Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:
Enquanto a Folha dá uma manchete bem de acordo com a série “Agora a coisa vai”que você já se acostumou a ler nos jornais depois do golpe que levou Michel Temer ao Planalto, destacando um crescimento pífio de 1,1% nas receitas públicas (verdade capenga, porque ancorada numa correção inflacionária menor e na adoção de impostos novos, como o PIS/Cofins dos combustíveis), a BBC chama a atenção sobre onde e com que vem sendo feita a “economia” que, ainda assim, nos deixa com um rombo de R$ 159 bi.
É que os investimentos públicos em queda nos levam para trás no tempo, à época em que as estradas se deterioravam, a escassez de energia nos apagava e Saúde e Educação eram muito mais precários do que são hoje.
Nos investimentos dos governos estaduais, que não podem emitir dívida, o efeito foi mais rápido, mostra o repórter Andre Shalders:
O investimento de todos os governos estaduais somados caiu de R$ 57,8 bilhões em 2014 para R$ 28,7 bilhões acumulados em 12 meses até junho de 2017, segundo o levantamento da IFI. De 1994 a 2000, o investimento médio dos Estados ficou em R$ 30,6 bilhões por ano, em valores corrigidos. O investimento dos Estados deve fechar este ano em 0,4% do PIB, que é a soma de tudo que o país produz. Em 2014, a cifra era de 1%.
O mesmo deve se repetir no governo federal e nos municípios, segundo Orair, pesquisador que já estudava o tema no Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) há quase dez anos, desde 2009.
Na União, onde os investimentos eram de R$ 141 bilhões em 2014, diz a matéria, eles caíram previstos na lei orçamentária de 2017 para R$ 129,1 bilhões e vão baixar, em 2018, para R$ 98,6 bilhões (24% menores).
Este é, em todos os sentidos, um país que vai pra trás.
Enquanto a Folha dá uma manchete bem de acordo com a série “Agora a coisa vai”que você já se acostumou a ler nos jornais depois do golpe que levou Michel Temer ao Planalto, destacando um crescimento pífio de 1,1% nas receitas públicas (verdade capenga, porque ancorada numa correção inflacionária menor e na adoção de impostos novos, como o PIS/Cofins dos combustíveis), a BBC chama a atenção sobre onde e com que vem sendo feita a “economia” que, ainda assim, nos deixa com um rombo de R$ 159 bi.
É que os investimentos públicos em queda nos levam para trás no tempo, à época em que as estradas se deterioravam, a escassez de energia nos apagava e Saúde e Educação eram muito mais precários do que são hoje.
Nos investimentos dos governos estaduais, que não podem emitir dívida, o efeito foi mais rápido, mostra o repórter Andre Shalders:
O investimento de todos os governos estaduais somados caiu de R$ 57,8 bilhões em 2014 para R$ 28,7 bilhões acumulados em 12 meses até junho de 2017, segundo o levantamento da IFI. De 1994 a 2000, o investimento médio dos Estados ficou em R$ 30,6 bilhões por ano, em valores corrigidos. O investimento dos Estados deve fechar este ano em 0,4% do PIB, que é a soma de tudo que o país produz. Em 2014, a cifra era de 1%.
O mesmo deve se repetir no governo federal e nos municípios, segundo Orair, pesquisador que já estudava o tema no Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) há quase dez anos, desde 2009.
Na União, onde os investimentos eram de R$ 141 bilhões em 2014, diz a matéria, eles caíram previstos na lei orçamentária de 2017 para R$ 129,1 bilhões e vão baixar, em 2018, para R$ 98,6 bilhões (24% menores).
Este é, em todos os sentidos, um país que vai pra trás.
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