Foto: Ricardo Stuckert |
Lula do Brasil, Lula pelo Brasil, entre várias outras maneiras de nominar a caminhada do ex-presidente Lula pelo nordeste brasileiro, independente do nome ou das avaliações que façam deste enorme evento que percorre estradas e lugarejos, concretamente significa o reencontro de Lula e do PT com o país como ele de fato é.
A viagem pelo Brasil nordestino é uma constante aula de Geografia: a paisagem muda, o modo como vivem nas várias cidadezinhas idem, a constatação das características regionais, a vegetação que muda, cabras e bodes no caminho que mostram o tempo todo que a vida é bem diversa daquela que se vive no Sul/Sudeste. Ainda bem!
Juntei-me à Caravana a partir de João Pessoa (PB), já percorri mais de seiscentos quilômetros e presenciei dúzias de atos espontâneos no percusso dos ônibus que acompanham Lula nesta jornada. O dia a dia do ônibus repleto de companheiras e companheiros da comunicação não é dos mais leves: horas de estrada, correria a cada parada, calor, sol e muita solidariedade.
Lula comprova a cada momento que sua popularidade não é uma simples tabela com números, como as que produzem os institutos de pesquisa. A comoção e correria com passagem e presença de Lula pelos lugarejos mais distantes dos grandes centros provam isso. A cada ato espontâneo no caminho da Caravana (e não são poucos), como os vários relatados pelas equipes de comunicação presentes, pode-se quase pegar com as mãos o carinho e amor expressados pela população mais humilde destes lugares.
Nesta terça-feira, 29 de agosto, a Caravana sai do Rio Grande do Norte com o sabor ainda fresco do gigante ato da noite anterior, em Mossoró, uma das cidades mais progressistas do povo potiguar, e parte em direção ao Ceará. O calor é intenso assim como a vontade das pessoas de chegar perto de Lula, falar com ele ou fazer uma selfie. No caminho, lágrimas, acenos e bandeiras, desejos de boa sorte e muita torcida por um futuro melhor para o país.
No Brasil real percorrido pela Caravana as pessoas são reais. Não são números ou estatísticas. E suas necessidades são mais reais ainda: ainda falta água apesar de vários avanços só possíveis durante os governos de Lula e Dilma, como os resultados da transposição do Rio São Francisco; ainda falta opção de emprego e renda; ainda falta muito para a qualidade de vida digna chegar a esses rincões.
Mesmo faltando, apesar das dificuldades variadas para a sobrevivência e criação dos filhos e filhas deste Brasilzão, o que essa gente sabe é que teve uma vida melhor durante as gestões federais protagonizadas pelo PT e seus governos. Sabem que as possibilidades de melhorar a vida eram reais e ocorriam: a escola e universidade chegaram, a água apareceu finalmente, os médicos foram até as comunidades, as comunidades formaram também seus médicos e as palavras de Lula nos palanques e palcos do caminho falam disso: “antes vocês tinham que andar de jegue e hoje tá todo mundo de moto, antes o filho do pedreiro não podia ser engenheiro e agora pode sim”.
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