Por Kiko Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:
Foi em 2015. Matheus colhia material para seu livro “Em Nome dos Pais”, sobre a trajetória de Míriam e Marcelo na clandestinidade em 1972 e 1973.
As imagens do encontro viralizaram. Pelo anti exemplo, Matheus dá uma aula de jornalismo. Completamente despreparado, não fez a lição de casa.
A conversa virou munição para os bolsonaristas, que a exploram loucamente nas redes sociais em dezenas de versões.
“Quando os militares assumiram o poder no Brasil?”, pergunta Bolsonaro em meio a uma discussão.
“O senhor sabe”, tenta escapar Matheus, para chutar na sequencia, perdido: “1º de março”.
Pouco adiante, ele questiona Bolsonaro a respeito de uma frase em que o deputado lamentava o destino da jiboia usada para torturar Míriam.
“O senhor disse ‘coitada da cobra’. O senhor reitera?”, quis saber.
“Reitero!”, retorquiu Jair, obviamente sem a menor hesitação. Ou Matheus achava que Bolsonaro iria chorar e implorar por seu perdão?
Matheus deve estar preocupado com o chamado fenômeno Bolsonaro nas eleições de 2018. Mas há uma investigação anterior que ele pode fazer com sua mãe sobre o quanto ela usou de bala contra JB.
Em março de 2016, Míriam lamentou o discurso na votação do impeachment.
“A democracia tem mesmo que conviver com quem a ameaça, como o deputado Jair Bolsonaro? O que ele defende e proclama fere cláusulas pétreas”, escreveu.
“Ele usa a democracia para conspirar contra ela abertamente e sob a cobertura de um mandato. Ele exaltou em seu voto a tortura, que é um crime hediondo, e fez, inclusive, o elogio à figura do mais emblemático dos torturadores do regime militar, Carlos Alberto Brilhante Ulstra”.
Em 1972, grávida, Míriam foi presa pela repressão e levada ao quartel do 38º Batalhão de Infantaria do Exército, em Vitória, no Espírito Santo. Foi trancada nua em um cômodo. Uma jiboia foi colocada ao seu lado.
Bolsonaro é um risco ao regime democrático que, paradoxalmente, lhe permite exercer seus crimes. Cultivado no caldo de cultura de ódio e na criminalização da política, hoje é um contendor na arena das eleições presidenciais.
Míriam é cúmplice da criação desse monstro.
O que ela, ou seus colegas na Globo, fizeram para brecar, ou no mínimo explicar, Jair Bolsonaro?
Quanto do tempo dedicado a demonizar “o lulopetismo”, a economia sob Dilma, o fim do mundo petista e agora Lula poderia servir para combater Bolsonaro?
Jair Bolsonaro vem falando e cometendo excrescências e atentando contra o estado de direito há muito tempo. Foi o deputado mais votado do Rio de Janeiro.
Cresce na preferência do eleitorado de maneira sólida e é uma ameaça real.
Enquanto isso, Míriam se debruça de maneira monomaníaca sobre Lula, Dilma e companhia. Gastou uma coluna para denunciar um escracho que levou num avião ocorrido dez dias antes, sendo desmascarada em questão de horas.
Jair Bolsonaro é resultado do golpe gerado desde outubro de 2014. Míriam Leitão e amigos preferiram centrar suas baterias no PT, na esquerda, no bolivarianismo, no peso do estado, na herança dilmista etc etc.
A cobra que Míriam Leitão encontrou em sua cela continuou viva e ela não se importou. Ficou tarde para o pobre Matheus.
Circula na internet uma entrevista de Jair Bolsonaro com Matheus Leitão, filho de Míriam e do também jornalista Marcelo Netto.
Foi em 2015. Matheus colhia material para seu livro “Em Nome dos Pais”, sobre a trajetória de Míriam e Marcelo na clandestinidade em 1972 e 1973.
As imagens do encontro viralizaram. Pelo anti exemplo, Matheus dá uma aula de jornalismo. Completamente despreparado, não fez a lição de casa.
A conversa virou munição para os bolsonaristas, que a exploram loucamente nas redes sociais em dezenas de versões.
“Quando os militares assumiram o poder no Brasil?”, pergunta Bolsonaro em meio a uma discussão.
“O senhor sabe”, tenta escapar Matheus, para chutar na sequencia, perdido: “1º de março”.
Pouco adiante, ele questiona Bolsonaro a respeito de uma frase em que o deputado lamentava o destino da jiboia usada para torturar Míriam.
“O senhor disse ‘coitada da cobra’. O senhor reitera?”, quis saber.
“Reitero!”, retorquiu Jair, obviamente sem a menor hesitação. Ou Matheus achava que Bolsonaro iria chorar e implorar por seu perdão?
Matheus deve estar preocupado com o chamado fenômeno Bolsonaro nas eleições de 2018. Mas há uma investigação anterior que ele pode fazer com sua mãe sobre o quanto ela usou de bala contra JB.
Em março de 2016, Míriam lamentou o discurso na votação do impeachment.
“A democracia tem mesmo que conviver com quem a ameaça, como o deputado Jair Bolsonaro? O que ele defende e proclama fere cláusulas pétreas”, escreveu.
“Ele usa a democracia para conspirar contra ela abertamente e sob a cobertura de um mandato. Ele exaltou em seu voto a tortura, que é um crime hediondo, e fez, inclusive, o elogio à figura do mais emblemático dos torturadores do regime militar, Carlos Alberto Brilhante Ulstra”.
Em 1972, grávida, Míriam foi presa pela repressão e levada ao quartel do 38º Batalhão de Infantaria do Exército, em Vitória, no Espírito Santo. Foi trancada nua em um cômodo. Uma jiboia foi colocada ao seu lado.
Bolsonaro é um risco ao regime democrático que, paradoxalmente, lhe permite exercer seus crimes. Cultivado no caldo de cultura de ódio e na criminalização da política, hoje é um contendor na arena das eleições presidenciais.
Míriam é cúmplice da criação desse monstro.
O que ela, ou seus colegas na Globo, fizeram para brecar, ou no mínimo explicar, Jair Bolsonaro?
Quanto do tempo dedicado a demonizar “o lulopetismo”, a economia sob Dilma, o fim do mundo petista e agora Lula poderia servir para combater Bolsonaro?
Jair Bolsonaro vem falando e cometendo excrescências e atentando contra o estado de direito há muito tempo. Foi o deputado mais votado do Rio de Janeiro.
Cresce na preferência do eleitorado de maneira sólida e é uma ameaça real.
Enquanto isso, Míriam se debruça de maneira monomaníaca sobre Lula, Dilma e companhia. Gastou uma coluna para denunciar um escracho que levou num avião ocorrido dez dias antes, sendo desmascarada em questão de horas.
Jair Bolsonaro é resultado do golpe gerado desde outubro de 2014. Míriam Leitão e amigos preferiram centrar suas baterias no PT, na esquerda, no bolivarianismo, no peso do estado, na herança dilmista etc etc.
A cobra que Míriam Leitão encontrou em sua cela continuou viva e ela não se importou. Ficou tarde para o pobre Matheus.
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