sexta-feira, 4 de agosto de 2017

Como reagir à "reforma" trabalhista?

Editorial do jornal Brasil de Fato:

A reforma trabalhista (Lei nº 13.467/2017) foi aprovada em julho e sancionada pelo presidente golpista Michel Temer. Ela será aplicada em menos de quatro meses, no dia 13 de novembro.

Entre as medidas mais duras para os trabalhadores está a chance de negociar, de forma coletiva ou individual, em patamares abaixo do que garante a lei. Foi também criada uma série de problemas para que trabalhadores não consigam reparação na Justiça do Trabalho caso seus direitos sejam violados.

Pisos salariais rompidos e jornadas de trabalho fracionadas também serão comuns. Na história das leis brasileiras, a Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT) já passou por dois momentos de retirada de direitos: um com o golpe militar de 1964 e outro nos anos 1990. A atual reforma é o terceiro e mais grave momento de enfraquecimento da proteção legal aos trabalhadores.

É preciso revogar esta reforma. No dia 1º de agosto, terça-feira, foi apresentado um projeto de lei no Senado com este objetivo. Mas sem pressão popular não conseguiremos reverter este quadro desastroso. Assim mesmo, é preciso organizar no dia a dia os colegas nos locais de trabalho, fortalecer a participação nos sindicatos e dizer não aos abusos dos empresários. Na crise, eles buscam reduzir salários e retirar direitos.

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