segunda-feira, 13 de novembro de 2017

A revista IstoÉ e a matilha fascista

Por Eugênio Aragão, no blog Diário do Centro do Mundo:

Fascistas são como lobos: predadores que só se sentem fortes em matilha. Sozinhos são covardes, pois se sabem presas fáceis.

O caso do medíocre, desqualificado e desconhecido jornalistazinho raivoso da revista IstoÉ que pregou a morte de Lula no sábado ilustra bem isso. Falou grosso pensando que a editora comprasse sua briga baixa e, quando se viu sozinho exposto às naturais intempéries de que quem provocou a ira coletiva, foi pedir colinho de mamãe. Registrou ocorrência policial por crime de ameaça. Coitadinho.

Patético. Quem se dispõe a brigar deve arcar com as consequências. Atirar e depois fugir não é meio de se ganhar guerra. Mas os fascistas são assim e com eles só vai quem quiser entrar para a história como covarde e monstro embrutecido a não merecer a qualificação de civilizado.

“Haters” são uma espécie de fascistinhas a reboque de lideranças inescrupulosas. Contaminados pela ira, são capazes de dizer e fazer barbaridades que, em sã consciência, jamais lhes passaria pela cabeça e, quiçá, delas se envergonhariam se apanhados de público metidos nelas.

Piores que os “haters” são os que lhes incutem e comandam o ódio e a ira. Esses são os manipuladores, os que lideram a matilha, como verdadeiros cães alfa. O jornalistazinho não é um cão alfa.

É apenas empregado de um deles. Um mísero empregado que pode até ganhar suas trinta moedas de pratas, mas que não manda. É mandado. É contaminado e programado. E, na hora do pau, ninguém o acolhe. Esperam que se enforque que nem o Judas com suas trinta moedas.

Quem manda nesse circo de raiva e rancor de certo nem está possuído de raiva e rancor, apenas tem ambição e cobiça. A raiva e o rancor é apenas para os outros, uns bobões que lhe entregam o que é seu e impedem a resistência ao saque e ao domínio subalterno de toda a sociedade. É muitos aceitam entrar no jogo estimulados pelas trinta moedas de prata. Uma ninharia que lhes dão para fazer o papel de bobos e se comportarem feito lobos de matilha sob suas ordens.

A destruição que os cães alfa promoveram em nosso país é visível para todos. Contaminaram as instituições, amestraram juízes de todos os níveis e procuradorezinhos vaidosos e carreiristas. Promoveram e continuam a promover a caça implacável a quem não aceita ser programado e integrado na matilha, sejam eles artistas, advogados, professores, políticos ou operários.

Destruíram, pelas mãos do judiciário subalterno, a construção civil, a indústria naval, a pesquisa nuclear, causaram desemprego em massa, destituíram uma presidenta eleita, empoderaram uma quadrilha para que lhes entregassem ativos estratégicos nacionais e anulassem direitos.

O fizeram sem grande esforço. Bastou inventarem um tal “combate à corrupção” que não enfrentou corrupção coisa nenhuma, pois colocou os mais corruptos no comando do executivo para lhes facilitar o serviço.

Mas os cães da matilha se festejam. Ao gritarem “morte a Lula” se sentem fortes, iludidos, sem ver que são fracos, meros joguetes nas patas de seus cães alfa, a quem servem, ora por pequenas cobiças também, mas sobretudo porque estão obnubilados em seu ódio, que cega e não lhes permite reconhecer que, coitados, não passam de uns manipulados contra seus próprios interesses.

Que saibam, porém: Lula não morre. E os que com ele resistem são a vida, a vida que anima nosso sentimento de nação, que nos faz protagonistas nessa selva globalizada, apesar de todo processo de cooptação dos bobos, dos fascistas pau-mandados, como o jornalistazinho “hater” que foi procurar proteção no colinho de mamãe.

Lula e quem com ele resiste sabe que a história é um processo que não pára, que se move nas contradições das lutas de classe. Sabe que toda vitória é provisória, assim como toda derrota e, por isso, não se deixa abater, não corre para o colinho de mamãe, mas insiste no enfrentamento daqueles que querem submeter o povo a seus mesquinhos interesses e tirar-lhe o orgulho, o amor pelo que construiu, a autoestima e a capacidade de conquistar sua felicidade.

Por isso, os que resistem são superiores e destinados a vencer, enquanto a matilha fascista se humilha, serviçal de seus opressores.

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