Por Bepe Damasco, em seu blog:
O monopólio midiático está abrindo espaços generosos para promover o filme “Polícia Federal – a lei é para todos”, que será lançado em sete de setembro. Em um país no qual expressiva parcela da população é submetida à lavagem cerebral diária da mídia é até de se esperar que uma obra dedicada à mistificação e à mentira faça sucesso.
Enquanto Lula é ovacionado no Nordeste, na maior consagração popular protagonizada por um político brasileiro em toda a história, no submundo do golpe e do fascismo o que se vê é uma correria contra o tempo para lançar o filme no feriado da independência, em clara tentativa de apropriação desse simbolismo.
Pelo que já li sobre o filme, não resta dúvida de que ali está uma ode ao estado de exceção. Justiça seletiva, condenações sem provas, conduções coercitivas ilegais, cerceamento do direito de defesa, caçada ao maior líder popular do país, desrespeito ao juiz natural, prisões provisórias e preventivas que duram anos, partidarização do Judiciário, da Polícia Federal e do Ministério Público. Tudo isso é envolto por uma aura de heroísmo e ganha uma narrativa feita sob medida para seduzir a multidão de analfabetos políticos.
A chamada “a lei é para todos” soa patética quando personagens se baseiam em delegados, procuradores e juízes reais que recebem acima do teto constitucional e traem suas funções republicanas aderindo ao ativismo político mais escancarado.
Se acreditassem mesmo que a lei é para todos, tucanos de alta plumagem estariam presos. Se respeitassem de fato a Constituição, não teriam sido sócios de um golpe de estado, que apeou do governo uma presidenta que não cometeu nenhum crime de responsabilidade. Se tivessem algum resquício de patriotismo, não contribuiriam para que uma quadrilha de bandidos de alta periculosidade se instalasse no Palácio do Planalto e na Esplanada dos Ministérios.
O roubo dos direitos do povo, a destruição da economia, o desemprego que castiga mais de 13 milhões de brasileiros, a anarquia e a desmoralização das instituições e o Brasil literalmente posto à venda pelo presidente ilegítimo nunca foram objeto de protestos dos que serão endeusados por esse filme. Lamento pelos artistas que mancharam suas biografias atuando num longa metragem que cedo ou tarde será motivo de vergonha para a cinematografia nacional.
O monopólio midiático está abrindo espaços generosos para promover o filme “Polícia Federal – a lei é para todos”, que será lançado em sete de setembro. Em um país no qual expressiva parcela da população é submetida à lavagem cerebral diária da mídia é até de se esperar que uma obra dedicada à mistificação e à mentira faça sucesso.
Enquanto Lula é ovacionado no Nordeste, na maior consagração popular protagonizada por um político brasileiro em toda a história, no submundo do golpe e do fascismo o que se vê é uma correria contra o tempo para lançar o filme no feriado da independência, em clara tentativa de apropriação desse simbolismo.
Pelo que já li sobre o filme, não resta dúvida de que ali está uma ode ao estado de exceção. Justiça seletiva, condenações sem provas, conduções coercitivas ilegais, cerceamento do direito de defesa, caçada ao maior líder popular do país, desrespeito ao juiz natural, prisões provisórias e preventivas que duram anos, partidarização do Judiciário, da Polícia Federal e do Ministério Público. Tudo isso é envolto por uma aura de heroísmo e ganha uma narrativa feita sob medida para seduzir a multidão de analfabetos políticos.
A chamada “a lei é para todos” soa patética quando personagens se baseiam em delegados, procuradores e juízes reais que recebem acima do teto constitucional e traem suas funções republicanas aderindo ao ativismo político mais escancarado.
Se acreditassem mesmo que a lei é para todos, tucanos de alta plumagem estariam presos. Se respeitassem de fato a Constituição, não teriam sido sócios de um golpe de estado, que apeou do governo uma presidenta que não cometeu nenhum crime de responsabilidade. Se tivessem algum resquício de patriotismo, não contribuiriam para que uma quadrilha de bandidos de alta periculosidade se instalasse no Palácio do Planalto e na Esplanada dos Ministérios.
O roubo dos direitos do povo, a destruição da economia, o desemprego que castiga mais de 13 milhões de brasileiros, a anarquia e a desmoralização das instituições e o Brasil literalmente posto à venda pelo presidente ilegítimo nunca foram objeto de protestos dos que serão endeusados por esse filme. Lamento pelos artistas que mancharam suas biografias atuando num longa metragem que cedo ou tarde será motivo de vergonha para a cinematografia nacional.
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