O deputado federal Wladimir Costa, do Solidariedade – a sigla fisiológica chefiada por Paulinho da Força –, só ganhou os holofotes da mídia graças a onda conservadora que varreu o país e que resultou na deposição de Dilma Rousseff e na chegada ao poder da quadrilha de Michel Temer. No seu quarto mandato pelo Pará, o ex-apresentador de tevê e ex-radialista mostrou-se uma nulidade completa na política. Um dos parlamentares mais ausentes em Brasília, ele era conhecido somente por suas bizarrices. Nos últimos meses, porém, o falastrão obteve alguns momentos de fama. Mas a sua exposição pode acabar. Nesta terça-feira (19), o Tribunal Regional Eleitoral (TRE-PA) aprovou, por consenso, a cassação do seu mandato por abuso do poder econômico e gastos ilícitos.
Segundo o site G1, “a sessão que julgou as acusações teve como relator o desembargador Roberto Gonçalves de Moura e obteve unanimidade entre os juízes presentes. Segundo o TRE-PA, a decisão determina a cassação do mandato de Wladimir Costa, além de torná-lo inelegível por oito anos”. Como lembra a postagem, a sentença reafirma uma decisão tomada pelo mesmo órgão em 2016. “Na ocasião, a Corte julgou a arrecadação e os gastos ilícitos na campanha eleitoral do deputado. Wladimir Costa declarou que gastou R$ 642.457,48, mas segundo o MPE, o candidato deixou de declarar R$ 149.950 em despesas de material gráfico, além de mais de R$ 100 mil em despesas efetuadas entre julho e setembro do ano eleitoral de 2014... O deputado recorreu da decisão”.
Graças à morosidade da Justiça e a complacência da mídia golpista, o canastrão pode fazer seu showzinho de cinismo nos últimos dois anos. Na “sessão de horrores” da Câmara Federal que deflagrou o processo criminoso do impeachment de Dilma Rousseff, em abril de 2016, o deputado estourou um rojão de confetes e festejou o “tiro de morte” no PT. Ele também se destacou como um dos líderes da tropa de choque do correntista suíço Eduardo Cunha, que hoje reside na cadeia. Concretizado o golpe dos corruptos, que alçou ao poder a quadrilha de Michel Temer, o parlamentar mudou de dono e passou a bajular o usurpador. Em julho último, Wladimir Costa posou em Salinas, balneário do Pará, com a palavra “Temer” tatuada no ombro direito.
Ainda segundo o site G1, “em 2015, ele foi o parlamentar mais faltoso das sessões plenárias. De um total de 125 sessões, ‘Wlad’ não esteve em 105. Participou apenas de 20. Do total de faltas, 93 foram justificadas por sua assessoria com atestados médicos relacionados a intervenções cirúrgicas em sua coluna vertebral. Outras 12 ausências não tiveram justificativa oficial... Em agosto, durante as articulações para barrar o avanço das investigações sobre a denúncia que pesava contra ele por corrupção passiva, e que havia chegado à Câmara dos Deputados, Wladimir Costa foi flagrado, dentro do plenário, trocando mensagens com uma mulher em que pedia para ela ‘mostrar a bunda’, com a justificativa de que ‘não são suas profissões que a destacam como mulher’”.
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O que foi que o deputado tatuou no braço do Temer? Seria, por acaso, "FORA, EU"!?
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