Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:
Rubem Valente, na Folha, traz mais uma daquelas revelações que, por se tratar de gente querida pelo mercado, jamais virá ao caso:
Um ex-cliente da empresa de consultoria que o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, manteve até assumir o cargo controla uma companhia que tem negócios milionários com o governo federal.
Gerida pelo fundo de investimentos americano KKR, a Aceco recebeu R$ 635 milhões de órgãos federais de 2007 a 2017, em valores não atualizados, por serviços de armazenagem de dados e salas-cofre de computadores.
A Aceco presta serviços para o Exército, agências reguladoras e hospitais, além de órgãos do Legislativo. Foi o primeiro e até agora é o único investimento feito no Brasil pelo KKR, que tem ativos avaliados em US$ 39 bilhões.(…)
Em nota, a assessoria de Meirelles no Ministério da Fazenda afirmou que o ministro “não foi executivo da empresa [Aceco] e, portanto, não participou de nenhuma atividade operacional”. Segundo o ministério, a HM&A (a empresa de Meirelles) tinha contrato para “organizar a implantação do KKR no Brasil, com análise do mercado local, evolução do mercado de private equity no país e plano estratégico”. O ministro não esclareceu quanto recebeu do fundo, alegando sigilo fiscal.
O KKR é um polêmico grupo norte-americano, criado pelos primos Henry Kravis e George Roberts e que, segundo o Wall Street Journal,em 2014, possuía “93 empresas em seu portfólio de private equity, representando uma ampla gama de indústrias”.
Que, apesar disso, era uma parte menor de seus negócios. A maior parte da renda vinha de sua “unidade de mercados públicos oferece investimentos em empréstimos alavancados e outras estratégias de crédito, patrimônio e fundos de hedge, enquanto a divisão de mercados de capitais organiza financiamento de dívida e patrimônio para transações, subscreve ofertas de valores mobiliários e fornece conselhos”.
Portanto, mercado financeiro, aquele que faz fortuna a partir do nada. Ou das políticas econômicas adotadas por países entregues aos “market men“.
Eles não têm de prestar contas de nada, são insuspeitos e honestos apenas porque gostam de ganhar centenas de milhões.
Rubem Valente, na Folha, traz mais uma daquelas revelações que, por se tratar de gente querida pelo mercado, jamais virá ao caso:
Um ex-cliente da empresa de consultoria que o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, manteve até assumir o cargo controla uma companhia que tem negócios milionários com o governo federal.
Gerida pelo fundo de investimentos americano KKR, a Aceco recebeu R$ 635 milhões de órgãos federais de 2007 a 2017, em valores não atualizados, por serviços de armazenagem de dados e salas-cofre de computadores.
A Aceco presta serviços para o Exército, agências reguladoras e hospitais, além de órgãos do Legislativo. Foi o primeiro e até agora é o único investimento feito no Brasil pelo KKR, que tem ativos avaliados em US$ 39 bilhões.(…)
Em nota, a assessoria de Meirelles no Ministério da Fazenda afirmou que o ministro “não foi executivo da empresa [Aceco] e, portanto, não participou de nenhuma atividade operacional”. Segundo o ministério, a HM&A (a empresa de Meirelles) tinha contrato para “organizar a implantação do KKR no Brasil, com análise do mercado local, evolução do mercado de private equity no país e plano estratégico”. O ministro não esclareceu quanto recebeu do fundo, alegando sigilo fiscal.
O KKR é um polêmico grupo norte-americano, criado pelos primos Henry Kravis e George Roberts e que, segundo o Wall Street Journal,em 2014, possuía “93 empresas em seu portfólio de private equity, representando uma ampla gama de indústrias”.
Que, apesar disso, era uma parte menor de seus negócios. A maior parte da renda vinha de sua “unidade de mercados públicos oferece investimentos em empréstimos alavancados e outras estratégias de crédito, patrimônio e fundos de hedge, enquanto a divisão de mercados de capitais organiza financiamento de dívida e patrimônio para transações, subscreve ofertas de valores mobiliários e fornece conselhos”.
Portanto, mercado financeiro, aquele que faz fortuna a partir do nada. Ou das políticas econômicas adotadas por países entregues aos “market men“.
Eles não têm de prestar contas de nada, são insuspeitos e honestos apenas porque gostam de ganhar centenas de milhões.
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