Por Altamiro Borges
Gilmar Mendes, o líder da bancada do PSDB no Supremo Tribunal Federal (STF), preza muito por seus amigos. Na tarde desta quinta-feira (17), ele concedeu habeas corpus para libertar o empresário Jacob Barata Filho, o chefe da máfia dos transportes no Rio de Janeiro. A partir de agora, ele ficará em prisão domiciliar e terá que comparecer periodicamente em juízo. Coitado! Dá até dó! Para quem já se esqueceu, o ministro e sua mulher, Guiomar Mendes, foram padrinhos de casamento da neta do “rei dos ônibus” em 2013. Sobre a milionária festança, vale conferir um trecho da reportagem do jornalista Ruben Berta, publicado no site The Intercept-Brasil em junho passado:
De fato, o líder da bancada do PSDB no STF não se sente suspeito de nada. Viciado nos holofotes da mídia, ele parece que hoje manda no Judiciário brasileiro. De forma estranha, ele é sempre sorteado para analisar os pedidos de investigação contra os principais chefes do tucanato. No início deste mês, Gilmar Mendes foi escolhido para julgar algumas das várias denúncias que pesam contra o cambaleante Aécio Neves. Como de costume, ele liberou o seu velho amigo. O ministro também é conhecido por seus controvertidos habeas corpus. Foi ele quem liberou da cadeia o médico Roger Abdelmassih, condenado em 2010 a 278 anos de prisão pelo estupro de dezenas de mulheres na sua luxuosa clínica genética num bairro nobre da capital paulista.
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Leia também:
- Retrato de um Judiciário arrogante
- Impeachment... para Gilmar Mendes
- Cunha e Gilmar Mendes: almas gêmeas
- Serra e Gilmar unidos na censura
- A ressaca de Gilmar Mendes
- O TSE e os familiares de Gilmar Mendes
- Gilmar Mendes processa líder do MTST
- Blogs atormentam Gilmar Mendes
- As contradições de Gilmar Mendes
- Gilmar Mendes soltará Abdelmassih?
- Cunha, Aécio e Gilmar: os três patéticos
Gilmar Mendes, o líder da bancada do PSDB no Supremo Tribunal Federal (STF), preza muito por seus amigos. Na tarde desta quinta-feira (17), ele concedeu habeas corpus para libertar o empresário Jacob Barata Filho, o chefe da máfia dos transportes no Rio de Janeiro. A partir de agora, ele ficará em prisão domiciliar e terá que comparecer periodicamente em juízo. Coitado! Dá até dó! Para quem já se esqueceu, o ministro e sua mulher, Guiomar Mendes, foram padrinhos de casamento da neta do “rei dos ônibus” em 2013. Sobre a milionária festança, vale conferir um trecho da reportagem do jornalista Ruben Berta, publicado no site The Intercept-Brasil em junho passado:
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Jacob Barata e a maldição dos casamentos
Praticamente quatro anos depois de ter sido realizada, uma festa de casamento volta à memória dos cariocas. Na virada de 13 para 14 de julho de 2013, mais de mil convidados foram ao Copacabana Palace para uma celebração que tinha tudo para ser inesquecível – e foi. Champanhe Veuve Clicquot, uísque Black Label e um bolo que, como descreveu a colunista Hildegard Angel, "era um acontecimento". Com direito até a show do cantor Latino (era a época de “Festa no apê”), não teria saído por menos de R$ 1 milhão a união em matrimônio Beatriz Barata e Francisco Feitosa Filho. O azar dos noivos é que, naquele julho de 2013, ainda vivíamos uma onda de protestos que tiveram como um dos principais motes as mazelas do sistema de transporte público.
Naquela madrugada, a magia do momento foi quebrada por gritos que vinham do calçadão da Avenida Atlântica. “Ah, ah, ah, o noivo vai brochar!” e “Uh, uh, uh, todo mundo para Bangu” eram alguns dos cantos entoados por um grupo bem-humorado de ativistas. Nesta segunda-feira, 3 de julho de 2017, parece que as preces dos manifestantes finalmente foram atendidas: o pai da noiva, o empresário de ônibus Jacob Barata Filho, foi preso pela Polícia Federal, acusado de participação num esquema de propinas a políticos e servidores públicos que pode ter passado da casa de R$ 200 milhões.
Para rebater aquele incômodo que vinha de fora, alguns convidados lançaram objetos – até um cinzeiro! – na direção dos manifestantes. Notas de 20 reais também foram arremessadas. Por volta de 3h, o Batalhão de Choque chegou e, com a delicadeza de sempre, acabou com a festa na calçada.
Por causa daquele protesto, o “casamento da Dona Baratinha”, como foi apelidado, ficou famoso fora das rodas do high society carioca e, com a prisão do pai Barata, as fotos das festas (a de dentro e a de fora) voltaram a ser lembradas.
Praticamente quatro anos depois de ter sido realizada, uma festa de casamento volta à memória dos cariocas. Na virada de 13 para 14 de julho de 2013, mais de mil convidados foram ao Copacabana Palace para uma celebração que tinha tudo para ser inesquecível – e foi. Champanhe Veuve Clicquot, uísque Black Label e um bolo que, como descreveu a colunista Hildegard Angel, "era um acontecimento". Com direito até a show do cantor Latino (era a época de “Festa no apê”), não teria saído por menos de R$ 1 milhão a união em matrimônio Beatriz Barata e Francisco Feitosa Filho. O azar dos noivos é que, naquele julho de 2013, ainda vivíamos uma onda de protestos que tiveram como um dos principais motes as mazelas do sistema de transporte público.
Naquela madrugada, a magia do momento foi quebrada por gritos que vinham do calçadão da Avenida Atlântica. “Ah, ah, ah, o noivo vai brochar!” e “Uh, uh, uh, todo mundo para Bangu” eram alguns dos cantos entoados por um grupo bem-humorado de ativistas. Nesta segunda-feira, 3 de julho de 2017, parece que as preces dos manifestantes finalmente foram atendidas: o pai da noiva, o empresário de ônibus Jacob Barata Filho, foi preso pela Polícia Federal, acusado de participação num esquema de propinas a políticos e servidores públicos que pode ter passado da casa de R$ 200 milhões.
Para rebater aquele incômodo que vinha de fora, alguns convidados lançaram objetos – até um cinzeiro! – na direção dos manifestantes. Notas de 20 reais também foram arremessadas. Por volta de 3h, o Batalhão de Choque chegou e, com a delicadeza de sempre, acabou com a festa na calçada.
Por causa daquele protesto, o “casamento da Dona Baratinha”, como foi apelidado, ficou famoso fora das rodas do high society carioca e, com a prisão do pai Barata, as fotos das festas (a de dentro e a de fora) voltaram a ser lembradas.
(...)
O famoso casamento de Beatriz Barata fez parte de mais um capítulo de união no mundo dos ônibus. Seu noivo era Francisco Feitosa Filho, que herdou o nome do pai, um conhecido empresário de transporte rodoviário no Ceará. As duas famílias já possuíam negócios juntas desde 2008, fazendo com que o amor tenha sido apenas mais um laço entre elas. O evento também serviu para reunir diversas autoridades, como o atual ministro do STF Gilmar Mendes, que foi um dos padrinhos.
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Um ministro acima de qualquer suspeita
Já sobre a libertação do mafioso nesta quinta-feira, vale conferir o registro lacônico do site do jornal O Globo: "Barata foi preso no Aeroporto Tom Jobim, quando tentava embarcar para Portugal, país do qual tem cidadania. Ele é investigado na Operação Ponto Final, suspeito de ser um dos administradores [sic] de um esquema de pagamento de propina em troca de vantagens a empresas do setor. O esquema seria uma ramificação da suposta [sic] organização criminosa liderada pelo ex-governador Sérgio Cabral”. O jornal da famiglia Marinho também consultou o ministro sobre suas ligações com o chefe da máfia. “Gilmar Mendes informou, por meio de sua assessoria, que não sentiu necessidade de se declarar suspeito para julgar o habeas corpus para libertar o empresário de ônibus”.
O famoso casamento de Beatriz Barata fez parte de mais um capítulo de união no mundo dos ônibus. Seu noivo era Francisco Feitosa Filho, que herdou o nome do pai, um conhecido empresário de transporte rodoviário no Ceará. As duas famílias já possuíam negócios juntas desde 2008, fazendo com que o amor tenha sido apenas mais um laço entre elas. O evento também serviu para reunir diversas autoridades, como o atual ministro do STF Gilmar Mendes, que foi um dos padrinhos.
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Um ministro acima de qualquer suspeita
Já sobre a libertação do mafioso nesta quinta-feira, vale conferir o registro lacônico do site do jornal O Globo: "Barata foi preso no Aeroporto Tom Jobim, quando tentava embarcar para Portugal, país do qual tem cidadania. Ele é investigado na Operação Ponto Final, suspeito de ser um dos administradores [sic] de um esquema de pagamento de propina em troca de vantagens a empresas do setor. O esquema seria uma ramificação da suposta [sic] organização criminosa liderada pelo ex-governador Sérgio Cabral”. O jornal da famiglia Marinho também consultou o ministro sobre suas ligações com o chefe da máfia. “Gilmar Mendes informou, por meio de sua assessoria, que não sentiu necessidade de se declarar suspeito para julgar o habeas corpus para libertar o empresário de ônibus”.
De fato, o líder da bancada do PSDB no STF não se sente suspeito de nada. Viciado nos holofotes da mídia, ele parece que hoje manda no Judiciário brasileiro. De forma estranha, ele é sempre sorteado para analisar os pedidos de investigação contra os principais chefes do tucanato. No início deste mês, Gilmar Mendes foi escolhido para julgar algumas das várias denúncias que pesam contra o cambaleante Aécio Neves. Como de costume, ele liberou o seu velho amigo. O ministro também é conhecido por seus controvertidos habeas corpus. Foi ele quem liberou da cadeia o médico Roger Abdelmassih, condenado em 2010 a 278 anos de prisão pelo estupro de dezenas de mulheres na sua luxuosa clínica genética num bairro nobre da capital paulista.
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Leia também:
- Retrato de um Judiciário arrogante
- Impeachment... para Gilmar Mendes
- Cunha e Gilmar Mendes: almas gêmeas
- Serra e Gilmar unidos na censura
- A ressaca de Gilmar Mendes
- O TSE e os familiares de Gilmar Mendes
- Gilmar Mendes processa líder do MTST
- Blogs atormentam Gilmar Mendes
- As contradições de Gilmar Mendes
- Gilmar Mendes soltará Abdelmassih?
- Cunha, Aécio e Gilmar: os três patéticos
Viva a JustiCIA Tucana Golpista do braZil !!!
ResponderExcluirViva a Justi$$a Tucana Golpista do braZil !!!
É soda !!!
Até quando ???