdade” por Jorge Amado, pelas lutas memoráveis lá travadas pelos portuários.
Essas duas jovens guerreiras seguem o caminho aberto em 1982 pela também baiana Clara Araújo, primeira mulher a presidir a UNE em toda sua história, caminho depois palmilhado por outras jovens, todas aguerridas, Gisela Mendonça (1986-1987), Patrícia de Angelis (1991-1992), Lúcia Stumpf (2007-2009) e Virgínia Barros, a Vic (2013 -2015).
Participei desse 55º Congresso de Belo Horizonte, palestrando sobre petróleo, em um dos painéis montados pela UNE para pensar e discutir o Brasil. Abracei calorosamente a Carina Vitral e a Marianna Dias. Senti o clima efervescente do Congresso, envolvi-me nele. Depois, fiquei a refletir sobre o momento por que passa nosso país e a atitude daqueles jovens.
Vivemos uma grande crise. A pedra de toque dos nossos problemas está na existência de um governo ilegítimo, que chegou ao poder nos braços de um golpe e que ao se aboletar nos postos de comando do país levou para lá uma quadrilha. A cena é tão mais chocante quanto se sabe que o caminho para o assalto foi aberto com gritos hipócritas contra a corrupção. E os quadrilheiros, profissionais da corrupção, botaram para fora uma presidenta honesta, eleita pelo povo, contra a qual não se provou nada de ilícito, apoiando-se numa farsa deslavada, a tal “pedalada fiscal”.
Mas esse golpe, urdido no Parlamento, no Ministério Público e no Judiciário foi propalado há anos pela grande mídia monopolizada, que fez campanha sistemática para desacreditar, em primeiro lugar os políticos de esquerda, e depois, a própria atividade política, colocando todos os homens públicos sob suspeita de corrupção, como se fossem “farinha do mesmo saco”. Com isso, protegia e embelezava seus comparsas, os corruptos, igualando-os a homens de bem, e difamava os homens de bem, nivelando-os aos corruptos.
Essa cantilena mentirosa perseguia o objetivo de desmoralizar a Nação brasileira, de botar a autoestima de nosso povo “pra baixo”, fazendo-lhe acreditar que “esse país não tem jeito”.
Um método faccioso de enfrentar a corrupção – o método da Lava Jato - foi posto em prática e incensado pela grande mídia: uma pirotecnia gigantesca alardeava que se estava combatendo a corrupção; alguns gatunos eram presos; pessoas eram escolhidas para serem liquidadas politicamente; “delações premiadas” eram providenciadas para comprometerem essas pessoas; “provas” eram substituídas por “convicções”; e o país ia descendo a ladeira e levado a um impasse.
Paralelamente, com extrema eficácia, arrebentava-se, não com a corrupção e suas causas, mas com um conjunto de grandes empresas brasileiras, suspendendo contratos, paralisando obras, desempregando dezenas de milhares de postos de trabalho, tudo, supostamente para “combater a corrupção”.
O país foi ficando desgovernado, ou melhor, governado por uma quadrilha de assaltantes e por alguns Procuradores e Juízes que nunca receberam um voto para nada. Céleres, as portas vão se abrindo rápidas para os homens do capital estrangeiro, tidos como “honestos”. A desesperança vai sendo alimentada diuturnamente.
É nesse quadro cinzento que o 55º Congresso da UNE rasga o véu para um outro discurso completamente diferente, enérgico, corajoso, vibrante, o de que o Brasil tem jeito sim, e de que, na base da mobilização de seu povo, com a juventude ao seu lado, dando-lhe força, poremos fim ao governo golpista e, através de eleições diretas, reconquistaremos a legitimidade do Poder soberano e abriremos o caminho para um futuro grandioso de Nação.
A diversidade de posições políticas e de opiniões sobre os caminhos brasileiros para o futuro estiveram presentes no Congresso da UNE e, com muita convicção, foram respeitadas. Mas, é incrível como, no meio daquela moçada entusiasmada aos milhares, não se ouvia ninguém defendendo o governo que está aí. Ao contrário. Havia divergências e pontos de vista diferenciados em muitas coisas, mas unidade em torno do Fora Temer e Diretas Já.
As falas da Marianna Dias foram empolgantes. Foi bonito escutar a verve de suas mensagens contagiando a multidão de seus colegas orgulhosos de tê-la.
Defendeu a união na luta. Expressou a força das ideias que unem. Disse que o caminho para a vitória é o da unidade. Afirmou que naquele Congresso, "a esquerda atingiu um nível de unidade nunca antes visto na história do país". Partidos, grupos, correntes, facções todos estavam lá democraticamente participando e prestigiando a UNE. Este é o exemplo dos nossos jovens estudantes para o avanço da luta libertária.
A jovem ex-presidente da União dos Estudantes da Bahia, aluna de Pedagogia da Universidade Estadual da Bahia, a Uneb,, galvanizou seus pares ao chama-los para que seguissem esse exemplo da UNE, que é o da própria história de 80 anos da entidade, no qual sempre deu “prova de amor ao Brasil”.
O chamamento de Marianna Dias, calou fundo no coração dos estudantes. Deve sensibilizar os brasileiros amantes da sua Pátria e da democracia, prontos a acolher o seu chamado e dar “uma prova de amor ao Brasil”, lutando por ideais grandiosos, que, como o Congresso da UNE definiu, passa pelo Fora Temer e Diretas Já.
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