Por Altamiro Borges
Em uma notinha lacônica, o jornal O Globo deste domingo (26) garante: “Luciano Huck não será candidato à Presidência, e amanhã anuncia oficialmente que está fora do páreo de 2018 numa entrevista em São Paulo”. A informação, que pode ser mais uma jogada de marketing do criador da “Tiazinha”, da “Feiticeira” e de outras aberrações midiáticas, deixa órfãos os donos de vários veículos de comunicação. Nos últimos dias, no esforço para criar um candidato-fantoche, o Estadão fraudou uma pesquisa sobre a alta popularidade do presidenciável da TV Globo. Já a revista “QuantoÉ” (IstoÉ) estampou na capa da edição desta semana: “O incrível Huck”. Merval Pereira, Eliane Cantanhêde e outros “calunistas” também obraram textos com fartos elogios à “novidade” na política.
Ainda há muita especulação sobre a possível desistência do queridinho da famiglia Marinho. Mônica Bergamo, por exemplo, faz suspense na Folha: “Amigos e familiares de Luciano Huck aguardavam com expectativa o pronunciamento que o apresentador afirmou que fará nos próximos dias sobre sua eventual candidatura presidencial. Huck informou a eles que não será candidato. Mas muitos achavam, até a sexta (24), que ele ‘muda de ideia a cada quatro horas’ e poderia recuar. Um dos amigos e conselheiros de Huck dizia que, se ele tiver ‘o mínimo de amor à vida profissional’, se retira da disputa. A aposta de interlocutores do círculo íntimo do apresentador é a de que ele dê a entender que está fora da eleição – deixando, no entanto, a porta aberta para ainda mudar de ideia”.
Também se especula sobre quais seriam os motivos da vacilação do “garoto”, que estava tão animadinho para a disputa eleitoral e já contava com a simpatia do baronato da mídia. Há quem afirme que houve forte pressão da família – principalmente da esposa, Angélica, que também é apresentadora da TV Globo. Outros garantem que a própria famiglia Marinho desaconselhou a aventura, temendo ser alvo de ataques mais duros durante a campanha. Na semana retrasada, o ex-presidente Lula foi sarcástico ao afirmar que “adoraria disputar a eleição com alguém com o logotipo da Globo na testa”. Diante do risco de ficar ainda mais exposta, a empresa comunicou oficialmente que Luciano Huck seria afastado da emissora no caso da confirmação da sua candidatura – o que diminuiria os seus milionários rendimentos com salários e anúncios publicitários.
Mas há também os que insinuam que bateu o medo em Luciano Huck. O fascista Jair Bolsonaro, que disputaria com ele os votos da direita nativa, fustigou: “Resta saber se ele tem o couro duro para aguentar as pancadas. Candidato fica nu, pendurado de cabeça para baixo e apanhando sem parar”. Todos estes fatores podem ter pesado na possível desistência, mas este último ganhou força nos últimos dias. Na quinta-feira (23), uma nova ação da midiática Lava-Jato atingiu um amigo íntimo e ex-sócio do apresentador da TV Globo, o playboy Alexandre Accioly. Ele foi intimado a depor na Polícia Federal no bojo da operação “C’est Fini”, em alusão aos crimes da “farra dos guardanapos” que envolvem o ex-governador Sérgio Cabral e vários empresários do Rio de Janeiro.
Conforme registrou o Jornal do Brasil, “o empresário Alexandre Accioly é figura fácil nas rodas de políticos. Grande amigo do senador Aécio Neves (PSDB) e do apresentador Luciano Huck, ele também cultiva sociedades com o ex-jogador Ronaldo Nazário e o técnico de vôlei Bernardinho, que deve disputar cargo eletivo no próximo ano. No âmbito da devassa da PF, Accioly, cuja casa foi alvo de busca e apreensão, teria feito transações financeiras suspeitas com George Sadala, o Gê, preso nesta semana. Concessões de empréstimo e a venda de um apartamento pelo valor abaixo do mercado estão no alvo do Ministério Público Federal (MPF). Os investigadores afirmam que o patrimônio de Sadala saltou em menos de 10 anos de R$ 1,4 milhão para R$ 35,6 milhões”.
“Em abril, um executivo da Odebrecht também apontou as relações de Accioly com o senador Aécio Neves. Ex-diretor de Energia da empreiteira, Henrique Valladares afirmou aos procuradores que o empresário recebeu dinheiro em uma conta bancária em Cingapura para repassar ao senador mineiro. O pagamento seria uma recompensa pelo apoio do PSDB ao consórcio formado pela Odebrecht e pela Andrade Gutierrez no leilão das usinas hidrelétricas Santo Antônio e Jirau. A negociação, que tinha à frente o ex-diretor de Furnas Dimas Toledo, teria movimentado R$ 50 milhões das empreiteiras para Aécio. Alexandre Accioly integra a família Neves, como padrinho de um dos filhos do senador tucano. Um de seus muitos empreendimentos, a rede de academias BodyTech tem como sócio o deputado Fábio Faria (PSD-RN), citado três vezes em delações de executivos da Odebrecht e na recente delação de Ricardo Saud, da JBS, a mesma que atingiu a cúpula do PMDB e o presidente Michel Temer”.
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Leia também:
- Huck é um velhaco na política e na TV
- O “cafetão” Luciano Huck
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- ONG de Luciano Huck é condenada
- Luciano Huck vai processar Rafinha
- Luciano Huck, paga a multinha!
- Luciano Huck e o “peixe urbano”
- Luciano Huck e a negação da política
Em uma notinha lacônica, o jornal O Globo deste domingo (26) garante: “Luciano Huck não será candidato à Presidência, e amanhã anuncia oficialmente que está fora do páreo de 2018 numa entrevista em São Paulo”. A informação, que pode ser mais uma jogada de marketing do criador da “Tiazinha”, da “Feiticeira” e de outras aberrações midiáticas, deixa órfãos os donos de vários veículos de comunicação. Nos últimos dias, no esforço para criar um candidato-fantoche, o Estadão fraudou uma pesquisa sobre a alta popularidade do presidenciável da TV Globo. Já a revista “QuantoÉ” (IstoÉ) estampou na capa da edição desta semana: “O incrível Huck”. Merval Pereira, Eliane Cantanhêde e outros “calunistas” também obraram textos com fartos elogios à “novidade” na política.
Ainda há muita especulação sobre a possível desistência do queridinho da famiglia Marinho. Mônica Bergamo, por exemplo, faz suspense na Folha: “Amigos e familiares de Luciano Huck aguardavam com expectativa o pronunciamento que o apresentador afirmou que fará nos próximos dias sobre sua eventual candidatura presidencial. Huck informou a eles que não será candidato. Mas muitos achavam, até a sexta (24), que ele ‘muda de ideia a cada quatro horas’ e poderia recuar. Um dos amigos e conselheiros de Huck dizia que, se ele tiver ‘o mínimo de amor à vida profissional’, se retira da disputa. A aposta de interlocutores do círculo íntimo do apresentador é a de que ele dê a entender que está fora da eleição – deixando, no entanto, a porta aberta para ainda mudar de ideia”.
Também se especula sobre quais seriam os motivos da vacilação do “garoto”, que estava tão animadinho para a disputa eleitoral e já contava com a simpatia do baronato da mídia. Há quem afirme que houve forte pressão da família – principalmente da esposa, Angélica, que também é apresentadora da TV Globo. Outros garantem que a própria famiglia Marinho desaconselhou a aventura, temendo ser alvo de ataques mais duros durante a campanha. Na semana retrasada, o ex-presidente Lula foi sarcástico ao afirmar que “adoraria disputar a eleição com alguém com o logotipo da Globo na testa”. Diante do risco de ficar ainda mais exposta, a empresa comunicou oficialmente que Luciano Huck seria afastado da emissora no caso da confirmação da sua candidatura – o que diminuiria os seus milionários rendimentos com salários e anúncios publicitários.
Mas há também os que insinuam que bateu o medo em Luciano Huck. O fascista Jair Bolsonaro, que disputaria com ele os votos da direita nativa, fustigou: “Resta saber se ele tem o couro duro para aguentar as pancadas. Candidato fica nu, pendurado de cabeça para baixo e apanhando sem parar”. Todos estes fatores podem ter pesado na possível desistência, mas este último ganhou força nos últimos dias. Na quinta-feira (23), uma nova ação da midiática Lava-Jato atingiu um amigo íntimo e ex-sócio do apresentador da TV Globo, o playboy Alexandre Accioly. Ele foi intimado a depor na Polícia Federal no bojo da operação “C’est Fini”, em alusão aos crimes da “farra dos guardanapos” que envolvem o ex-governador Sérgio Cabral e vários empresários do Rio de Janeiro.
Conforme registrou o Jornal do Brasil, “o empresário Alexandre Accioly é figura fácil nas rodas de políticos. Grande amigo do senador Aécio Neves (PSDB) e do apresentador Luciano Huck, ele também cultiva sociedades com o ex-jogador Ronaldo Nazário e o técnico de vôlei Bernardinho, que deve disputar cargo eletivo no próximo ano. No âmbito da devassa da PF, Accioly, cuja casa foi alvo de busca e apreensão, teria feito transações financeiras suspeitas com George Sadala, o Gê, preso nesta semana. Concessões de empréstimo e a venda de um apartamento pelo valor abaixo do mercado estão no alvo do Ministério Público Federal (MPF). Os investigadores afirmam que o patrimônio de Sadala saltou em menos de 10 anos de R$ 1,4 milhão para R$ 35,6 milhões”.
“Em abril, um executivo da Odebrecht também apontou as relações de Accioly com o senador Aécio Neves. Ex-diretor de Energia da empreiteira, Henrique Valladares afirmou aos procuradores que o empresário recebeu dinheiro em uma conta bancária em Cingapura para repassar ao senador mineiro. O pagamento seria uma recompensa pelo apoio do PSDB ao consórcio formado pela Odebrecht e pela Andrade Gutierrez no leilão das usinas hidrelétricas Santo Antônio e Jirau. A negociação, que tinha à frente o ex-diretor de Furnas Dimas Toledo, teria movimentado R$ 50 milhões das empreiteiras para Aécio. Alexandre Accioly integra a família Neves, como padrinho de um dos filhos do senador tucano. Um de seus muitos empreendimentos, a rede de academias BodyTech tem como sócio o deputado Fábio Faria (PSD-RN), citado três vezes em delações de executivos da Odebrecht e na recente delação de Ricardo Saud, da JBS, a mesma que atingiu a cúpula do PMDB e o presidente Michel Temer”.
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