Por Altamiro Borges
Em função do agravamento da crise econômica e do crescimento da internet, entre outros fatores, as emissoras de televisão estão passando por um período de violenta reestruturação. Os barões da mídia mantêm seus altos lucros e os assalariados – inclusive aqueles que chamam o patrão de “companheiro” – são penalizados com cortes de salários, demissões e precarização do trabalho. Nesta quinta-feira (17), a coluna de fofocas do site UOL publicou mais duas notinhas sobre o clima de pânico que reina nestas empresas – no caso, a TV Globo “enxuga ainda mais seu elenco”, e o SBT demite sem dó ou piedade.
Segundo relata Ana Cora Lima, “não é de hoje que a Globo está revendo os contratos de seu elenco e agora até protagonistas trabalham ‘por obra’, caso de Caio Castro, que faz Dom Pedro 1º na novela ‘Novo Mundo’, e Dan Stulbach, o Eugênio de ‘A Força do Querer’. Ambos estão na mesma situação: tem vínculo empregatício pelo tempo que dura a produção”. Terminado o trabalho, eles ficam pendurados na brocha, sem nenhuma segurança. “Kadu Moliterno, Juliana Knust e Eri Johnson viram seus contratos de décadas com a Globo não serem renovados e seguiram o caminho da concorrência”.
“Depois de 35 anos como galã global, Kadu Moliterno assinou com a Record em outubro de 2015. Na época, ele confirmou a dispensa da Globo quatro meses antes. ‘Fui chamado para uma conversa e os diretores disseram que não iriam mais renovar os contratos longos. O meu e de muitos outros. A política agora é contrato pelo tempo que dura uma produção, seja ela novela ou minissérie. Senti o baque, claro, foram 35 anos de vínculo, renovado de quatro em quatro anos’ ... Juliana Knust também lamentou a dispensa. ‘Fiquei 20 anos na Globo e, quando resolveram não renovar contrato longo comigo, foi sofrido porque acreditava que aquilo era minha estabilidade... Quando me vi nesta situação, sofri. Mas acho que isso é o futuro’”.
O site lembra que Luís Fernando Guimarães, Pedro Cardoso e Fernanda Paes Leme e até mesmo diretores, como Wolf Maya, também estão fora da Globo. “Todos tinham mais de uma década de casa. Jayme Monjardim é agora contratado por obra e volta na próxima novela das 18h. O contrato de Carolina Ferraz é outro que está com os dias contados – vence no final deste mês. A assessoria de imprensa dela diz que ainda nada está resolvido sobre seu futuro dentro da Globo. O UOL apurou que outros acertos venceram em julho passado, entre eles, os de Viviane Araújo e Rômulo Arantes Neto... Não há nada pessoal contra nenhum dos citados. A política, que começou há cerca de quatro anos, é clara: acabar com acertos de longo prazo”.
“A Praça É Nossa” demite
Já no caso da emissora comandada com mão de ferro pelo mercenário Silvio Santos, a situação também é de tensão. Segundo informa o jornalista Paulo Pacheco, “a crise econômica que obrigou o SBT a demitir funcionários veteranos e enxugou as equipes de Ratinho e Eliana atingiu também ‘A Praça É Nossa’, que completou 30 anos no ar em 2017. Dois humoristas foram desligados do programa de Carlos Alberto de Nóbrega na última semana: Charles Guttemberg e Marcelo Benny, o Rapadura e o Bananinha da Tropa de Malucos. Os dois humoristas, que vieram do circo e começaram com Beto Carrero (1937-2008), tinham 15 anos de SBT e eram veteranos do atual elenco da ‘Praça’, mas não apareciam no programa havia quatro meses”.
Ao site UOL, Carlos Alberto de Nóbrega lamentou a demissão dos humoristas. “Não tivemos como evitar, a crise está em todos os cantos. Bananinha e Rapadura não entravam mais porque não tinha mais o que fazer pelo tipo de humor que eles fazem, circense. Ficou o Durão, que entra toda a semana. Na hora de fazer os cortes, deixei que a emissora escolhesse quem seria afastado. Foi triste para mim, porque eles estavam comigo desde o Beto Carrero. Desejo boa sorte para os dois e espero que não me culpem pelo que está acontecendo”. Talvez seja o caso de culpar o bilionário Silvio Santos ou pedir mais uma graninha, um “mensalão”, do golpista Michel Temer.
Na semana passada, a coluna Painel da Folha informou que o usurpador está doando recursos públicos às emissoras de tevê para melhorar sua popularidade e garantir a aprovação da contrarreforma da Previdência, a que vai liquidar a aposentadoria dos brasileiros. Segundo a notinha, “Michel Temer tem feito rodadas de conversas com diretores de grupos de TV em busca de apoio à retomada da reforma da Previdência no Congresso. A agenda inclui reuniões com membros do SBT, da Record, da Band, da RedeTV! e da Globo”. O risco, como sempre, é que os filhos de Roberto Marinho e o mercenário Silvio Santos, entre outros detentores de concessões públicas de televisão, embolsem os recursos públicos e acumulem ainda mais fortunas.
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- Hermano Henning processa o SBT
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- A demissão do “covarde” do SBT
Em função do agravamento da crise econômica e do crescimento da internet, entre outros fatores, as emissoras de televisão estão passando por um período de violenta reestruturação. Os barões da mídia mantêm seus altos lucros e os assalariados – inclusive aqueles que chamam o patrão de “companheiro” – são penalizados com cortes de salários, demissões e precarização do trabalho. Nesta quinta-feira (17), a coluna de fofocas do site UOL publicou mais duas notinhas sobre o clima de pânico que reina nestas empresas – no caso, a TV Globo “enxuga ainda mais seu elenco”, e o SBT demite sem dó ou piedade.
Segundo relata Ana Cora Lima, “não é de hoje que a Globo está revendo os contratos de seu elenco e agora até protagonistas trabalham ‘por obra’, caso de Caio Castro, que faz Dom Pedro 1º na novela ‘Novo Mundo’, e Dan Stulbach, o Eugênio de ‘A Força do Querer’. Ambos estão na mesma situação: tem vínculo empregatício pelo tempo que dura a produção”. Terminado o trabalho, eles ficam pendurados na brocha, sem nenhuma segurança. “Kadu Moliterno, Juliana Knust e Eri Johnson viram seus contratos de décadas com a Globo não serem renovados e seguiram o caminho da concorrência”.
“Depois de 35 anos como galã global, Kadu Moliterno assinou com a Record em outubro de 2015. Na época, ele confirmou a dispensa da Globo quatro meses antes. ‘Fui chamado para uma conversa e os diretores disseram que não iriam mais renovar os contratos longos. O meu e de muitos outros. A política agora é contrato pelo tempo que dura uma produção, seja ela novela ou minissérie. Senti o baque, claro, foram 35 anos de vínculo, renovado de quatro em quatro anos’ ... Juliana Knust também lamentou a dispensa. ‘Fiquei 20 anos na Globo e, quando resolveram não renovar contrato longo comigo, foi sofrido porque acreditava que aquilo era minha estabilidade... Quando me vi nesta situação, sofri. Mas acho que isso é o futuro’”.
O site lembra que Luís Fernando Guimarães, Pedro Cardoso e Fernanda Paes Leme e até mesmo diretores, como Wolf Maya, também estão fora da Globo. “Todos tinham mais de uma década de casa. Jayme Monjardim é agora contratado por obra e volta na próxima novela das 18h. O contrato de Carolina Ferraz é outro que está com os dias contados – vence no final deste mês. A assessoria de imprensa dela diz que ainda nada está resolvido sobre seu futuro dentro da Globo. O UOL apurou que outros acertos venceram em julho passado, entre eles, os de Viviane Araújo e Rômulo Arantes Neto... Não há nada pessoal contra nenhum dos citados. A política, que começou há cerca de quatro anos, é clara: acabar com acertos de longo prazo”.
“A Praça É Nossa” demite
Já no caso da emissora comandada com mão de ferro pelo mercenário Silvio Santos, a situação também é de tensão. Segundo informa o jornalista Paulo Pacheco, “a crise econômica que obrigou o SBT a demitir funcionários veteranos e enxugou as equipes de Ratinho e Eliana atingiu também ‘A Praça É Nossa’, que completou 30 anos no ar em 2017. Dois humoristas foram desligados do programa de Carlos Alberto de Nóbrega na última semana: Charles Guttemberg e Marcelo Benny, o Rapadura e o Bananinha da Tropa de Malucos. Os dois humoristas, que vieram do circo e começaram com Beto Carrero (1937-2008), tinham 15 anos de SBT e eram veteranos do atual elenco da ‘Praça’, mas não apareciam no programa havia quatro meses”.
Ao site UOL, Carlos Alberto de Nóbrega lamentou a demissão dos humoristas. “Não tivemos como evitar, a crise está em todos os cantos. Bananinha e Rapadura não entravam mais porque não tinha mais o que fazer pelo tipo de humor que eles fazem, circense. Ficou o Durão, que entra toda a semana. Na hora de fazer os cortes, deixei que a emissora escolhesse quem seria afastado. Foi triste para mim, porque eles estavam comigo desde o Beto Carrero. Desejo boa sorte para os dois e espero que não me culpem pelo que está acontecendo”. Talvez seja o caso de culpar o bilionário Silvio Santos ou pedir mais uma graninha, um “mensalão”, do golpista Michel Temer.
Na semana passada, a coluna Painel da Folha informou que o usurpador está doando recursos públicos às emissoras de tevê para melhorar sua popularidade e garantir a aprovação da contrarreforma da Previdência, a que vai liquidar a aposentadoria dos brasileiros. Segundo a notinha, “Michel Temer tem feito rodadas de conversas com diretores de grupos de TV em busca de apoio à retomada da reforma da Previdência no Congresso. A agenda inclui reuniões com membros do SBT, da Record, da Band, da RedeTV! e da Globo”. O risco, como sempre, é que os filhos de Roberto Marinho e o mercenário Silvio Santos, entre outros detentores de concessões públicas de televisão, embolsem os recursos públicos e acumulem ainda mais fortunas.
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