Por Altamiro Borges
Após ser salvo pela Câmara Federal, que barrou a denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República, Michel Temer agora tem pressa para aprovar a “reforma” da Previdência. Desta forma, o usurpador tenta compensar o “deus-mercado”, que financiou o “golpe dos corruptos” que alçou ao poder a sua quadrilha. Segundo a mídia rentista, a aprovação desta maldade, que representa o fim da aposentadoria para milhões de brasileiros, é a única forma de garantir sobrevida a Michel Temer, que é odiado pela sociedade – como atestam todas as pesquisas –, mas que ainda conta com o apoio dos “cúmplices de corrupção” que hoje dominam o pior parlamento da história do país e negociam emendas e vantagens do covil golpista.
Já na quinta-feira (3), um dia após a sessão de horrores que rejeitou a denúncia da PGR, o lobista Henrique Meirelles, czar da economia, garantiu em um evento do banco de investimentos Goldman Sachs que a contrarreforma deverá ser aprovada até outubro. “Idealmente, espera-se que a Previdência seja votada em primeiro lugar”, prometeu aos ávidos abutres financeiros. No mesmo rumo, o demo Rodrigo Maia, o capacho dos patrões que preside a Câmara Federal, disse que pautará de imediato a discussão do tema. Ele fez questão de relatar sua conversa com o ministro da Fazenda. “Disse a ele que vamos aprovar no início de setembro na Câmara [depois ela segue para o Senado]. Temer foi informado. Não faremos nada desarticulado”.
Animado com sua vitória temporária, Michel Temer também garantiu em entrevista à BandNews que a contrarreforma é a sua maior obsessão. Ele minimizou o fato da sua absolvição ter sido aprovada por apenas 263 dos 513 deputados federais – para aprovar a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) são necessários 308 votos. “Eu me sinto fortalecido... Muitos que votaram contra [mim] são favoráveis à reforma da Previdência”. Seu otimismo tem motivos. Ele sabe que esta é a principal exigência do “deus-mercado”, que bancou sua chegada criminosa ao poder. Ele também sabe que conta com o apoio da mídia privada – mesmo dos veículos que já acham melhor descartá-lo para evitar o desgaste do projeto ultraliberal. Além disso, Michel Temer sabe acionar o balcão de negócios do Palácio do Planalto para comprar os deputados, os cúmplices da corrupção.
Para o covil golpista e para os seus aliados temporários, pouco importa que a contrarreforma da Previdência seja recusada pela maioria dos brasileiros. Segundo recente pesquisa do Datafolha, ela é rejeitada por 71% da população. Para os bandidos que tomaram de assalto o poder, também pouco importa que Michel Temer só tenha 5% de aprovação popular, sendo odiado pela maioria da sociedade. Se esta rejeição não se manifestar nas ruas, com protestos mais massivos e enérgicos, a aposentadoria de milhões de trabalhadores estará com seus dias contados. Depois disso, o Judas poderá até ser jogado na lata de lixo – e até preso pelos crimes cometidos –, mas o serviço sujo do golpe dos corruptos terá obtido mais uma vitória estratégica.
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Leia também:
- Temer ganhou, mas será que levou?
- O mito da apatia e a urgência dos nossos dias
- O plano das elites ao proteger Temer
- Uma corja antipovo chamada mercado
- A “democracia” dos sem-vergonha
- Tornar a indignação contra Temer em luta
- Temer quer criar a república do lixo
- O preço político da vitória de Temer
- Mídia segue dividida sobre futuro de Temer
- Salvação do Temer na 'assembléia de bandidos'
- Temer ganha, mas sua base encolhe
Após ser salvo pela Câmara Federal, que barrou a denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República, Michel Temer agora tem pressa para aprovar a “reforma” da Previdência. Desta forma, o usurpador tenta compensar o “deus-mercado”, que financiou o “golpe dos corruptos” que alçou ao poder a sua quadrilha. Segundo a mídia rentista, a aprovação desta maldade, que representa o fim da aposentadoria para milhões de brasileiros, é a única forma de garantir sobrevida a Michel Temer, que é odiado pela sociedade – como atestam todas as pesquisas –, mas que ainda conta com o apoio dos “cúmplices de corrupção” que hoje dominam o pior parlamento da história do país e negociam emendas e vantagens do covil golpista.
Já na quinta-feira (3), um dia após a sessão de horrores que rejeitou a denúncia da PGR, o lobista Henrique Meirelles, czar da economia, garantiu em um evento do banco de investimentos Goldman Sachs que a contrarreforma deverá ser aprovada até outubro. “Idealmente, espera-se que a Previdência seja votada em primeiro lugar”, prometeu aos ávidos abutres financeiros. No mesmo rumo, o demo Rodrigo Maia, o capacho dos patrões que preside a Câmara Federal, disse que pautará de imediato a discussão do tema. Ele fez questão de relatar sua conversa com o ministro da Fazenda. “Disse a ele que vamos aprovar no início de setembro na Câmara [depois ela segue para o Senado]. Temer foi informado. Não faremos nada desarticulado”.
Animado com sua vitória temporária, Michel Temer também garantiu em entrevista à BandNews que a contrarreforma é a sua maior obsessão. Ele minimizou o fato da sua absolvição ter sido aprovada por apenas 263 dos 513 deputados federais – para aprovar a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) são necessários 308 votos. “Eu me sinto fortalecido... Muitos que votaram contra [mim] são favoráveis à reforma da Previdência”. Seu otimismo tem motivos. Ele sabe que esta é a principal exigência do “deus-mercado”, que bancou sua chegada criminosa ao poder. Ele também sabe que conta com o apoio da mídia privada – mesmo dos veículos que já acham melhor descartá-lo para evitar o desgaste do projeto ultraliberal. Além disso, Michel Temer sabe acionar o balcão de negócios do Palácio do Planalto para comprar os deputados, os cúmplices da corrupção.
Para o covil golpista e para os seus aliados temporários, pouco importa que a contrarreforma da Previdência seja recusada pela maioria dos brasileiros. Segundo recente pesquisa do Datafolha, ela é rejeitada por 71% da população. Para os bandidos que tomaram de assalto o poder, também pouco importa que Michel Temer só tenha 5% de aprovação popular, sendo odiado pela maioria da sociedade. Se esta rejeição não se manifestar nas ruas, com protestos mais massivos e enérgicos, a aposentadoria de milhões de trabalhadores estará com seus dias contados. Depois disso, o Judas poderá até ser jogado na lata de lixo – e até preso pelos crimes cometidos –, mas o serviço sujo do golpe dos corruptos terá obtido mais uma vitória estratégica.
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