quarta-feira, 11 de janeiro de 2017
O que Merval Pereira faz é jornalismo?
Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:
O advogado Cristiano Zanin, da equipe de defesa de Lula, acusou esta semana Merval Pereira de não fazer algo digno de ser chamado de jornalismo.
É uma discussão fascinante: Merval faz jornalismo ou propaganda política?
Tenho para mim que Merval milita numa categoria intermediária entre o jornalismo e a propaganda política.
É uma discussão fascinante: Merval faz jornalismo ou propaganda política?
Tenho para mim que Merval milita numa categoria intermediária entre o jornalismo e a propaganda política.
A multiplicação do patrimônio de Aécio Neves
Por Maria Fernanda Arruda, no blog Cafezinho:
Montezuma é um município mineiro no norte de Minas Gerais com um dos mais baixos Índices de Desenvolvimento Humano (IDH). Deputados, governadores e senadores mineiros poderiam desenvolver boas políticas públicas para elevar o desenvolvimento local, tais como incentivar as pequenas propriedades rurais familiares. No entanto o município é palco de uma triste história do patrimonialismo de oligarquias políticas do Brasil.
Montezuma é um município mineiro no norte de Minas Gerais com um dos mais baixos Índices de Desenvolvimento Humano (IDH). Deputados, governadores e senadores mineiros poderiam desenvolver boas políticas públicas para elevar o desenvolvimento local, tais como incentivar as pequenas propriedades rurais familiares. No entanto o município é palco de uma triste história do patrimonialismo de oligarquias políticas do Brasil.
Temer nomeia grileiro para o Incra
O presidente do diretório do PMDB em Cuiabá, Clóvis Cardoso, passará a responder pela Diretoria de Obtenção de Terras e Implantação de Projetos de Assentamento do Instituto Nacional de Reforma Agrária (Incra). A nomeação ocorreu por meio de decreto, publicado no Diário Oficial do dia 06 de janeiro. Nesta terça (10), o novo diretor assume o cargo em Brasília-DF.
A indicação de Clóvis ao cargo resulta da articulação realizada pelos deputados federais Carlos Bezerra e Valtenir Pereira, ambos do PMDB, junto ao Incra e Casa Civil. A Casa Civil, sob administração de Eliseu Padilha (PMDB), responde pelo Incra desde 30 de maio, quando o então presidente interino Michel Temer transferiu para esta instância, por meio do Decreto 8780, o Incra e as cinco secretarias da Reforma Agrária anteriormente vinculadas Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA).
Previdência privada lucra com Temer
Por Altamiro Borges
Os poderosos grupos econômicos que controlam a previdência privada estão felizes da vida com o quadrilha de Michel Temer. Em 2016, com a orquestração e concretização do “golpe dos corruptos”, os brasileiros aplicaram 10% a mais dos seus parcos recursos neste setor temendo o perigo iminente da reforma da Previdência. O número de pessoas com esse tipo de “investimento”, cujo objetivo é garantir uma vida mais digna na aposentadoria, também cresceu. Já são quase 13 milhões de brasileiros com aplicação em algum fundo de previdência privada, de acordo com a federação das empresas do setor – a Fenaprevi.
Os poderosos grupos econômicos que controlam a previdência privada estão felizes da vida com o quadrilha de Michel Temer. Em 2016, com a orquestração e concretização do “golpe dos corruptos”, os brasileiros aplicaram 10% a mais dos seus parcos recursos neste setor temendo o perigo iminente da reforma da Previdência. O número de pessoas com esse tipo de “investimento”, cujo objetivo é garantir uma vida mais digna na aposentadoria, também cresceu. Já são quase 13 milhões de brasileiros com aplicação em algum fundo de previdência privada, de acordo com a federação das empresas do setor – a Fenaprevi.
Google viola dados pessoais
Por Rafael Tatemoto, no jornal Brasil de Fato:
O Ministério Público Federal (MPF) no Piauí ingressou com uma ação civil pública conta a companhia de tecnologia Google. O processo foi motivado pelo escaneamento das mensagens de usuários do servidor de e-mails da empresa, o Gmail, utilizado para serviços de publicidade dirigida.
“Depois do Marco Civil da Internet, ficou claro na legislação brasileira que, para se fazer qualquer tratamento de dado pessoal, é preciso uma autorização específica, expressa, do usuário. É um direito. O Google, no entendimento do Ministério Público, não está atendendo à legislação”, diz Alexandre Assunção e Silva, procurador da República responsável pelo caso.
“Depois do Marco Civil da Internet, ficou claro na legislação brasileira que, para se fazer qualquer tratamento de dado pessoal, é preciso uma autorização específica, expressa, do usuário. É um direito. O Google, no entendimento do Ministério Público, não está atendendo à legislação”, diz Alexandre Assunção e Silva, procurador da República responsável pelo caso.
Gilmar Mendes não se constrange com nada
Por Helena Sthephanowitz, na Rede Brasil Atual:
Nada foi capaz de abalar o tour de Temer pela Europa, para onde embarcou ontem (9): recebido com protestos no Rio Grande do Sul, onde foi entregar ambulâncias (compradas por Dilma, que não teve tempo de entregar por ter sofrido golpe), assistiu a Brigada Militar (a PM gaúcha) lançar gás lacrimogêneo contra servidores públicos e população em geral; a crise no sistema prisional – rebeliões no Amazonas e em Roraima que resultaram não apenas na morte de quase 100 presos, como causaram a demissão do secretário nacional de Juventude, Bruno Júlio (PMDB), que defendeu a chacina em entrevista; nem mesmo a reprovação de sua gestão pelos brasileiros, a recessão da economia e as dezenas de citações de seu nome em delações na Operação Lava Jato.
Quando a mídia incita a violência de gênero
Por Rachel Moreno, no site Outras Palavras:
O artigo de Carol Patrocínio, replicado pelo Ópera Mundi, faz uma excelente análise dos diversos trechos da carta de Sidnei Ramis de Araújo, que matou a mulher, o filho de 8 anos, dez convidados de uma festa de fim de ano – oito delas mulheres – e depois se suicidou, em Campinas.
Pela análise de Carol, e pelo conteúdo da carta deixada, o que parece difícil é justamente a percepção dos homens sobre a violência de gênero e os estereótipos de gênero. E isso nos remete a um terreno que convém repisar, para tentar avançar na mudança da cultura que naturaliza a violência de gênero e a submissão das mulheres – ainda que tenhamos prosperado tanto nos últimos anos, ocupando todos os espaços e tornando transversal a questão de gênero.
O artigo de Carol Patrocínio, replicado pelo Ópera Mundi, faz uma excelente análise dos diversos trechos da carta de Sidnei Ramis de Araújo, que matou a mulher, o filho de 8 anos, dez convidados de uma festa de fim de ano – oito delas mulheres – e depois se suicidou, em Campinas.
Pela análise de Carol, e pelo conteúdo da carta deixada, o que parece difícil é justamente a percepção dos homens sobre a violência de gênero e os estereótipos de gênero. E isso nos remete a um terreno que convém repisar, para tentar avançar na mudança da cultura que naturaliza a violência de gênero e a submissão das mulheres – ainda que tenhamos prosperado tanto nos últimos anos, ocupando todos os espaços e tornando transversal a questão de gênero.
Trabalho desregulado matou milhares na Ásia
Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:
Depois que a empolgação dos empresários pela queda de Dilma Rousseff levou o presidente da CNI Robson Andrade a falar na criação de uma jornada de 12 horas diárias de trabalho, numa declaração que repercutiu tão mal que foi rapidamente desmentida, é bom prestar atenção a uma notícia divulgada pela agência Nikkei, a mais importante do Japão, reproduzida nas páginas do Valor Econômico (1/1/2017).
Conforme o Ministério do Trabalho japonês, no ano fiscal encerrado em março de 2016 ocorreram 96 mortes decorrentes de "males oficialmente relacionados ao excesso de trabalho." No mesmo período, diz a agência, ocorreram 93 suicídios ou tentativas de morte voluntária provocadas pelo excesso de trabalho - no Japão, a terceira maior economia do mundo, onde já surgiu uma palavra, "karoshi", para designar a morte por excesso de trabalho.
Conforme o Ministério do Trabalho japonês, no ano fiscal encerrado em março de 2016 ocorreram 96 mortes decorrentes de "males oficialmente relacionados ao excesso de trabalho." No mesmo período, diz a agência, ocorreram 93 suicídios ou tentativas de morte voluntária provocadas pelo excesso de trabalho - no Japão, a terceira maior economia do mundo, onde já surgiu uma palavra, "karoshi", para designar a morte por excesso de trabalho.
A cloaca do MP emana seus gases
Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:
Num comentário sobre a desembargadora suspeita de ligação com a facção criminosa FDN (Família do Norte), que seria a responsável pelo massacre do presídio de Manaus, o promotor paulista Rogério Zagallo, publicou no Facebook, segundo a Folha, que a magistrada “Pela carinha, quando for demitida poderá fazer faxina em casa. Pago R$ 50,00”.
Bem, a Dra. Encarnação das Graças Salgado não é ré, não é condenada e, como qualquer ser humano deveria ter o direito à presunção da inocência, ainda mais aos olhos de um operador do Direito, ainda mais alguém que tem o dever de ser fiscal da lei, como um promotor, porque isso está na lei.
Num comentário sobre a desembargadora suspeita de ligação com a facção criminosa FDN (Família do Norte), que seria a responsável pelo massacre do presídio de Manaus, o promotor paulista Rogério Zagallo, publicou no Facebook, segundo a Folha, que a magistrada “Pela carinha, quando for demitida poderá fazer faxina em casa. Pago R$ 50,00”.
Bem, a Dra. Encarnação das Graças Salgado não é ré, não é condenada e, como qualquer ser humano deveria ter o direito à presunção da inocência, ainda mais aos olhos de um operador do Direito, ainda mais alguém que tem o dever de ser fiscal da lei, como um promotor, porque isso está na lei.
2017 nada fácil para a direita neoliberal
Por Antonio Luiz M. C. Costa, na revista CartaCapital:
O ano de 2016 não foi nada bom para as esquerdas na América Latina. O golpe jurídico-parlamentar no Brasil e a subsequente vitória das direitas nas eleições municipais foram os mais severos, mas também se viu a eleição de um presidente neoliberal e um Congresso fujimorista no Peru, a derrota em referendo de um muito aguardado plano de paz para a Colômbia, mais um governo conservador na República Dominicana e a derrota da Concertación para a direita na maioria das eleições municipais do Chile, fora reveses menores.
O ano de 2016 não foi nada bom para as esquerdas na América Latina. O golpe jurídico-parlamentar no Brasil e a subsequente vitória das direitas nas eleições municipais foram os mais severos, mas também se viu a eleição de um presidente neoliberal e um Congresso fujimorista no Peru, a derrota em referendo de um muito aguardado plano de paz para a Colômbia, mais um governo conservador na República Dominicana e a derrota da Concertación para a direita na maioria das eleições municipais do Chile, fora reveses menores.
Dos impasses da solidão em rede
Zygmunt Bauman, Foto: Toni Albir |
Zygmunt Bauman concedeu recentemente entrevista ao El País (09/01), publicada sob a designação “As redes sociais são uma armadilha”. O título da matéria não faz justiça ao seu verdadeiro conteúdo, que refere ao 15-M da Espanha dos “indignados”, de maio de 2011. À época, estes movimentos, através de mecanismos de democracia direta, ainda exploravam exclusivamente esta forma de participação, não de forma combinada, mas “contra” as instâncias políticas tradicionais.