Por Altamiro Borges
Pesquisa feita pelo “Projeto Credibilidade”, que é o capítulo nacional do “Trust Project” – um consórcio que reúne 70 veículos de mídia de vários países, entre eles a Al Jazeera, The New York Times, La Stampa e até o Google –, concluiu que nem os jornalistas brasileiros acreditam nos veículos de comunicação em que trabalham. Segundo o levantamento, apenas 17,9% dos profissionais entrevistados concordam completamente que “o jornalismo fornece uma narrativa verdadeira dos eventos e questões diárias num contexto que explica seus significados”; 31,1% disseram concordar parcialmente; 37,2% não concordam nem discordam e 10,3% discordam parcialmente. A opção “discordo completamente” foi assinalada por 3,5%.
A pesquisa foi feita entre junho de 2016 e junho deste ano e ouviu 314 jornalistas e profissionais de 38 diferentes veículos atuantes em 15 localidades no Brasil, principalmente nas cidades de São Paulo (52%) e Rio de Janeiro (27%), a maioria deles nas funções de repórter (37%), editor (22%) ou diretor (12%), com idade entre 25 e 54 anos (82%) e mais de dez anos de experiência na profissão (67%). Embora 93,3% dos entrevistados tenham dito que concorda completamente que “o jornalismo é crucial para a democracia”, 65,3% afirmaram discordar que “a atividade jornalística não teme ao cobrar responsabilidades de quem exerce o poder” e 80,7% disseram não acreditar integralmente que “o jornalismo apresenta e esclarece os objetivos e valores da sociedade”.
Outra questão confirmou que a mídia nativa peca pela ausência de pluralidade e diversidade. Diante da afirmação de que “o jornalismo representa as preocupações e dá voz a todas as pessoas”, apenas 17,7% concordaram completamente, 24,2% concordaram parcialmente, 34,8% não concordaram nem discordaram, 15,8% discordaram parcialmente e 7,4% discordaram completamente. A pesquisa pode indicar uma mudança de humores nas redações do Brasil – único país no mundo no qual, segundo a fina ironia de Mino Carta, ainda tem jornalista que chama o patrão de “companheiro”. Diante de tanta manipulação de uma mídia tão partidarizada, os assalariados do setor parece que estão despertando.
Leia também:
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- 'Correio do Povo' demite dirigente da Fenaj
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- O que apavora os jornalistas da Globo?
- Dia dos Jornalistas. Há algo a festejar?
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A pesquisa foi feita entre junho de 2016 e junho deste ano e ouviu 314 jornalistas e profissionais de 38 diferentes veículos atuantes em 15 localidades no Brasil, principalmente nas cidades de São Paulo (52%) e Rio de Janeiro (27%), a maioria deles nas funções de repórter (37%), editor (22%) ou diretor (12%), com idade entre 25 e 54 anos (82%) e mais de dez anos de experiência na profissão (67%). Embora 93,3% dos entrevistados tenham dito que concorda completamente que “o jornalismo é crucial para a democracia”, 65,3% afirmaram discordar que “a atividade jornalística não teme ao cobrar responsabilidades de quem exerce o poder” e 80,7% disseram não acreditar integralmente que “o jornalismo apresenta e esclarece os objetivos e valores da sociedade”.
Outra questão confirmou que a mídia nativa peca pela ausência de pluralidade e diversidade. Diante da afirmação de que “o jornalismo representa as preocupações e dá voz a todas as pessoas”, apenas 17,7% concordaram completamente, 24,2% concordaram parcialmente, 34,8% não concordaram nem discordaram, 15,8% discordaram parcialmente e 7,4% discordaram completamente. A pesquisa pode indicar uma mudança de humores nas redações do Brasil – único país no mundo no qual, segundo a fina ironia de Mino Carta, ainda tem jornalista que chama o patrão de “companheiro”. Diante de tanta manipulação de uma mídia tão partidarizada, os assalariados do setor parece que estão despertando.
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