sexta-feira, 10 de novembro de 2017

Internet obriga a Globo a "limar" Waack

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

O Brasil acaba de colher uma vitória com o afastamento de William Waack, alguém que se tornou conhecido na Globo por seu comportamento antissocial, por seu racismo explícito, que era praticado diante de colegas.

Que ninguém se engane: apesar de algumas teorias conspiratórias que até devem ser verdadeiras, como a de que a própria Globo vazou o vídeo do ex-âncora do Jornal da Globo, o fato é que o racismo e o comportamento antissocial de Waack são tolerados pela emissora há décadas.




E que ninguém tampouco se engane: a Globo não teria “limado” Waack se a repercussão não tivesse sido o que foi. Posso falar pelo vídeo do Blog da Cidadania sobre o episódio. Caminha celeremente para 1 milhão de visualizações e ficou em segundo lugar no trending topics do YouTube durante quase 24 horas.

É só nos darmos conta do que diz Ali Kamel, diretor de jornalismo da Globo, sobre racismo no Brasil. Sua “obra” intitulada “Não somos racistas” nega que William Waack exista.

Negar que exista racismo, como se sabe, é a forma mais comum de racismo.

Mas o momento é de comemoração porque as redes sociais, os blogs, os sites, os canais do YouTube e, em primeiro lugar, O INTERNAUTA, mandaram um recado para a Globo, o de que este país está acordando e repudiando essa elite racista, xenofóbica, machista, homofóbica que conseguiu abalar a democracia, mas que vai perder no final.

A exposição do racismo cruento que se viu na quarta-feira nas redes sociais obrigou a Globo a nem pensar em abafar o caso. As ruas – inclusive as “ruas” digitais – pautaram a toda poderosa Rede Globo, minhas amigas, meus amigos. E isso não é pouco, não.

Confira, aqui, o comentário sobre o assunto em vídeo.

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