Por Altamiro Borges
Na semana passada, o todo-poderoso Romero Jucá – aquele que explicitou em áudio que a deposição de Dilma Rousseff seria a única forma de “estancar a sangria” das investigações da Operação Lava-Jato – parece que deu mais passo para atingir o seu objetivo. Segundo o Jornal do Brasil, “a Polícia Federal concluiu que a delação premiada do ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado, não foi eficaz... O relatório com esta conclusão foi entregue ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta sexta-feira (21)... Machado gravou diálogos com os senadores Renan Calheiros (PMDB-AL) e Romero Jucá (PMDB-RR), e com o ex-presidente José Sarney (PMDB). O trio poderia ser denunciado por obstrução de Justiça, mas a delegada Graziela Machado não viu elementos comprobatórios”.
Em seu despacho, a generosa agente da PF decreta: “Concluo que, no que concerne ao objeto deste inquérito, a colaboração que embasou o presente pedido de instauração mostrou-se ineficaz, não apenas quanto à demonstração da existência dos crimes ventilados, bem como quanto aos próprios meios de prova ofertados, resumidos estes a diálogos gravados nos quais é presente o caráter instigador do colaborador quanto às falas que ora se incriminam, razão pela qual entende-se, desde a perspectiva da investigação criminal promovida pela Polícia Federal, não ser o colaborador merecedor, in casu, de benefícios processuais abrigados no Art. 4º da Lei nº 12.850/13”.
Na época dos vazamentos das abjetas conversas do lobista Sergio Machado com os caciques peemedebistas, Romero Jucá era “ministro” do Planejamento do covil golpista de Michel Temer. Com a crise causada pelos áudios, ele foi defecado do cargo, mas nunca perdeu o seu poder. Ele virou presidente nacional do PMDB e líder do Judas no Senado. Na recente aprovação da “contrarreforma” trabalhista, que extingue a CLT e aprofunda a escravidão no país, Romero Jucá foi um dos chefões do golpe. Agora, com a decisão generosa da delegada da Polícia Federal, o velhaco respira ainda mais aliviado. O processo para “estancar a sangria” está em pleno curso. Só os midiotas que foram às ruas nas marchas golpistas ainda não perceberam.
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Leia também:
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- Jucá segue mandando no covil de Temer
- Romero Jucá e a “suruba selecionada”
- Aécio e Jucá são os campeões de inquéritos
- Jucá e o pacto para barrar a Lava-Jato
- As pendências judiciais de Romero Jucá
- Cadê os paneleiros hipócritas e mentirosos?
- Jucá, escudeiro de Temer, confessa o golpe
- Jucá, Sarney e Renan no alvo. E o Temer?
- Perguntas não respondidas sobre Jucá
- “Michel é Cunha”, disse Jucá. E agora?
- Jucá serve como autópsia do golpe
- Jucá é a síntese de um sistema falido
Na semana passada, o todo-poderoso Romero Jucá – aquele que explicitou em áudio que a deposição de Dilma Rousseff seria a única forma de “estancar a sangria” das investigações da Operação Lava-Jato – parece que deu mais passo para atingir o seu objetivo. Segundo o Jornal do Brasil, “a Polícia Federal concluiu que a delação premiada do ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado, não foi eficaz... O relatório com esta conclusão foi entregue ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta sexta-feira (21)... Machado gravou diálogos com os senadores Renan Calheiros (PMDB-AL) e Romero Jucá (PMDB-RR), e com o ex-presidente José Sarney (PMDB). O trio poderia ser denunciado por obstrução de Justiça, mas a delegada Graziela Machado não viu elementos comprobatórios”.
Em seu despacho, a generosa agente da PF decreta: “Concluo que, no que concerne ao objeto deste inquérito, a colaboração que embasou o presente pedido de instauração mostrou-se ineficaz, não apenas quanto à demonstração da existência dos crimes ventilados, bem como quanto aos próprios meios de prova ofertados, resumidos estes a diálogos gravados nos quais é presente o caráter instigador do colaborador quanto às falas que ora se incriminam, razão pela qual entende-se, desde a perspectiva da investigação criminal promovida pela Polícia Federal, não ser o colaborador merecedor, in casu, de benefícios processuais abrigados no Art. 4º da Lei nº 12.850/13”.
Na época dos vazamentos das abjetas conversas do lobista Sergio Machado com os caciques peemedebistas, Romero Jucá era “ministro” do Planejamento do covil golpista de Michel Temer. Com a crise causada pelos áudios, ele foi defecado do cargo, mas nunca perdeu o seu poder. Ele virou presidente nacional do PMDB e líder do Judas no Senado. Na recente aprovação da “contrarreforma” trabalhista, que extingue a CLT e aprofunda a escravidão no país, Romero Jucá foi um dos chefões do golpe. Agora, com a decisão generosa da delegada da Polícia Federal, o velhaco respira ainda mais aliviado. O processo para “estancar a sangria” está em pleno curso. Só os midiotas que foram às ruas nas marchas golpistas ainda não perceberam.
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