Por Tereza Cruvinel, em seu blog:
“Temer escapou, ao custo indecente de R$ 33,9 bilhões, mas agora o país entra numa fase de interrogação oceânica. A travessia para a eleição do ano que vem será feita sobre uma pinguela que, se já era fraca, agora é podre. Fraco, desacreditado, desmoralizado, Temer não terá capacidade de conduzir qualquer agenda. Virou refém do Congresso e tudo terá que ser negociado com uma base ressentida”, diz o líder da minoria, deputado José Guimarães (PT-CE).
Ele avalia que a oposição, mesmo não tendo conseguido impedir a rejeição da denúncia na quarta-feira, saiu fortalecida porque, pela primeira vez depois do golpe, conseguiu atuar com total unidade, conduzindo sem qualquer atrito a estratégia da obstrução, que durou o dia todo.
- Fizemos tudo certo, tudo valeu à pena. PT, PDT, PSB, Rede e PSOL atuaram como uma força coesa e vamos manter esta unidade na resistência parlamentar daqui para a frente. Vamos acertar juntos a agenda para o pós-denúncia, que será um tempo tenebroso, pois vão tentar impor mais retrocessos ao país – diz Guimarães, apontando as três prioridades que a seu ver devem ser estabelecidas por seu partido, o PT.
- Em primeiro lugar, devemos apresentar um projeto para o Brasil, um programa de desenvolvimento com soberania e inclusão. Temos que superar a fase da resistência com agitação e passar à proposição, respondendo à angústia silenciosa da população. Em segundo lugar, devemos nos empenhar pela unidade da esquerda em torno de uma agenda mínima, e se possível, em torno de um projeto eleitoral comum para 2018. E devemos, finalmente, cerrar fileiras em torno da candidatura do Lula, que já está percorrendo o país e espalhando a esperança com suas caravanas.
Em relação à unidade das oposições de esquerda, Guimarães diz que vai propor à presidente do PT, senadora Gleisi Hoffmann, que convide os presidentes dos demais partidos para uma reunião que tenha como pauta a ação conjunta no enfrentamento da agenda de retrocessos que Temer agora tentará acelerar.
- Não há dúvida de que, enterrada a denúncia, a fúria privatizante vai aumentar. Depois do leilão do pré-sal, virão com a modelagem da privatização da Eletrobrás. Mas no que depender do Congresso, a situação não será tão fácil para Temer. A base dele se desgastou demais para salvá-lo, o Centrão está ressentido e vai partir para cima do PSDB. Rodrigo Maia conseguiu se manter a alguma distância do Temer e agora deve ter um protagonismo pessoal maior. Tudo vai ter que ser muito negociado, nada vai passar goela abaixo aqui na Câmara. E se mantivermos a unidade desta semana, conseguiremos reduzir os anos que ele tentará impor ao país no tempo que comprou para ficar no cargo e se proteger da Justiça – conclui Guimarães.
“Temer escapou, ao custo indecente de R$ 33,9 bilhões, mas agora o país entra numa fase de interrogação oceânica. A travessia para a eleição do ano que vem será feita sobre uma pinguela que, se já era fraca, agora é podre. Fraco, desacreditado, desmoralizado, Temer não terá capacidade de conduzir qualquer agenda. Virou refém do Congresso e tudo terá que ser negociado com uma base ressentida”, diz o líder da minoria, deputado José Guimarães (PT-CE).
Ele avalia que a oposição, mesmo não tendo conseguido impedir a rejeição da denúncia na quarta-feira, saiu fortalecida porque, pela primeira vez depois do golpe, conseguiu atuar com total unidade, conduzindo sem qualquer atrito a estratégia da obstrução, que durou o dia todo.
- Fizemos tudo certo, tudo valeu à pena. PT, PDT, PSB, Rede e PSOL atuaram como uma força coesa e vamos manter esta unidade na resistência parlamentar daqui para a frente. Vamos acertar juntos a agenda para o pós-denúncia, que será um tempo tenebroso, pois vão tentar impor mais retrocessos ao país – diz Guimarães, apontando as três prioridades que a seu ver devem ser estabelecidas por seu partido, o PT.
- Em primeiro lugar, devemos apresentar um projeto para o Brasil, um programa de desenvolvimento com soberania e inclusão. Temos que superar a fase da resistência com agitação e passar à proposição, respondendo à angústia silenciosa da população. Em segundo lugar, devemos nos empenhar pela unidade da esquerda em torno de uma agenda mínima, e se possível, em torno de um projeto eleitoral comum para 2018. E devemos, finalmente, cerrar fileiras em torno da candidatura do Lula, que já está percorrendo o país e espalhando a esperança com suas caravanas.
Em relação à unidade das oposições de esquerda, Guimarães diz que vai propor à presidente do PT, senadora Gleisi Hoffmann, que convide os presidentes dos demais partidos para uma reunião que tenha como pauta a ação conjunta no enfrentamento da agenda de retrocessos que Temer agora tentará acelerar.
- Não há dúvida de que, enterrada a denúncia, a fúria privatizante vai aumentar. Depois do leilão do pré-sal, virão com a modelagem da privatização da Eletrobrás. Mas no que depender do Congresso, a situação não será tão fácil para Temer. A base dele se desgastou demais para salvá-lo, o Centrão está ressentido e vai partir para cima do PSDB. Rodrigo Maia conseguiu se manter a alguma distância do Temer e agora deve ter um protagonismo pessoal maior. Tudo vai ter que ser muito negociado, nada vai passar goela abaixo aqui na Câmara. E se mantivermos a unidade desta semana, conseguiremos reduzir os anos que ele tentará impor ao país no tempo que comprou para ficar no cargo e se proteger da Justiça – conclui Guimarães.
Pois é ...
ResponderExcluir"PT, PDT, PSB, Rede e PSOL atuaram" ...
PC do B não participa?
Chato ser tratado como "corrente interna" ou pior: anexo
O que você acha Altamiro? Culpa nossa?
Abração.