Reprodução Facebook |
A senadora Ana Amélia Lemos (PP-RS) protagonizou nesta segunda-feira, 6 de novembro, uma patética cena ao embarcar em uma fake news publicada pelo site de vazamentos O Antagonista, conhecido na rede por divulgar notícias falsas e duvidosas. Sem se certificar do ocorrido, Ana Amélia subiu à tribuna no plenário do Senado, espalhou a falsa notícia e aproveitou para espumar ódio ao Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra e ao ex-presidente Lula, acusando o MST de ter invadido uma área produtiva em Correntina, na Bahia.
“Quem financiou? Quem pagou? Será que esse é o exército do Lula, que ele tinha chamado? Não terá sido esse o exército que não se satisfez com o impeachment da Dilma? E dos riscos de Lula não chegar ao poder? Será que é isso que querem? Botar fogo no Brasil, como eles disseram que iam botar fogo no Brasil? Um líder sindicalista esteve lá, no Palácio, e disse isso, que iriam botar fogo no Brasil. Exatamente isso”, vociferou.
Sempre amparada nesse site, que soltou um vídeo onde nem sequer é possível identificar os autores da ação, ela relatou que mil “militantes” destruíram produções de batata, cenoura, feijão, tomate, alho, cebola, soja, milho, entre outras culturas. “Não, eu não diria mil pessoas: mil bandidos, travestidos de, não sei, protestantes”, disse. “E eu queria cumprimentar o site O Antagonista, que foi o primeiro veículo de comunicação virtual a colocar… Inclusive, chamo a atenção de quem acessar o site O Antagonista: ele tem, lá, nessa matéria, imagens que falam mais do que mil palavras; imagens mostrando o grau de destruição que fizeram nessa propriedade rural desses japoneses”, completou.
Para Ana Amélia, o episódio destrói “a imagem do Brasil; e a minha e a sua autoestima”. “É de ficar com vergonha do que foi feito criminosamente”, disse, ignorando que vergonhoso mesmo é uma senadora da República ajudar a espalhar fake news. “Há motivo para fazer um protesto com esse grau de violência e criminosa destruição? Quem vai pagar o prejuízo de 60 milhões investidos por essa família? A vergonha fica para nós. Nós temos a destruição moral – moral! – dessa família, de seus funcionários”.
Depois de atacar o governador da Bahia, Rui Costa (PT), Ana Amélia saiu em defesa da liberação do porte de armas para os produtores rurais. Pois assim, na sua visão, os donos da área teriam como se defender. “E o agricultor não pode, não tem o direito –o agricultor, lá na sua fazenda, num caso como esse– de ter uma arma na sua casa, para se defender. Não tem. E a violência, cada vez mais, se amplia no campo, exatamente porque o bandido sabe que o agricultor está totalmente desprotegido e desarmado”, afirmou.
Em nota, o MST rechaçou a acusação e repudiou a criminalização midiática do episódio com a divulgação da falsa notícia. O movimento não participou da invasão. “Entre domingo (5) e esta segunda-feira (6), mais uma corrente de desinformação circulou em diversas redes sociais, empurrando para frente uma preconceituosa especulação de que o MST havia se envolvido em uma invasão, que resultou em destruição das instalações da fazenda Igarashi e Curitiba, no interior da Bahia. Não bastasse, alguns veículos de imprensa e sites de emissão de pensamento de direita deram vazão a essas mentiras”, diz a nota. “Várias manchetes apontam o MST como participante da ação, porém, enquanto organização popular, não há envolvimento nessa mobilização.”
Ana Amélia, que é jornalista, deveria ao menos ter checado a informação antes de usar a TV e rádio Senado para disseminar mentiras. Nem mesmo procurou saber do episódio com os produtores da região para verificar o que realmente aconteceu. Basta da um google para descobrir que a Associação Baiana dos Produtores de Algodão, por exemplo, publicou notícia relatando que o governador Rui Costa, em reunião com diversas associações baianas, determinou que a Secretaria da Segurança Pública (SSP) apure com rigor as invasões de terras ocorridas no oeste da Bahia e reforce o policiamento na região.
A empresa Lavoura e Pecuária Igarashi Ltda, dona da propriedade, é acusada de prejudicar populações ribeirinhas e outras áreas da região por captar água dos rios locais para o seu sistema de irrigação, diminuição do nível da água no leito do Rio Arrojado. Segundo a polícia, entre 500 e 600 agricultores e pecuaristas da região entraram na fazenda para protestar. Outro site que ajudou a disseminar a fake news contra o MST foi o 24 HorasNews.
Pouco antes de reproduzir uma notícia falsa, Ana Amélia havia acusado senadores da oposição de repetir uma mentira mil vezes até que ela vire verdade. Conhecida por sua agressividade e antipetismo, a senadora gaúcha já foi descortês com suas colegas mulheres, entre elas as senadoras Gleisi Hoffmann (PT-PR) e Vanessa Graziotin (PCdoB-AM).
“Quem financiou? Quem pagou? Será que esse é o exército do Lula, que ele tinha chamado? Não terá sido esse o exército que não se satisfez com o impeachment da Dilma? E dos riscos de Lula não chegar ao poder? Será que é isso que querem? Botar fogo no Brasil, como eles disseram que iam botar fogo no Brasil? Um líder sindicalista esteve lá, no Palácio, e disse isso, que iriam botar fogo no Brasil. Exatamente isso”, vociferou.
Sempre amparada nesse site, que soltou um vídeo onde nem sequer é possível identificar os autores da ação, ela relatou que mil “militantes” destruíram produções de batata, cenoura, feijão, tomate, alho, cebola, soja, milho, entre outras culturas. “Não, eu não diria mil pessoas: mil bandidos, travestidos de, não sei, protestantes”, disse. “E eu queria cumprimentar o site O Antagonista, que foi o primeiro veículo de comunicação virtual a colocar… Inclusive, chamo a atenção de quem acessar o site O Antagonista: ele tem, lá, nessa matéria, imagens que falam mais do que mil palavras; imagens mostrando o grau de destruição que fizeram nessa propriedade rural desses japoneses”, completou.
Para Ana Amélia, o episódio destrói “a imagem do Brasil; e a minha e a sua autoestima”. “É de ficar com vergonha do que foi feito criminosamente”, disse, ignorando que vergonhoso mesmo é uma senadora da República ajudar a espalhar fake news. “Há motivo para fazer um protesto com esse grau de violência e criminosa destruição? Quem vai pagar o prejuízo de 60 milhões investidos por essa família? A vergonha fica para nós. Nós temos a destruição moral – moral! – dessa família, de seus funcionários”.
Depois de atacar o governador da Bahia, Rui Costa (PT), Ana Amélia saiu em defesa da liberação do porte de armas para os produtores rurais. Pois assim, na sua visão, os donos da área teriam como se defender. “E o agricultor não pode, não tem o direito –o agricultor, lá na sua fazenda, num caso como esse– de ter uma arma na sua casa, para se defender. Não tem. E a violência, cada vez mais, se amplia no campo, exatamente porque o bandido sabe que o agricultor está totalmente desprotegido e desarmado”, afirmou.
Em nota, o MST rechaçou a acusação e repudiou a criminalização midiática do episódio com a divulgação da falsa notícia. O movimento não participou da invasão. “Entre domingo (5) e esta segunda-feira (6), mais uma corrente de desinformação circulou em diversas redes sociais, empurrando para frente uma preconceituosa especulação de que o MST havia se envolvido em uma invasão, que resultou em destruição das instalações da fazenda Igarashi e Curitiba, no interior da Bahia. Não bastasse, alguns veículos de imprensa e sites de emissão de pensamento de direita deram vazão a essas mentiras”, diz a nota. “Várias manchetes apontam o MST como participante da ação, porém, enquanto organização popular, não há envolvimento nessa mobilização.”
Ana Amélia, que é jornalista, deveria ao menos ter checado a informação antes de usar a TV e rádio Senado para disseminar mentiras. Nem mesmo procurou saber do episódio com os produtores da região para verificar o que realmente aconteceu. Basta da um google para descobrir que a Associação Baiana dos Produtores de Algodão, por exemplo, publicou notícia relatando que o governador Rui Costa, em reunião com diversas associações baianas, determinou que a Secretaria da Segurança Pública (SSP) apure com rigor as invasões de terras ocorridas no oeste da Bahia e reforce o policiamento na região.
A empresa Lavoura e Pecuária Igarashi Ltda, dona da propriedade, é acusada de prejudicar populações ribeirinhas e outras áreas da região por captar água dos rios locais para o seu sistema de irrigação, diminuição do nível da água no leito do Rio Arrojado. Segundo a polícia, entre 500 e 600 agricultores e pecuaristas da região entraram na fazenda para protestar. Outro site que ajudou a disseminar a fake news contra o MST foi o 24 HorasNews.
Pouco antes de reproduzir uma notícia falsa, Ana Amélia havia acusado senadores da oposição de repetir uma mentira mil vezes até que ela vire verdade. Conhecida por sua agressividade e antipetismo, a senadora gaúcha já foi descortês com suas colegas mulheres, entre elas as senadoras Gleisi Hoffmann (PT-PR) e Vanessa Graziotin (PCdoB-AM).
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