terça-feira, 11 de abril de 2017

Lista de Fachin detona covil de Temer

Por Altamiro Borges

O site do jornal Estadão postou com exclusividade na tarde desta terça-feira (11) a bombástica "lista" de Edson Fachin, relator da Operação Lava-Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), que determina a abertura de inquérito contra nove ministros do usurpador Michel Temer e contra 29 senadores e 42 deputados federais, entre eles os presidentes da Câmara Federal e do Senado. A "lista" pode implodir de vez o covil golpista. O clima em Brasília é de tensão e muitos analistas da própria mídia chapa-branca já preveem que o "presidente" terá muitas dores de cabeça nos próximos dias. Ele mesmo havia afirmado recentemente que exoneraria os denunciados no escândalo. O Judas manterá sua palavra?

Temer planeja quebrar o sindicalismo

http://ajusticeiradeesquerda.blogspot.com.br/
Por Altamiro Borges

Duas manchetes garrafais publicadas nesta terça-feira (11) confirmam que o covil de Michel Temer já fixou sua estratégia para golpear os trabalhadores. O Estadão estampou: "Reforma trabalhista mudará cem pontos da CLT"; já a Folha realçou: "Relator de reforma prevê fim de imposto sindical no país". Ou seja: as forças golpistas, que foram financiadas pelo patronato, estão decididas a retirar os direitos fixados na Consolidação das Leis do Trabalho e, para isso, não vacilarão em quebrar a espinha dorsal do sindicalismo, asfixiando financeiramente as entidades. Esta estratégia confirma uma velha tese do intelectual britânico Perry Anderson, de que o neoliberalismo não combina com a democracia. 

Como Doria ficou rico com o Lide?

Doria e Cunha no Lide
Por Joaquim de Carvalho, no blog Diário do Centro do Mundo:

Se quiser continuar na campanha para presidência da República, como fez nesta segunda-feira em Porto Alegre, com um discurso de candidato anti-Lula, o prefeito de São Paulo, João Doria, precisa correr para apagar registros de um passado que o deixa mal com o eleitorado do Nordeste brasileiro.

Em março de 2015, quando organizou um evento para famílias de executivos no Hotel Jequiti, no Guarujá, o CEO’s Family, Doria chamou a atenção com um discurso preconceituoso.

A "nova" direita machista

Por Cynara Menezes, na revista Caros Amigos:

A misoginia e o machismo são duas características indissociáveis da “nova” direita em ascensão no mundo inteiro. A atitude depreciativa em relação à mulher, sobretudo às feministas, pode ser observada em cada discurso, em cada decisão, em cada projeto apresentado pelos reacionários que estão chegando aos governos, graças aos votos de cidadãos e cidadãs incautos.

Mesmo antes de assumir o cargo, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, já era denunciado por tratar mulheres como objeto. Várias acusações de assédio sexual vieram à tona durante a campanha eleitoral, além de um vídeo de 2005 onde Trump fazia comentários ofensivos. Ele contava a um apresentador de TV como “partiu para cima” de uma mulher casada, que lamentou “não ter conseguido comer”.

Um retrato da terceirização selvagem

Por José Álvaro de Lima Cardoso, no site Outras Palavras:

As crises econômicas, historicamente, sempre serviram à retirada de direitos sociais e trabalhistas. Convertido agora em lei, o projeto 4302/98, que permite a terceirização em qualquer etapa da atividade produtiva e, além disso, a quarteirização, irá aumentar dramaticamente a precarização das condições de trabalho. Inicialmente para os próprios terceirizados (que já são 13 milhões no país); mas a intenção é nivelar por baixo – ou seja, a piora da condição dos terceirizados irá agravar a situação do conjunto da classe trabalhadora (não se enganem: esta é a intenção). Além disso, ao rebaixar salários, a terceirização sem limites irá reduzir os valores da contribuição à Previdência Social, agravando a situação desta (o objetivo neste caso é quebrar a previdência pública, abrindo espaços para a previdência privada).

O esgotamento das democracias liberais

Por Emir Sader, na Revista do Brasil:

A crise da democracia é um dos fenômenos mais rapidamente globalizados nos últimos anos. Nos países da Europa, que se orgulhavam dos seus sistemas democráticos, , em geral centrados em dois grandes partidos, as políticas de austeridade promoveram a generalizada perda de legitimidade desses sistemas. Quando os partidos assumiram políticas econômicas antissociais, entraram em crise acelerada, perdendo votos, intensificando o desinteresse pelas eleições, dado que os projetos de sociedade eram similares. Começaram a surgir alternativas – na extrema direita e na própria esquerda – que passaram a colocar em xeque esses sistemas. Pela direita, de forma autoritária, pela esquerda buscando a ampliação e a renovação das democracias.

Os 100 dias caóticos de João Doria

Do site Jornalistas Livres:

Aquele que se apresentou como um gestor e não como político de carreira na campanha das eleições municipais de 2016, foi nesses 100 primeiros dias de governo, o rei do marketing e da cidade cinza.

Segundo os vereadores do PT em São Paulo, a Cidade Linda que o prefeito Dória Júnior quis implementar em SP, ficou mesmo só nas frases de efeito.

Divulgamos aqui, um documento construído pelos parlamentares, após levantamento das ações de Doria e a partir de discussões produzidas num seminário preparatório, que identificou as fragilidades da administração e comparou as promessas eleitorais e o discurso do prefeito em relação às ações realizadas e seus resultados práticos.

A postura fascista do vereador do MBL

Por João Filho, no site The Intercept-Brasil:

Em maio do ano passado, logo após a derrubada de Dilma Rousseff, o ministro da Educação de Michel Temer recebeu o ator e militante reacionário Alexandre Frota para ouvir suas propostas para a área. Frota foi convidado como representante do Revoltados Online – grupo que nasceu no Facebook vendendo precatórios e apoiando uma intervenção militar; cresceu espalhando boatos, compartilhando conteúdos racistas, homofóbicos; e morreu após a rede social bani-lo definitivamente por seus discursos de ódio. Um dos temas levados ao ministro foi o famigerado projeto de lei batizado de Escola Sem Partido, que visa combater o que eles chamam de “doutrinação ideológica nas escolas”.

Os irmãos Neves estão tristes

Por João Paulo Cunha, no jornal Brasil de Fato:

Aécio Neves ficou indignado. Para o brasileiro, que desde a derrota do senador tucano, se acostumou com sua máscara de ódio e revanche contra o resultado das urnas, o semblante não mudou. Continua a emanar arrogância. O que mudou foi o alvo de seu destempero. Depois de desafiar os fatos, as verdades e a vontade popular, Aécio agora ataca a imprensa e a justiça, que sempre o embalaram no colo.

Andréa Neves ficou triste, até chorou. Para os mineiros, que se fartaram em acompanhar seu domínio sobre a mídia e seu estilo na fabricação da imagem do irmão mais novo, foi uma revelação de fragilidade que não se esperava dela. Altiva e discreta, nada é mais distante de Andréa que a fraqueza, a humildade e mesmo a exibição de sentimentos. A primeira irmã se viu como marionete num teatro em que costumava manipular os cordões.

TJLP e a destruição dos bancos públicos

Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

O governo deve baixar nos próximos dias medida provisória que troca a TJLP (taxa de juros de longo prazo adotada pelo BNDES nos financiamentos empresariais) pela TLP, mais próxima dos juros de mercado, suprimindo assim, na prática, sua natureza de banco de fomento. A medida foi condenada por todos os participantes do seminário “Em defesa dos bancos públicos”, promovido pelo Sindicato dos Bancários de São Paulo e Osasco nesta segunda-feira, 10, inclusive pelo empresário Fernando Figueiredo, presidente da Abiquim (Associação Brasileira da Indústria Química”. “Será uma irresponsabilidade se acabarem com a TJLP. Esperamos que o BNDES continue cumprindo o importante papel que sempre teve no desenvolvimento industrial do país” - disse Figueiredo.