Por Altamiro Borges
O jornal Valor Econômico, que pertence à famiglia Marinho e expressa o pensamento da cloaca empresarial brasileira, parece que está preocupado com as eleições presidenciais de 2018. O Grupo Globo, que já havia descartado o odiado Michel Temer, temendo que ele coloque em risco a agenda ultraliberal dos golpistas, dá mais um passo na sua conspiração. A escolha de um sucessor através de eleições indiretas no parlamento – o nome mais cotado no momento é o de Rodrigo Maia, o jagunço dos patrões que preside a Câmara Federal – já não garantiria a aplicação do receituário de desmonte do Estado, da nação e do trabalho. Daí o surgimento da ideia, ainda tímida, de cancelar as próprias eleições do próximo ano.
Na matéria intitulada “Eleições podem impor retrocesso às reformas”, publicada nesta segunda-feira (24), o 'Valor' deixa implícita esta nova tese do golpe dentro do golpe. Segundo a articulista Angela Bittencourt, o poderoso “deus-mercado” estaria temeroso com o voto dos brasileiros. “A eleição presidencial de 2018 poderá minar o esforço empreendido até agora para aprovar reformas estruturais com o objetivo de promover uma recuperação econômica", afirma o artigo em uma linguagem marota. Ainda de acordo com o texto, 90% dos empresários estão confiantes na “continuidade das reformas”, mas também não escondem os seus temores.
“Questionado sobre candidatos que poderão despertar confiança nos investidores, nosso interlocutor [o jornal omite o nome do executivo] apontou personalidades filiadas ao PSDB: João Doria, prefeito de São Paulo, e Geraldo Alckmin, governador do Estado. ‘O PSDB é um atestado de qualidade de política econômica. Qualquer candidato do partido seria recebido dessa forma’... De Marina Silva à direita, todos serão vistos como bons candidatos e ela mesma pode surpreender sendo bem assessorada. O PMDB está fazendo uma política econômica exemplar, mas não parece haver condição do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, se fazer candidato. Ele seria o ideal por sua credibilidade, experiência e acertos da atual gestão”.
O ‘Valor’ faz questão de elogiar as maldades do covil golpista, que agravaram o desemprego e estão destruindo o país. “A atual equipe segue um ‘bom roteiro’ de política macroeconômica. A questão fiscal não está equacionada, mas o teto de gastos do setor público foi um meio competente de endereçar os problemas fiscais. O diretor de investimentos de um conglomerado brasileiro entrevistado pela coluna afirma que o espólio do governo Dilma foi uma política macro toda errada, o que levou o país a crescer abaixo do potencial. ‘A taxa de crescimento do PIB voltará ao seu potencial, mas além das reformas estruturais, o governo deve rever uma série de mecanismos que foram criados como paliativos. Um desses é atrelar tudo à variação do PIB. O melhor exemplo é o salário mínimo”. O tal diretor também defende a urgência da contrarreforma da Previdência.
Todos estes “avanços”, na ótica do jornal Valor e dos seus anônimos, correriam sérios riscos caso o pleito do próximo ano não resulte na vitória de um candidato “à direita”. A reportagem não cita o nome de Lula, mas ele paira nas entrelinhas. Diante deste perigo, volta-se ao título da matéria: “Eleições podem impor retrocesso às reformas”. Daí a suspeita de que as eleições presidenciais de 2018 podem ter subido no telhado. A conferir os próximos passos dos golpistas e da sua mídia venal.
*****
Leia também:
- Alckmin será o candidato do PIB e da Globo
- Cantanhêde e o acordo da impunidade
- O fracasso econômico da ‘mágica golpista’
- Volta do pato é hipocrisia da Fiesp
- 'Reformas' e desigualdades no governo Temer
- Salvação de Temer custará R$ 300 bilhões
- O capitalismo sem ossos do Brasil
- Agora, onde vão enfiar o pato?
- Aumento de impostos e demissões em massa
- Alta da gasolina sem impacto na inflação?
- Fiesp ressuscita o pato. E cadê os otários?
O jornal Valor Econômico, que pertence à famiglia Marinho e expressa o pensamento da cloaca empresarial brasileira, parece que está preocupado com as eleições presidenciais de 2018. O Grupo Globo, que já havia descartado o odiado Michel Temer, temendo que ele coloque em risco a agenda ultraliberal dos golpistas, dá mais um passo na sua conspiração. A escolha de um sucessor através de eleições indiretas no parlamento – o nome mais cotado no momento é o de Rodrigo Maia, o jagunço dos patrões que preside a Câmara Federal – já não garantiria a aplicação do receituário de desmonte do Estado, da nação e do trabalho. Daí o surgimento da ideia, ainda tímida, de cancelar as próprias eleições do próximo ano.
Na matéria intitulada “Eleições podem impor retrocesso às reformas”, publicada nesta segunda-feira (24), o 'Valor' deixa implícita esta nova tese do golpe dentro do golpe. Segundo a articulista Angela Bittencourt, o poderoso “deus-mercado” estaria temeroso com o voto dos brasileiros. “A eleição presidencial de 2018 poderá minar o esforço empreendido até agora para aprovar reformas estruturais com o objetivo de promover uma recuperação econômica", afirma o artigo em uma linguagem marota. Ainda de acordo com o texto, 90% dos empresários estão confiantes na “continuidade das reformas”, mas também não escondem os seus temores.
“Questionado sobre candidatos que poderão despertar confiança nos investidores, nosso interlocutor [o jornal omite o nome do executivo] apontou personalidades filiadas ao PSDB: João Doria, prefeito de São Paulo, e Geraldo Alckmin, governador do Estado. ‘O PSDB é um atestado de qualidade de política econômica. Qualquer candidato do partido seria recebido dessa forma’... De Marina Silva à direita, todos serão vistos como bons candidatos e ela mesma pode surpreender sendo bem assessorada. O PMDB está fazendo uma política econômica exemplar, mas não parece haver condição do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, se fazer candidato. Ele seria o ideal por sua credibilidade, experiência e acertos da atual gestão”.
O ‘Valor’ faz questão de elogiar as maldades do covil golpista, que agravaram o desemprego e estão destruindo o país. “A atual equipe segue um ‘bom roteiro’ de política macroeconômica. A questão fiscal não está equacionada, mas o teto de gastos do setor público foi um meio competente de endereçar os problemas fiscais. O diretor de investimentos de um conglomerado brasileiro entrevistado pela coluna afirma que o espólio do governo Dilma foi uma política macro toda errada, o que levou o país a crescer abaixo do potencial. ‘A taxa de crescimento do PIB voltará ao seu potencial, mas além das reformas estruturais, o governo deve rever uma série de mecanismos que foram criados como paliativos. Um desses é atrelar tudo à variação do PIB. O melhor exemplo é o salário mínimo”. O tal diretor também defende a urgência da contrarreforma da Previdência.
Todos estes “avanços”, na ótica do jornal Valor e dos seus anônimos, correriam sérios riscos caso o pleito do próximo ano não resulte na vitória de um candidato “à direita”. A reportagem não cita o nome de Lula, mas ele paira nas entrelinhas. Diante deste perigo, volta-se ao título da matéria: “Eleições podem impor retrocesso às reformas”. Daí a suspeita de que as eleições presidenciais de 2018 podem ter subido no telhado. A conferir os próximos passos dos golpistas e da sua mídia venal.
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- Aumento de impostos e demissões em massa
- Alta da gasolina sem impacto na inflação?
- Fiesp ressuscita o pato. E cadê os otários?
Não haverá eleições em 2018. Os golpistas não têm porque entregar o poder, agora que se apoderaram dele.
ResponderExcluirEste GOLPE "SUAVE" não foi feito para durar só 2 anos ...
ResponderExcluirO Tio Sam e o Tio Patinhas não brincam em serviço ...
Saindo o bicão Judas MiSHELL, entrará o bicão Botafogo e depois a Cármen "Marinho" Lúcia, até 2018.
O BraZil será Parlamentarista e as eleições serão adiadas para ...
Única saída:
FRENTE AMPLA DEMOCRÁTICA NACIONALISTA !!!