Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:
A frase é velha, mas nem por isso menos verdadeira: em política não há vácuo.
Os fatos estão bem evidentes, para quem os quiser ver.
Michel Temer, um Sarney pós- Plano Cruzado, está pendurado no neo-Centrão, com votos no Congresso e desprezo nas ruas.
O PSDB, desmoralizado nacionalmente, vai chegando ao impensável de que já lhe torçam o nariz em São Paulo. Quem imaginaria um editorial do Estadão lavrado nestes termos sobre o tucanato?
O errático comportamento do PSDB ao longo da grave crise política, econômica e moral que atinge o País vai muito além de sua anedótica indecisão. O fato de que 21 dos 47 deputados do partido votaram a favor da admissibilidade da denúncia contra o presidente Michel Temer na Câmara, embora formalmente os tucanos sejam parte do governo, indica a profundidade da confusão que reina no PSDB.(…)
Partidos surgem e desaparecem, e não será surpresa se o PSDB se desfizer, consumido por suas dúvidas e hesitações acerca de como se comportar diante da crise, ou melhor, para superar a crise. Quando duas dezenas de deputados resolvem votar contra o presidente que seu partido apoia, colocando em risco a estabilidade do governo que esse mesmo partido integra desde o primeiro momento, é o caso de perguntar se esses parlamentares estão realmente interessados na resolução da crise ou se simplesmente estão respondendo a um cálculo eleitoreiro.
Alinhando-se aos irresponsáveis que desejam implodir o governo, a pretexto de não parecerem transigentes com a corrupção no País, esses tucanos na verdade renegam o espírito fundador de seu partido, comprometido desde sempre com o reformismo, com a responsabilidade fiscal e com a estabilidade econômica – as bandeiras do atual governo.
O jornal dos Mesquita, portanto, está na obrigação de celebrar a aliança de João Dória com Temer, na esperança que este venha a sufocar Geraldo Alckmin bem expressa nas palavras ditas pelo ocupante do Planalto, hoje, sobre o enfant gâté da direita: “Saio daqui mais animado ainda porque vejo aqui um parceiro, um companheiro, alguém que compreende como ninguém os problemas do país”.
Bem, é aí que entram as escaramuças que abordei no post anterior, onde é nítida a costura de uma aliança entre Rodrigo Maia e Henrique Meirelles, que se apresentam como os impiedosos algozes do gasto público.
Nenhum dos dois tem voto, claro, mas recordem sempre que mídia e mercado sempre se consideram “donos” do país e do povo e, portanto, capazes de sonhar com uma candidatura conservadora.
A traição, com seu cheiro nauseabundo, espalha-se por toda parte.
A frase é velha, mas nem por isso menos verdadeira: em política não há vácuo.
Os fatos estão bem evidentes, para quem os quiser ver.
Michel Temer, um Sarney pós- Plano Cruzado, está pendurado no neo-Centrão, com votos no Congresso e desprezo nas ruas.
O PSDB, desmoralizado nacionalmente, vai chegando ao impensável de que já lhe torçam o nariz em São Paulo. Quem imaginaria um editorial do Estadão lavrado nestes termos sobre o tucanato?
O errático comportamento do PSDB ao longo da grave crise política, econômica e moral que atinge o País vai muito além de sua anedótica indecisão. O fato de que 21 dos 47 deputados do partido votaram a favor da admissibilidade da denúncia contra o presidente Michel Temer na Câmara, embora formalmente os tucanos sejam parte do governo, indica a profundidade da confusão que reina no PSDB.(…)
Partidos surgem e desaparecem, e não será surpresa se o PSDB se desfizer, consumido por suas dúvidas e hesitações acerca de como se comportar diante da crise, ou melhor, para superar a crise. Quando duas dezenas de deputados resolvem votar contra o presidente que seu partido apoia, colocando em risco a estabilidade do governo que esse mesmo partido integra desde o primeiro momento, é o caso de perguntar se esses parlamentares estão realmente interessados na resolução da crise ou se simplesmente estão respondendo a um cálculo eleitoreiro.
Alinhando-se aos irresponsáveis que desejam implodir o governo, a pretexto de não parecerem transigentes com a corrupção no País, esses tucanos na verdade renegam o espírito fundador de seu partido, comprometido desde sempre com o reformismo, com a responsabilidade fiscal e com a estabilidade econômica – as bandeiras do atual governo.
O jornal dos Mesquita, portanto, está na obrigação de celebrar a aliança de João Dória com Temer, na esperança que este venha a sufocar Geraldo Alckmin bem expressa nas palavras ditas pelo ocupante do Planalto, hoje, sobre o enfant gâté da direita: “Saio daqui mais animado ainda porque vejo aqui um parceiro, um companheiro, alguém que compreende como ninguém os problemas do país”.
Bem, é aí que entram as escaramuças que abordei no post anterior, onde é nítida a costura de uma aliança entre Rodrigo Maia e Henrique Meirelles, que se apresentam como os impiedosos algozes do gasto público.
Nenhum dos dois tem voto, claro, mas recordem sempre que mídia e mercado sempre se consideram “donos” do país e do povo e, portanto, capazes de sonhar com uma candidatura conservadora.
A traição, com seu cheiro nauseabundo, espalha-se por toda parte.
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