Por Rafael Tatemoto, no jornal Brasil de Fato:
O anúncio feito pelo governo Michel Temer, do PMDB, sobre a intenção de privatizar o sistema Eletrobras, responsável pela geração e transmissão de energia no país, levou uma série de entidades sindicais e movimentos populares a lançarem a campanha “Energia não é mercadoria”, em aliança com parlamentares da oposição.
Para Icaro Barreto, diretor do Sindicato dos Urbanitários no Distrito Federal, que compõe a iniciativa, a possibilidade de privatização trará consequências relacionadas à soberania nacional, ao custo da energia e ao futuro da economia nacional. Haveria ainda, segundo ele, o risco de uma nova crise de abastecimento.
“A curto prazo, a privatização vai trazer de cara o aumento das tarifas, principalmente para os pequenos empresários e também para o consumidor residencial. A médio e longo prazo, vai gerar um problema de desabastecimento sério, parecido com o vivido em 2001 com o apagão. Historicamente, desde que o setor elétrico começou no Brasil, só quem investe na expansão do sistema elétrico brasileiro são as empresas estatais”, diz.
Gilberto Cervinski, integrante da direção nacional do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), que também integra a campanha, afirma que não só os preços aumentarão como não terão condições de diminuir, o que pode acontecer se a Eletrobras continuar sob controle estatal.
“As usinas e linhas de transmissão são amortizadas. Se pegar o exemplo de Belo Monte, uma usina nova, quem paga é a população. A Belo Monte tem um valor, no caso, R$ 30 bilhões. Esse valor é distribuído na conta de luz que a população paga ao longo dos próximos 30 anos. Eles querem vender uma coisa do povo para nós continuarmos pagando por mais tempo”, explica.
Como a Eletrobras ainda é responsável pela distribuição de energia em alguns estados do Norte e Nordeste, a entrega à iniciativa privada daria aos controladores acesso ao território da Amazônia, pondera Cervinski.
Ele ainda condena o fato de que o valor de venda da empresa estipulado pelo governo é muito abaixo de seu valor de mercado.
“Eles querem vender por R$ 20 bilhões. Para se ter uma ideia, uma usina, a de Jirau, custou R$ 19 bilhões e tem 3750 megawatts. A Eletrobras tem 47 mil megawatts. É só 8% do que ela vale”, finaliza.
O anúncio feito pelo governo Michel Temer, do PMDB, sobre a intenção de privatizar o sistema Eletrobras, responsável pela geração e transmissão de energia no país, levou uma série de entidades sindicais e movimentos populares a lançarem a campanha “Energia não é mercadoria”, em aliança com parlamentares da oposição.
Para Icaro Barreto, diretor do Sindicato dos Urbanitários no Distrito Federal, que compõe a iniciativa, a possibilidade de privatização trará consequências relacionadas à soberania nacional, ao custo da energia e ao futuro da economia nacional. Haveria ainda, segundo ele, o risco de uma nova crise de abastecimento.
“A curto prazo, a privatização vai trazer de cara o aumento das tarifas, principalmente para os pequenos empresários e também para o consumidor residencial. A médio e longo prazo, vai gerar um problema de desabastecimento sério, parecido com o vivido em 2001 com o apagão. Historicamente, desde que o setor elétrico começou no Brasil, só quem investe na expansão do sistema elétrico brasileiro são as empresas estatais”, diz.
Gilberto Cervinski, integrante da direção nacional do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), que também integra a campanha, afirma que não só os preços aumentarão como não terão condições de diminuir, o que pode acontecer se a Eletrobras continuar sob controle estatal.
“As usinas e linhas de transmissão são amortizadas. Se pegar o exemplo de Belo Monte, uma usina nova, quem paga é a população. A Belo Monte tem um valor, no caso, R$ 30 bilhões. Esse valor é distribuído na conta de luz que a população paga ao longo dos próximos 30 anos. Eles querem vender uma coisa do povo para nós continuarmos pagando por mais tempo”, explica.
Como a Eletrobras ainda é responsável pela distribuição de energia em alguns estados do Norte e Nordeste, a entrega à iniciativa privada daria aos controladores acesso ao território da Amazônia, pondera Cervinski.
Ele ainda condena o fato de que o valor de venda da empresa estipulado pelo governo é muito abaixo de seu valor de mercado.
“Eles querem vender por R$ 20 bilhões. Para se ter uma ideia, uma usina, a de Jirau, custou R$ 19 bilhões e tem 3750 megawatts. A Eletrobras tem 47 mil megawatts. É só 8% do que ela vale”, finaliza.
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