Por Altamiro Borges
Saiu na coluna de Lauro Jardim, do insuspeito jornal O Globo – que tanto vibrou com a “reforma” trabalhista do covil golpista, que destruiu a CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) e acelerou o retorno à escravidão no Brasil:
Enquanto Michel Temer faz gastos bilionários com emendas parlamentares, a fiscalização do Ministério do Trabalho contra o trabalho escravo e o trabalho infantil vai parar em todo o país a partir de meados de agosto. O contingenciamento imposto pelo governo federal impedirá, por exemplo, que seja comprado combustível para os carros. Assim, nenhum fiscal poderá ir a campo fazer inspeções ou flagrantes. A fiscalização de condições degradantes de trabalho no campo e em obras também será interrompida.
*****
A notinha no jornal da famiglia Marinho gerou imediata reação do governo moribundo. O “ministro” do Trabalho afirmou, em tom indignado, que “não vai suspender as ações de fiscalização dos trabalhos escravo e infantil” e que “vem fazendo gestões para readequar os recursos orçamentários de forma a impactar o menos possível áreas de atuação prioritárias, como a fiscalização e serviços ao trabalhador”. Mas ninguém, nem mesmo o jornal O Globo, deve ter acreditado nesta bravata. Afinal, desde que assaltou o poder em maio do ano passado, a quadrilha de Michel Temer tem feito de tudo para agradar os patrões que financiaram o “golpe dos corruptos”. Os ataques aos direitos dos trabalhadores já viraram uma marca do covil golpista.
No caso do trabalho escravo, em dezembro passado o governo ilegítimo suspendeu a divulgação da chamada “lista suja” dos empresários escravocratas. Para cometer este crime, Michel Temer contou com o apoio do presidente do Tribunal Superior do Trabalho (TST), Ives Gandra Filho, fiel seguidor da seita fascista Opus Dei. Na ocasião, Elias Borges, dirigente da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), protestou: “É um absurdo que o governo decida se preocupar com o agressor e não com a vítima de trabalho escravo. O mais grave, ainda, é o governo contar com a ajuda do presidente do TST”. Divulgada desde 2003, durante o governo Lula, a “lista suja” era tida como referência mundial no combate ao trabalho análogo à escravidão.
Temer ruralista e escravocrata
Com estas e outras decisões, Michel Temer tem se tornado o queridinho dos latifundiários escravocratas. Até a Folha golpista, em editorial publicado nesta segunda-feira (24) com o título “Temer ruralista”, constata o óbvio: “Seja por afinidade ideológica, interesse econômico ou necessidade de sobrevivência política, o fato é que o presidente Michel Temer (PMDB) abraça com vigor incomum a agenda da poderosa bancada de deputados e senadores ligados ao setor agrícola. Desde o início de sua gestão, há pouco mais de um ano, as políticas agrárias, ambientais e indigenistas do governo não raro subordinam-se à bandeira ruralista de revogar ao máximo as restrições ao uso comercial da terra”.
O jornal lembra três medidas recentes, “tomadas em intervalo de poucos dias. A primeira delas, a sanção de novas regras de regularização fundiária na Amazônia, a distribuir benesses a quem se aproveita da grilagem na região. Originário de uma medida provisória editada em dezembro e modificada pelo Congresso, o texto permite que se legalize a posse de terras invadidas até 2011 (o limite vigente até então era 2004), bastando o pagamento de uma fração dos preços de mercado. Temer também enviou ao Congresso projeto que prevê a redução de 349 mil hectares (mais que o dobro da área da cidade de São Paulo) da Floresta Nacional do Jamanxim, no sudoeste do Pará, sob o argumento de que é necessário debelar disputas locais em torno de propriedades... Por fim, o presidente encampou a tese conhecida como 'marco temporal', cara à bancada ruralista, que tende a paralisar centenas de processos de demarcação de terras indígenas em andamento no país”.
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- Cruel com o povo, Temer dá bilhões aos ricos
- Marisa tem culpa sim... por trabalho escravo!
Saiu na coluna de Lauro Jardim, do insuspeito jornal O Globo – que tanto vibrou com a “reforma” trabalhista do covil golpista, que destruiu a CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) e acelerou o retorno à escravidão no Brasil:
Enquanto Michel Temer faz gastos bilionários com emendas parlamentares, a fiscalização do Ministério do Trabalho contra o trabalho escravo e o trabalho infantil vai parar em todo o país a partir de meados de agosto. O contingenciamento imposto pelo governo federal impedirá, por exemplo, que seja comprado combustível para os carros. Assim, nenhum fiscal poderá ir a campo fazer inspeções ou flagrantes. A fiscalização de condições degradantes de trabalho no campo e em obras também será interrompida.
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A notinha no jornal da famiglia Marinho gerou imediata reação do governo moribundo. O “ministro” do Trabalho afirmou, em tom indignado, que “não vai suspender as ações de fiscalização dos trabalhos escravo e infantil” e que “vem fazendo gestões para readequar os recursos orçamentários de forma a impactar o menos possível áreas de atuação prioritárias, como a fiscalização e serviços ao trabalhador”. Mas ninguém, nem mesmo o jornal O Globo, deve ter acreditado nesta bravata. Afinal, desde que assaltou o poder em maio do ano passado, a quadrilha de Michel Temer tem feito de tudo para agradar os patrões que financiaram o “golpe dos corruptos”. Os ataques aos direitos dos trabalhadores já viraram uma marca do covil golpista.
No caso do trabalho escravo, em dezembro passado o governo ilegítimo suspendeu a divulgação da chamada “lista suja” dos empresários escravocratas. Para cometer este crime, Michel Temer contou com o apoio do presidente do Tribunal Superior do Trabalho (TST), Ives Gandra Filho, fiel seguidor da seita fascista Opus Dei. Na ocasião, Elias Borges, dirigente da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), protestou: “É um absurdo que o governo decida se preocupar com o agressor e não com a vítima de trabalho escravo. O mais grave, ainda, é o governo contar com a ajuda do presidente do TST”. Divulgada desde 2003, durante o governo Lula, a “lista suja” era tida como referência mundial no combate ao trabalho análogo à escravidão.
Temer ruralista e escravocrata
Com estas e outras decisões, Michel Temer tem se tornado o queridinho dos latifundiários escravocratas. Até a Folha golpista, em editorial publicado nesta segunda-feira (24) com o título “Temer ruralista”, constata o óbvio: “Seja por afinidade ideológica, interesse econômico ou necessidade de sobrevivência política, o fato é que o presidente Michel Temer (PMDB) abraça com vigor incomum a agenda da poderosa bancada de deputados e senadores ligados ao setor agrícola. Desde o início de sua gestão, há pouco mais de um ano, as políticas agrárias, ambientais e indigenistas do governo não raro subordinam-se à bandeira ruralista de revogar ao máximo as restrições ao uso comercial da terra”.
O jornal lembra três medidas recentes, “tomadas em intervalo de poucos dias. A primeira delas, a sanção de novas regras de regularização fundiária na Amazônia, a distribuir benesses a quem se aproveita da grilagem na região. Originário de uma medida provisória editada em dezembro e modificada pelo Congresso, o texto permite que se legalize a posse de terras invadidas até 2011 (o limite vigente até então era 2004), bastando o pagamento de uma fração dos preços de mercado. Temer também enviou ao Congresso projeto que prevê a redução de 349 mil hectares (mais que o dobro da área da cidade de São Paulo) da Floresta Nacional do Jamanxim, no sudoeste do Pará, sob o argumento de que é necessário debelar disputas locais em torno de propriedades... Por fim, o presidente encampou a tese conhecida como 'marco temporal', cara à bancada ruralista, que tende a paralisar centenas de processos de demarcação de terras indígenas em andamento no país”.
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