Por Bepe Damasco, em seu blog:
Causa-me estranheza o crédito dado ao Supremo Tribunal Federal por parte de pessoas comprometidas com a causa democrática. Perdem seu tempo. O julgamento do mensalão, que distribuiu condenações sem provas a torto e a direito, e a participação na engrenagem golpista em 2016, são dois exemplos de traição do STF à sua função republicana de defender a Constituição.
Esse mesmo conjunto de ministros acaba de agredir o conceito de estado laico ao impor o ensino confessional no Brasil, se lixando para o brutal retrocesso civilizatório que a decisão provocará. Ao mesmo tempo, a Corte oscila entre a omissão e o aplauso diante da maior regressão social da história, patrocinada por Temer, e a entrega criminosa das riquezas do país.
Opinando sobre a reforma trabalhista, o ministro Barroso chegou a dizer que ela é bem-vinda porque a Justiça do Trabalho se inclina para os trabalhadores. Pois bem, se já seria uma grave violação das regras constitucionais a interferência de um poder sobre as atribuições e prerrogativas do outro, imagina quando parte de uma Corte Suprema com o currículo da atual?
Por isso, é de doer ouvir de gente esclarecida, bem intencionada, e até mesmo de petistas, que o PT, ao se insurgir contra o monstro da ditadura togada que surge no horizonte, está “apoiando Aécio”. É o moralismo udenista da Globo fazendo estrago entre nós.
A nota da presidenta Gleisi, que defende, isto sim, a Constituição, a separação dos poderes e o devido processo legal, diz com todas as letras que Aécio merece ser execrado pelo povo brasileiro e punido pela justiça. Não é republicanismo ingênuo do partido se negar a seguir o exemplo de seus adversários golpistas no estupro da Constituição.
Para se ter uma ideia de como é leviana e desprovida de propósitos a acusação de apoio a Aécio, é importante lembrar que, no mesmo dia em que esses ataques pipocavam nas redes sociais, o PT deu entrada no Conselho de Ética do Senado com um pedido de cassação de Aécio, o anão político e moral que liderou o golpe e é um dos principais responsáveis pela desgraça que se abateu sobre o país.
É um equívoco fortalecer posições antidemocráticas, contra quem quer que seja, de um Supremo que assistiu de braços cruzados à passagem da caravana do golpe de estado sub suas barbas.
Logo ficaria claro, porém, que a inação da Corte não se devia a uma postura acovardada diante do efeito manada produzido pela mídia velhaca contra o governo legítimo da presidenta Dilma.
O STF sempre integrou conspiração golpista. Esse é o ponto. Seus ministros sabem que a lei maior do país só permite o afastamento de um presidente eleito pelo voto popular ante à comprovação de um claro e manifesto crime de responsabilidade.
Mesmo assim preferiram coonestar a farsa grotesca e criminosa das pedaladas fiscais. No submundo da trama do golpe, STF e Janot tabelaram para permitir que o mais perigoso bandido da política nativa, o então presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, ficasse livre, leve e solto para liderar e concluir o processo fraudulento do impeachment sem crime de responsabilidade, para só depois prendê-lo.
Causa-me estranheza o crédito dado ao Supremo Tribunal Federal por parte de pessoas comprometidas com a causa democrática. Perdem seu tempo. O julgamento do mensalão, que distribuiu condenações sem provas a torto e a direito, e a participação na engrenagem golpista em 2016, são dois exemplos de traição do STF à sua função republicana de defender a Constituição.
Esse mesmo conjunto de ministros acaba de agredir o conceito de estado laico ao impor o ensino confessional no Brasil, se lixando para o brutal retrocesso civilizatório que a decisão provocará. Ao mesmo tempo, a Corte oscila entre a omissão e o aplauso diante da maior regressão social da história, patrocinada por Temer, e a entrega criminosa das riquezas do país.
Opinando sobre a reforma trabalhista, o ministro Barroso chegou a dizer que ela é bem-vinda porque a Justiça do Trabalho se inclina para os trabalhadores. Pois bem, se já seria uma grave violação das regras constitucionais a interferência de um poder sobre as atribuições e prerrogativas do outro, imagina quando parte de uma Corte Suprema com o currículo da atual?
Por isso, é de doer ouvir de gente esclarecida, bem intencionada, e até mesmo de petistas, que o PT, ao se insurgir contra o monstro da ditadura togada que surge no horizonte, está “apoiando Aécio”. É o moralismo udenista da Globo fazendo estrago entre nós.
A nota da presidenta Gleisi, que defende, isto sim, a Constituição, a separação dos poderes e o devido processo legal, diz com todas as letras que Aécio merece ser execrado pelo povo brasileiro e punido pela justiça. Não é republicanismo ingênuo do partido se negar a seguir o exemplo de seus adversários golpistas no estupro da Constituição.
Para se ter uma ideia de como é leviana e desprovida de propósitos a acusação de apoio a Aécio, é importante lembrar que, no mesmo dia em que esses ataques pipocavam nas redes sociais, o PT deu entrada no Conselho de Ética do Senado com um pedido de cassação de Aécio, o anão político e moral que liderou o golpe e é um dos principais responsáveis pela desgraça que se abateu sobre o país.
É um equívoco fortalecer posições antidemocráticas, contra quem quer que seja, de um Supremo que assistiu de braços cruzados à passagem da caravana do golpe de estado sub suas barbas.
Logo ficaria claro, porém, que a inação da Corte não se devia a uma postura acovardada diante do efeito manada produzido pela mídia velhaca contra o governo legítimo da presidenta Dilma.
O STF sempre integrou conspiração golpista. Esse é o ponto. Seus ministros sabem que a lei maior do país só permite o afastamento de um presidente eleito pelo voto popular ante à comprovação de um claro e manifesto crime de responsabilidade.
Mesmo assim preferiram coonestar a farsa grotesca e criminosa das pedaladas fiscais. No submundo da trama do golpe, STF e Janot tabelaram para permitir que o mais perigoso bandido da política nativa, o então presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, ficasse livre, leve e solto para liderar e concluir o processo fraudulento do impeachment sem crime de responsabilidade, para só depois prendê-lo.
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