Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:
O que achariam o caro leitor e a paciente leitora se um presidente, um governador ou um prefeito, a uma semana de deixar o cargo, desandasse a tomar resoluções que competiriam a seu sucessor encarar e levar adiante, sem poder fazer sua própria análise?
No mínimo, aético, não é?
Agora pense que este governante esteja, ele próprio, metido num embrulho no qual suas decisões, senão suspeitas, pelo menos foram reconhecidamente confusas e questionáveis?
Pronto, não é preciso mais para julgar a metralhadora de flechadas que Rodrigo Janot está disparando, dia após dia, com apenas mais cinco dias úteis até deixar o cargo de Procurador Geral da República para Raquel Dodge.
Se ela, por acaso, achar que as ações propostas ao apagar das luzes por Janot estão mal instruídas, incompletas ou são, como se revelou no caso JBS, tomadas sem a prudência necessária, o que fará?
Solicitará ao Supremo Tribunal Federal a sua devolução, para emendar ou instruir melhor? Para ficar com a pecha de protetora da corrupção e promotora da impunidade na mídia?
Como num governo, a sucessão numa instituição requer prudência e contenção, ainda mais quando a sucessão se dá entre correntes de pensamentos diferentes.
É o mínimo ético que se exige e quem não é capaz de uma ética mínima não merece ter um julgamento moral favorável.
Ao contrário, age como um demagogo, alguém à procura de projeção de uma imagem que, afinal, é falsa, porque deixa para a undécima hora aquilo que, se não foi feito ontem, bem poderia ser feito amanhã, por outras mãos, se correspondesse ao dever institucional.
Ao contrário, na quarta-feira, só por constrangimento Janot não será impedido pelo Supremo de atuar nas denúncias contra Temer – logo contra alguém que está desmoralizado ante a Nação!
Alguém que, francamente, está em condições de ser espancado moralmente por um tipo como Gilmar Mendes, que o chama de “delinquente” sem que se possa objetar o que diz, é porque está abaixo da linha do defensável.
E é este indefensável Janot quem, a cada dia, independente de contra quem, se vê no direito de disparar denúncias que sabe que cairão todas em um ministro que lhe é simpático – aliás, por covardia semelhante – e que dará curso ao que propõe.
Não é preciso ser adivinho para perceber que a tendência é Rodrigo Janot tornar-se um desmoralizado e, pior, desmoralizando até o que é real nas proposituras das ações que faz.
Porá a perder até aquilo em que tem razão, pois razão é pouco quando não se tem decência.
O que achariam o caro leitor e a paciente leitora se um presidente, um governador ou um prefeito, a uma semana de deixar o cargo, desandasse a tomar resoluções que competiriam a seu sucessor encarar e levar adiante, sem poder fazer sua própria análise?
No mínimo, aético, não é?
Agora pense que este governante esteja, ele próprio, metido num embrulho no qual suas decisões, senão suspeitas, pelo menos foram reconhecidamente confusas e questionáveis?
Pronto, não é preciso mais para julgar a metralhadora de flechadas que Rodrigo Janot está disparando, dia após dia, com apenas mais cinco dias úteis até deixar o cargo de Procurador Geral da República para Raquel Dodge.
Se ela, por acaso, achar que as ações propostas ao apagar das luzes por Janot estão mal instruídas, incompletas ou são, como se revelou no caso JBS, tomadas sem a prudência necessária, o que fará?
Solicitará ao Supremo Tribunal Federal a sua devolução, para emendar ou instruir melhor? Para ficar com a pecha de protetora da corrupção e promotora da impunidade na mídia?
Como num governo, a sucessão numa instituição requer prudência e contenção, ainda mais quando a sucessão se dá entre correntes de pensamentos diferentes.
É o mínimo ético que se exige e quem não é capaz de uma ética mínima não merece ter um julgamento moral favorável.
Ao contrário, age como um demagogo, alguém à procura de projeção de uma imagem que, afinal, é falsa, porque deixa para a undécima hora aquilo que, se não foi feito ontem, bem poderia ser feito amanhã, por outras mãos, se correspondesse ao dever institucional.
Ao contrário, na quarta-feira, só por constrangimento Janot não será impedido pelo Supremo de atuar nas denúncias contra Temer – logo contra alguém que está desmoralizado ante a Nação!
Alguém que, francamente, está em condições de ser espancado moralmente por um tipo como Gilmar Mendes, que o chama de “delinquente” sem que se possa objetar o que diz, é porque está abaixo da linha do defensável.
E é este indefensável Janot quem, a cada dia, independente de contra quem, se vê no direito de disparar denúncias que sabe que cairão todas em um ministro que lhe é simpático – aliás, por covardia semelhante – e que dará curso ao que propõe.
Não é preciso ser adivinho para perceber que a tendência é Rodrigo Janot tornar-se um desmoralizado e, pior, desmoralizando até o que é real nas proposituras das ações que faz.
Porá a perder até aquilo em que tem razão, pois razão é pouco quando não se tem decência.
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