Por Mauricio Dias, na revista CartaCapital:
A corrupção não é o problema principal do Brasil, conforme as pesquisas mostraram ao longo dos três últimos anos. Esta tem superado, por exemplo, a violência, a saúde e a educação, que, sempre presentes como os principais problemas do País, retrataram o sentimento provocado pela mídia em torno da espalhafatosa e truculenta Operação Lava Jato.
De fato, há muita roubalheira. Ela vem de longe e não emergiu agora. Talvez, atualmente, tenha chegado perto do apogeu e se tornado, veja só, o alvo principal da preocupação dos brasileiros.
O hoje supera o ontem. Remete, entretanto, ao lema “Rouba, mas faz”, carimbado no então governador paulista Adhemar de Barros. Embora a intenção fosse restrita a São Paulo, o jargão “adhemarista” ganhou fama no País. Atingiu e atinge até hoje políticos corruptos.
Pesquisa do Ibope, feita para medir o otimismo dos brasileiros, realizada entre 20 e 27 de novembro, incluiu no questionário uma pergunta ousada, curiosa, necessária. Nunca antes foi feita diretamente ao eleitor. Por razões sabidas deve abalar a tranquilidade de Michel Temer no conforto do Palácio do Jaburu.
Eis um resumo da longa pergunta aos eleitores: “Você concorda ou discorda de que essa palavra – ‘corrupto’ – seja adequada para descrever o comportamento do governo?” A resposta é avassaladora.
Os entrevistados concordam e dizem sim: 86%; e outros discordam: 11%. Dos eleitores de ensino superior há uma reação quase uníssona com inéditos 96%. Esta reação parece adequada ao caso do atual governo brasileiro.
Michel Temer conduz um governo corrupto. É a tradução dos entrevistados pelo Ibope. Esta não foi, no entanto, única bomba despejada pelos brasileiros sobre a administração de Temer. O Ibope também perguntou ao eleitor sobre a “eficiência” do governo. Somente 17% aprovaram. A desaprovação atingiu 81%.
Quase nada escapa do olhar rigoroso dos eleitores espalhados por todo o País. Estaria, pelo menos, o usurpador Temer “levando o País no caminho certo?”
Pouca gente, neste Brasil de colégio eleitoral com perto de 150 milhões de eleitores, acha que sim. Mais precisamente apenas 12% dos eleitores. Há 85% que discordam. Dizem não. Temer leva o País a destino errado.
Este parece ser o choque político-eleitoral da eleição presidencial de 2018. Temer prepara um adversário que voará no tapete mágico do mercado. Os eleitores vão virar o rosto para a corrupção do governo?
Absolverá os corruptos? Pode ser. O candidato de Temer, acusado, talvez alegue que roubou, sim. A bem da República.
A corrupção não é o problema principal do Brasil, conforme as pesquisas mostraram ao longo dos três últimos anos. Esta tem superado, por exemplo, a violência, a saúde e a educação, que, sempre presentes como os principais problemas do País, retrataram o sentimento provocado pela mídia em torno da espalhafatosa e truculenta Operação Lava Jato.
De fato, há muita roubalheira. Ela vem de longe e não emergiu agora. Talvez, atualmente, tenha chegado perto do apogeu e se tornado, veja só, o alvo principal da preocupação dos brasileiros.
O hoje supera o ontem. Remete, entretanto, ao lema “Rouba, mas faz”, carimbado no então governador paulista Adhemar de Barros. Embora a intenção fosse restrita a São Paulo, o jargão “adhemarista” ganhou fama no País. Atingiu e atinge até hoje políticos corruptos.
Pesquisa do Ibope, feita para medir o otimismo dos brasileiros, realizada entre 20 e 27 de novembro, incluiu no questionário uma pergunta ousada, curiosa, necessária. Nunca antes foi feita diretamente ao eleitor. Por razões sabidas deve abalar a tranquilidade de Michel Temer no conforto do Palácio do Jaburu.
Eis um resumo da longa pergunta aos eleitores: “Você concorda ou discorda de que essa palavra – ‘corrupto’ – seja adequada para descrever o comportamento do governo?” A resposta é avassaladora.
Os entrevistados concordam e dizem sim: 86%; e outros discordam: 11%. Dos eleitores de ensino superior há uma reação quase uníssona com inéditos 96%. Esta reação parece adequada ao caso do atual governo brasileiro.
Michel Temer conduz um governo corrupto. É a tradução dos entrevistados pelo Ibope. Esta não foi, no entanto, única bomba despejada pelos brasileiros sobre a administração de Temer. O Ibope também perguntou ao eleitor sobre a “eficiência” do governo. Somente 17% aprovaram. A desaprovação atingiu 81%.
Quase nada escapa do olhar rigoroso dos eleitores espalhados por todo o País. Estaria, pelo menos, o usurpador Temer “levando o País no caminho certo?”
Pouca gente, neste Brasil de colégio eleitoral com perto de 150 milhões de eleitores, acha que sim. Mais precisamente apenas 12% dos eleitores. Há 85% que discordam. Dizem não. Temer leva o País a destino errado.
Este parece ser o choque político-eleitoral da eleição presidencial de 2018. Temer prepara um adversário que voará no tapete mágico do mercado. Os eleitores vão virar o rosto para a corrupção do governo?
Absolverá os corruptos? Pode ser. O candidato de Temer, acusado, talvez alegue que roubou, sim. A bem da República.
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