Por Manuela D’Ávila
A Embraer, mais que uma das maiores empresas de aviação do mundo, é a materialização do sonho de Santos Dumont. Ela é símbolo da capacidade de realização de nossa gente e do poder de voar da inteligência brasileira.
Quando fundada, no final dos anos de 1960, enfrentou a descrença de que um dia o Brasil poderia fazer que seus aviões voassem no mundo inteiro. Isso é uma realidade. Hoje, a Embraer é uma empresa privada de capital aberto que possui caráter estratégico para o Brasil, seja do ponto de vista econômico, para a inovação, seja para a defesa nacional.
Conhecida no mundo todo por sua tecnologia na fabricação de aviões de porte médio, a empresa mantém uma posição de destaque em um mercado altamente concentrado e competitivo. No último período, com suporte do Estado brasileiro, vem adquirindo novos mercados e inovando as áreas de atuação. Um exemplo disso é o projeto do avião militar cargueiro KC 390, que já conta com inúmeros pedidos firmes e tende a ganhar mercado internacional. A receita com esse projeto, até setembro passado, atingia a casa dos R$ 19,76 bilhões.
Agora, somos surpreendidos, já no acender das luzes de Natal, com as notícias envolvendo a venda da Embraer para a gigante norte-americana Boeing, que busca abocanhar uma faixa ainda maior do mercado com a aquisição da companhia brasileira.
Devido ao caráter estratégico da Embraer, o governo brasileiro – que é acionista da empresa – possui um tipo de ação especial, as chamadas golden shares, que lhe dão poder de veto e a palavra final sobre negócios considerados estratégicos, justamente para evitar que essas transações afetem os interesses nacionais.
O “comissário” do mercado, o ministro da Fazenda e pré-candidato à presidência Henrique Meireles, assombrou a todos com a notícia de que pretendia colocar à venda as mencionadas ações. Uma iniciativa de lesa-pátria. O principal impacto, com a possível venda de uma empresa como a Embraer, é sempre a perda de inteligência e as restrições ao desenvolvimento tecnológico do país.
Temer tem a obrigação de vetar a realização do negócio. Desnacionalizar um setor tão estratégico da econômica brasileira é profundamente grave e afeta, inclusive, interesses da própria defesa do país. Com o intuito de agradar o mercado, querem fazer uma verdadeira liquidação de fim de ano com os ativos estratégicos que o Brasil construiu ao longo de décadas.
Mas o debate sobre a Embraer é oportuno porque nos remete ao que queremos ser como país: uma nação produtora de conhecimento e produtos de valor agregado ou uma mera exportadora de commodities?
A Embraer é a materialização do sonho de Santos Dumont, é a inteligência e a capacidade de voar da imaginação dos brasileiros. Um sonho desse tamanho não se vende. Um sonho desse tamanho, ao contrário, se valoriza como potencial modelo de onde o Brasil e os brasileiros podem chegar.
A Embraer, mais que uma das maiores empresas de aviação do mundo, é a materialização do sonho de Santos Dumont. Ela é símbolo da capacidade de realização de nossa gente e do poder de voar da inteligência brasileira.
Quando fundada, no final dos anos de 1960, enfrentou a descrença de que um dia o Brasil poderia fazer que seus aviões voassem no mundo inteiro. Isso é uma realidade. Hoje, a Embraer é uma empresa privada de capital aberto que possui caráter estratégico para o Brasil, seja do ponto de vista econômico, para a inovação, seja para a defesa nacional.
Conhecida no mundo todo por sua tecnologia na fabricação de aviões de porte médio, a empresa mantém uma posição de destaque em um mercado altamente concentrado e competitivo. No último período, com suporte do Estado brasileiro, vem adquirindo novos mercados e inovando as áreas de atuação. Um exemplo disso é o projeto do avião militar cargueiro KC 390, que já conta com inúmeros pedidos firmes e tende a ganhar mercado internacional. A receita com esse projeto, até setembro passado, atingia a casa dos R$ 19,76 bilhões.
Agora, somos surpreendidos, já no acender das luzes de Natal, com as notícias envolvendo a venda da Embraer para a gigante norte-americana Boeing, que busca abocanhar uma faixa ainda maior do mercado com a aquisição da companhia brasileira.
Devido ao caráter estratégico da Embraer, o governo brasileiro – que é acionista da empresa – possui um tipo de ação especial, as chamadas golden shares, que lhe dão poder de veto e a palavra final sobre negócios considerados estratégicos, justamente para evitar que essas transações afetem os interesses nacionais.
O “comissário” do mercado, o ministro da Fazenda e pré-candidato à presidência Henrique Meireles, assombrou a todos com a notícia de que pretendia colocar à venda as mencionadas ações. Uma iniciativa de lesa-pátria. O principal impacto, com a possível venda de uma empresa como a Embraer, é sempre a perda de inteligência e as restrições ao desenvolvimento tecnológico do país.
Temer tem a obrigação de vetar a realização do negócio. Desnacionalizar um setor tão estratégico da econômica brasileira é profundamente grave e afeta, inclusive, interesses da própria defesa do país. Com o intuito de agradar o mercado, querem fazer uma verdadeira liquidação de fim de ano com os ativos estratégicos que o Brasil construiu ao longo de décadas.
Mas o debate sobre a Embraer é oportuno porque nos remete ao que queremos ser como país: uma nação produtora de conhecimento e produtos de valor agregado ou uma mera exportadora de commodities?
A Embraer é a materialização do sonho de Santos Dumont, é a inteligência e a capacidade de voar da imaginação dos brasileiros. Um sonho desse tamanho não se vende. Um sonho desse tamanho, ao contrário, se valoriza como potencial modelo de onde o Brasil e os brasileiros podem chegar.
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