Por Altamiro Borges
O facão segue degolando os profissionais do SBT. Até veteranos da emissora, como Moacyr Franco, foram dispensados sem dó nem piedade. Com 81 anos de idade e 58 anos de atuação na tevê brasileira, ele foi cortado após 20 anos na empresa do prepotente e arrogante Silvio Santos. Em entrevista ao jornalista Mauricio Stycer, da Folha, ele se disse surpreso com a demissão. “Estranhei um pouquinho porque meu salário era tão insignificante. Tive o salário reduzido há uns cinco, seis anos. Fiquei só com 30%. Concordei porque a gente tem que jogar junto o jogo. Embora haja boatos de apresentadores ganhando milhões e milhões… Isso é problema deles e eu tenho que cuidar da minha vida e tentar melhorar o meu salário”.
Moacyr Franco foi descartado juntamente com vários outros humoristas do programa “A Praça É Nossa”, como Carlinhos Aguiar, Jean Paulo Campos (Cirilo) e Paulo Pioli. “É uma coisa que você não espera. Se você está há 14 anos em uma empresa, não é por acaso. Quando o funcionário é ruim, não permanece tanto tempo. A gente fica sem chão. Mas só tenho a agradecer por tudo que tenho, por todos esses anos com o Carlos Alberto e o Marcelo, que acreditaram no meu trabalho. Não deixo mágoa nenhuma no SBT... Pegou de surpresa, dependo do salário no final do ano. Agora é botar a cabeça para funcionar no país em crise, ver o que vou fazer da vida e torcer para que abram portas", lamentou Paulo Pioli.
De acordo com os sites especializados, as demissões no SBT devem prosseguir até o final deste ano. Fala-se em 100 e até em 200 cortes. Neste ambiente fúnebre, os próprios funcionários decidiram cancelar a tradicional festa de final de ano da emissora. Segundo Flávio Ricco, colunista do UOL, a decisão foi “uma reivindicação da maioria de seus profissionais. Em função das muitas demissões promovidas e a se promover, entende-se que não há clima nenhum para a confraternização, que costuma contar com a participação de todos. O SBT é só mais uma vítima da crise pela qual atravessa o país e que atinge diversos setores [sic]... Todos os departamentos estão sofrendo baixas e o esforço de reduzir custos em um ano tão ruim não poupa sequer o ‘Programa Silvio Santos’ e a teledramaturgia”.
O certo, porém, é que o bilionário Silvio Santos, um mercenário contumaz desde a época da ditadura militar, não está nada condoído com as demissões dos funcionários. Ele não é “vítima”. É o algoz. Nos últimos meses, o empresário tem esbanjado truculência com o seu plano de construção de um megaempreendimento imobiliário no bairro da Bela Vista, no centro de São Paulo – um shopping de oito pavimentos e mais de 8 mil metros quadrados, orçado em R$ 75 milhões. Neste domingo (26), artistas, intelectuais e ativistas dos movimentos sociais realizaram um protesto no local em defesa do histórico Teatro Oficina, ameaçado de destruição pela gula insaciável do dono do SBT.
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Leia também:
- Silvio Santos, o mercenário, demite no SBT
- O Baú de infelicidades do Silvio Santos
- SBT afunda na crise. Silvio Santos demite
- Silvio Santos vai pagar pelas baixarias na TV?
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- Hermano Henning processa o SBT
- Silvio Santos abocanha mais uma TV
- A fábrica de Sheherazades de Silvio Santos
- Silvio Santos e o racismo no SBT
- Silvio Santos e o atraso da tevê
- Facão: Gazeta, SBT e RedeTV! botam pra ferrar
O facão segue degolando os profissionais do SBT. Até veteranos da emissora, como Moacyr Franco, foram dispensados sem dó nem piedade. Com 81 anos de idade e 58 anos de atuação na tevê brasileira, ele foi cortado após 20 anos na empresa do prepotente e arrogante Silvio Santos. Em entrevista ao jornalista Mauricio Stycer, da Folha, ele se disse surpreso com a demissão. “Estranhei um pouquinho porque meu salário era tão insignificante. Tive o salário reduzido há uns cinco, seis anos. Fiquei só com 30%. Concordei porque a gente tem que jogar junto o jogo. Embora haja boatos de apresentadores ganhando milhões e milhões… Isso é problema deles e eu tenho que cuidar da minha vida e tentar melhorar o meu salário”.
Moacyr Franco foi descartado juntamente com vários outros humoristas do programa “A Praça É Nossa”, como Carlinhos Aguiar, Jean Paulo Campos (Cirilo) e Paulo Pioli. “É uma coisa que você não espera. Se você está há 14 anos em uma empresa, não é por acaso. Quando o funcionário é ruim, não permanece tanto tempo. A gente fica sem chão. Mas só tenho a agradecer por tudo que tenho, por todos esses anos com o Carlos Alberto e o Marcelo, que acreditaram no meu trabalho. Não deixo mágoa nenhuma no SBT... Pegou de surpresa, dependo do salário no final do ano. Agora é botar a cabeça para funcionar no país em crise, ver o que vou fazer da vida e torcer para que abram portas", lamentou Paulo Pioli.
De acordo com os sites especializados, as demissões no SBT devem prosseguir até o final deste ano. Fala-se em 100 e até em 200 cortes. Neste ambiente fúnebre, os próprios funcionários decidiram cancelar a tradicional festa de final de ano da emissora. Segundo Flávio Ricco, colunista do UOL, a decisão foi “uma reivindicação da maioria de seus profissionais. Em função das muitas demissões promovidas e a se promover, entende-se que não há clima nenhum para a confraternização, que costuma contar com a participação de todos. O SBT é só mais uma vítima da crise pela qual atravessa o país e que atinge diversos setores [sic]... Todos os departamentos estão sofrendo baixas e o esforço de reduzir custos em um ano tão ruim não poupa sequer o ‘Programa Silvio Santos’ e a teledramaturgia”.
O certo, porém, é que o bilionário Silvio Santos, um mercenário contumaz desde a época da ditadura militar, não está nada condoído com as demissões dos funcionários. Ele não é “vítima”. É o algoz. Nos últimos meses, o empresário tem esbanjado truculência com o seu plano de construção de um megaempreendimento imobiliário no bairro da Bela Vista, no centro de São Paulo – um shopping de oito pavimentos e mais de 8 mil metros quadrados, orçado em R$ 75 milhões. Neste domingo (26), artistas, intelectuais e ativistas dos movimentos sociais realizaram um protesto no local em defesa do histórico Teatro Oficina, ameaçado de destruição pela gula insaciável do dono do SBT.
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