Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:
Michel Temer soltou, semana passada, aquele “não sei como Deus me colocou aqui”, atribuindo ao pobre Jeová algo que está mais por ser obra de Belzebu.
Mas como são grandes as artes do Tinhoso, ele prepara-se para colocar na ordem do dia em relação a Temer aquela famosa frase da Agência Reuters, no impeachment de Dilma Rousseff: “podemos tirar, se achar melhor”.
Neste apocalipse de milagres nada santos da crise institucional brasileira, coube ao fotógrafo Dida Sampaio, do Estadão, capturar a imagem que traduz um movimento que começa a ficar aberto: a contrita esperança de Rodrigo Maia de chegar – como o próximo representante dos “sem-voto” – à Presidência.
Hoje, Merval Pereira, o decano do Império Globo, o propõe abertamente, em sua coluna:
A essa altura, uma solução menos traumática como a substituição de Temer pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia, por seis meses pode dar tempo ao tempo, e à base aliada, o fôlego para se reagrupar. Há negociações nos bastidores nesse sentido, inclusive para tentar recuperar a viabilidade da reforma da Previdência, que a esta altura está praticamente descartada. Mesmo a reforma trabalhista, menos difícil por exigir uma maioria simples - e não os 3/5 de uma reforma constitucional - pode perder seu ponto mais emblemático, o fim da obrigatoriedade do imposto sindical.
Como se vê, os apetites da elite brasileira por devorar direitos previdenciários e desmontar as defesas do trabalho não esmorece, mesmo diante do pantanal em que se atolou seu condutor original, posto ao Palácio pelo golpe.
Serve qualquer um, inclusive um sujeito sem voto, sem experiência, sem trajetória digna de nota – exceto pelo “Botafogo” na lista da Odebrecht – para fazer o serviço sujo.
Positivamente, não é Deus que os coloca ali.
Michel Temer soltou, semana passada, aquele “não sei como Deus me colocou aqui”, atribuindo ao pobre Jeová algo que está mais por ser obra de Belzebu.
Mas como são grandes as artes do Tinhoso, ele prepara-se para colocar na ordem do dia em relação a Temer aquela famosa frase da Agência Reuters, no impeachment de Dilma Rousseff: “podemos tirar, se achar melhor”.
Neste apocalipse de milagres nada santos da crise institucional brasileira, coube ao fotógrafo Dida Sampaio, do Estadão, capturar a imagem que traduz um movimento que começa a ficar aberto: a contrita esperança de Rodrigo Maia de chegar – como o próximo representante dos “sem-voto” – à Presidência.
Hoje, Merval Pereira, o decano do Império Globo, o propõe abertamente, em sua coluna:
A essa altura, uma solução menos traumática como a substituição de Temer pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia, por seis meses pode dar tempo ao tempo, e à base aliada, o fôlego para se reagrupar. Há negociações nos bastidores nesse sentido, inclusive para tentar recuperar a viabilidade da reforma da Previdência, que a esta altura está praticamente descartada. Mesmo a reforma trabalhista, menos difícil por exigir uma maioria simples - e não os 3/5 de uma reforma constitucional - pode perder seu ponto mais emblemático, o fim da obrigatoriedade do imposto sindical.
Como se vê, os apetites da elite brasileira por devorar direitos previdenciários e desmontar as defesas do trabalho não esmorece, mesmo diante do pantanal em que se atolou seu condutor original, posto ao Palácio pelo golpe.
Serve qualquer um, inclusive um sujeito sem voto, sem experiência, sem trajetória digna de nota – exceto pelo “Botafogo” na lista da Odebrecht – para fazer o serviço sujo.
Positivamente, não é Deus que os coloca ali.
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